Navalhada na Defesa – submarino nuclear é o principal afetado, segundo jornal
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Decreto que definirá as áreas afetadas pelos cortes nos gastos da administração pública deve reduzir os recursos repassados às Forças Armadas e comprometer uma série de programas militares
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Tiago Pariz, RossanaHessel e Leandro Kleber
A tesourada de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011, anunciada para reverter a aceleração da inflação este ano, colocou projetos das Forças Armadas sob ameaça. O principal programa que deve ser afetado é a construção do submarino de propulsão nuclear, que envolve cerca de R$ 1,1 bilhão neste ano. O corte vai afetar também ações voltadas para a educação básica e pesquisas em ciência e tecnologia, além de unidades de atenção especializada em saúde e infraestrutura turística. Até a sensível área de energia está na mira do freio da presidente Dilma Rousseff.
Como somente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as ações sociais estão preservados — o governo vai conceder o reajuste dos benefícios do Bolsa Família de acordo com a inflação do ano passado — sobram R$ 37 bilhões de investimentos passíveis de serem excluídos do Orçamento. A meta é fazer um superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 117,9 bilhões.
Nas Forças Armadas, a modernização de equipamentos, a implantação de novos sistemas bélicos e até a construção de unidades habitacionais para os militares estão sob risco. Somando os projetos que podem sofrer com a tesoura, chega-se à cifra de R$ 1,96 bilhão. Na aeronáutica, o enxugamento deverá afetar a aquisição de aeronaves, dentro do programa de reaparelhamento e adequação da Força Aérea Brasileira (FAB), que tem R$ 231 milhões previstos para este ano, além da manutenção e da revitalização de aeronaves antigas, que tem R$ 320 milhões reservados na peça orçamentária. No Exército, o programa ameaçado é o de modernização operacional, estimado em R$ 196 milhões. O corte de R$ 50 bilhões também colocou na lista vermelha a presença de militares nas áreas de fronteira.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se ontem com a presidente Dilma Rousseff para tentar sensibilizá-la a poupar os investimentos das Forças Armadas, lembrando que a aquisição de novos caças pela aeronáutica está emperrada desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Se a tesoura afetar os investimentos, será um baque para Jobim, que luta para a consolidação do ministério e pela modernização militar do país. Na pasta da Justiça, as principais ações que estão na mira da guilhotina do Planalto são a de implementação de presídios especiais e a de apoio à construção de penitenciárias mantidas pelos estados. As duas rubricas somam R$ 74 milhões.
No Ministério da Educação, o projeto de reestruturação das redes de educação profissional, tecnológica e básica deverá ter o dinheiro disponível reduzido. Essa medida, se concretizada, contrasta com o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV da presidente Dilma, na noite de quinta-feira, quando ela anunciou a intenção de lançar um programa de financiamento para estudantes que desejam ingressar em escolas técnicas. Outra área bastante afetada é a de turismo. São R$ 2,1 bilhões passíveis de corte — esse total representa 64% de todo o orçamento da pasta responsável pelo setor.
Energia
A área mais sensível para a presidente também terá projetos interrompidos com a redução dos investimentos. São R$ 26,5 milhões destinados à pesquisa de agroenergia e R$ 43,1 milhões para o uso produtivo de energia elétrica passíveis da tesourada a ser anunciada por meio de decreto na próxima semana. Especialistas acreditam que não há problema de geração energética no país. O grande entrave que tem causado as frequentes interrupções no fornecimento é o gargalo na infraestrutura de transmissão e de distribuição.
Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, nos últimos 10 anos, houve aumento de 50% na capacidade instalada no país, que atingiu 112,3 mil megaWatts (MW). “Hoje, o Brasil realmente não tem problemas de geração. Mas esses apagões recentes mostram que existem sérias dificuldades tanto na transmissão quanto na distribuição”, comentou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe, instituto ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, alertou para a falta de manutenção dos sistemas de transmissão e distribuição, considerados por ele bastante ultrapassados. “Há um problema muito sério na manutenção desses sistemas e a fiscalização não está ocorrendo como deveria”, alertou. Ele destacou ainda que, nos últimos anos, as agências reguladoras perderam recursos, o que tem comprometido a fiscalização. “Espero que o novo governo reveja isso e volte a dar mais autonomia para os órgãos competentes”, comentou.
