Uma fragata para o Brasil?
(parte II – versão econômica)
Por João Gonçalves – de Portugal
Aproveitando a passagem para reabastecimento em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores da fragata norte-americana USS “Taylor”, vem a propósito mais uma reflexão sobre a modernização da Esquadra Brasileira.
A FFG-50, é a 44ª fragata da famosa classe “Oliver Hazard Perry”, entrou ao serviço em 1984 e faz parte do flight III ou seja é uma “long hull”, versão mais comprida 2 metros que o modelo original, na razão da necessidade de poder operar o helicóptero orgânico do programa LAMPS III, o SH-60 Seahawk, maior que o seu antecessor o LAMPS I, SH-2 Seasprite.
Desta classe de cinquenta e um navios, dezenove já foram descomissionados, dos quais quinze cedidos a marinhas aliadas.
A “Taylor”, tal como todas as outras ainda ao serviço da US Navy, viu a sua capacidade militar substancialmente diminuida, quando em 2004 foi decidido retirar o sistema lança-mísseis Mk-13, e com ele a possibilidade de lançar mísseis Standard SM-1MR e Harpoon RGM-84. Ficou assim praticamente reduzida a uma “canhoneira” cujo armamento principal é a Otomelara Mk75 de 76mm e um CIWS Vulcan Phalanx de 20mm.
Caso o orçamento da defesa do Brasil não venha a revelar o crescimento esperado, esta é uma séria candidata à renovação da esquadra brasilera, aliás muito na tradição de aquisição de material usado dos stocks da US Navy.
Nas fotos podemos ver alguns detalhes da “Taylor”, incluindo o dispositivo de “force protection” agora regra em todos os navios das marinhas da OTAN, demonstrando que a lição do ataque ao USS “Cole” foi identificada e aprendida.
FOTOS: João Gonçalves
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