Submarinos
Na Marinha, o principal destino dos recursos é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), orçado em R$ 18,7 bilhões até 2024. A iniciativa inclui a construção de quatro submarinos da classe Scorpène e um de propulsão nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí (RJ). Atualmente, a Marinha do Brasil possui cinco submarinos convencionais. A construção do estaleiro é alvo de três processos em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU).
Apagão
O alerta de especialistas no setor energético é sobre a falta de melhoria da infraestrutura de transmissão após o apagão de 10 de novembro de 2009, quando 18 estados ficaram no escuro por várias horas. “Houve uma preocupação em se ampliar a capacidade instalada, mas a rede de transmissão atual não é robusta como deveria, e não foi modernizada”, comentou Adriano Pires, diretor da CBIE. Ele lembrou ainda que o brasileiro paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo.
FONTE: Correio Braziliense, via Notimp
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Nada…nada…nada….nada…. e mais uma vez, chega na praia e morre !!
Hahahaha…. e melhor rir do que enfartar.
Se eu encontrar aqueles bacanas que escreviam aquele monte de asneiras de que o Governo anterior isto e aquilo…..que nunca antes na história …. e blá, blá, blá….. dou umas porradas na orelha.
No fim, o Governo anterior só encheu línguiça e escreveu um monte de porcarias inúteis…. na hora do pega prá capar…. nada !!
E no governo atual…. tal pai tal filha…. necas.
Vou pedir cidadania egípsia …. 🙂
Sds.
Tem que ter muita fé para levar estes programas a sério…
Como disse ontem para um colega…
Quem acredita em “pedra fundamental” como algo já concretizado, toma tombos cada vez maiores.
Quando o Lula assumiu acusou o FHC de deixar uma herança maldita e ficou batendo nessa tecla durante 8 anos. E agora? A Dilma vai reclamar da herança maldita que o Lula deixou pra ela? Sim, porque tiveram 8 anos para corrigir e melhorar as políticas que o governo FHC implementou e não fizeram absolutamente nada! Agora eu quero ver reclamarem do Lula………….mais uma vez, as Forças Armadas desse país vão ficar a ver navios, literalmente! Enquanto Índia e China investem na capacitação de seu pessoal e na busca pelo desenvolvimento e consolidação da industria de defesa nacional, construindo seus… Read more »
É uma ducha de água fria sim, mas eu acredito que assim que as contas do governo estiverem mais organizadas a Presidente Dilma dará normalidade ao processo. Todos sabemos que o primeiro ano de qualquer governo não é de gastos e sim de organização financeira, incluindo muitos cortes. Sabemos que este governo não é totalmente novo, tem muito do anterior a começar pela própria Presidente, mas ela não é igualzinha ao Lula e, consequentemente, vai precisar imprimir o seu estilo, o que é natural. Acredito que ela está bem consciente do que está fazendo e que tão logo as finanças… Read more »
A MB que cancele a modernização dos Skyhawks, Trackers, Traders e trate de colocar em dia a manutenção de seus atuais meios navais atuais.
Poderia tb aproveitar e cessar definitivamente de construir esses “Macaés”, que não acrescentam nada as nossas necessidades de presença no mar territorial.
Em menos de 4 anos temos a copa do mundo, infraestrutura não se constroi em 1 ou 2 anos, não bastará apenas uma canetada. Vai ser um fiasco!!!!
Mais uma vez estamos reduzindo em pesquisa e desenvolvimento (ganhos duradouros no futuro), para garantir o conforto de políticas populistas.
Não vou ser (ainda mais) chato me repetindo.
Estava na cara que isto tudo ia acontecer.
De fato, gostaria de encontrar agora os teóricos do “Brasil-Potência” que tanto nos enchiam o saco aqui até o ano passado. Palhaços!
Quanto à nossa “baleia-branca”, assim que a Odebrecht receber a sua parte, acaba.
Sds.