Criado através Decreto nº 55.627 de 26 de janeiro de 1965 que estabeleceu normas  para o emprego de meios aéreos para as operações  navais, reformulando a Aviação Naval e restringindo o emprego de aviões à Força Aérea  Brasileira (FAB), tendo como conseqüência o Aviso nº 0830 (RESERVADO) de 28 de maio de 1965, do Exmo. Sr.  Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Paulo Bosísio, que determinou  a ativação imediata do 1° Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino  (HS-1).

Com isso, os helicópteros SH-34J, tiveram sua  operação transferida do 2° Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação  Embarcado (1° GAE) da FAB para a Marinha do Brasil, onde receberam a  denominação de SH-1 e ficaram conhecidos carinhosamente como “BALEIAS”.

O HS-1 tem como missão detectar, localizar, acompanhar e atacar submarinos e alvos de superfície a fim de contribuir para a proteção das forças e unidades navais.

Além das tarefas previstas realiza, eventualmente, tarefas de emprego geral, de acordo com as determinações do Comando da Força Aeronaval, tais como:

  • Evacuação Aeromédica (EVAM);
  • Busca e Salvamento (SAR – Search and Rescue);
  • Transporte Aéreo Logístico;
  • Lançamento de Pára-quedistas;
  • “Fast rope”;
  • “Rappel” ;
  • Penca;
  • Transporte Administrativo e
  • Transporte de Tropas.

As Primeiras Aeronaves

Seus primeiros quarenta dias de vida foram na Base Aérea de Santa Cruz, onde foram ministrados, aos oficiais e praças do Esquadrão HS-1, os conhecimentos mínimos indispensáveis para a operação das novas aeronaves, tendo suas fases de instrução terrestre e aérea realizadas no período de 20 à 22/06/65.

Lá foram recebidas quatro aeronaves SH-34J (N-3004 e N-3006 em 29/06, N-3003 em 28/09 e N-3002 em 14/10/65), em uma cerimônia onde cada oficial do 2°/1° GAe da FAB se retirava de formatura, um a um, após o recebimento da função pelo respectivo oficial da MB.

O SH-34J N-3001 foi recebido em 19/05/66 na recém-concluída Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, assim como o N-3005, que foi recebido ao final do mesmo ano.

O Comandante do Esquadrão e o seu Imediato trouxeram a primeira aeronave (N-3004) recebida pela Marinha do Brasil do Parque de Aeronáutica do Campo de Marte para Santa Cruz, após o seu “overhaul” (período de revisão geral).

Em 07/07/65 o Esquadrão HS-1 deslocou-se para a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), transportando por via terrestre todo o material que constituía os acessórios das aeronaves para o Depósito Secundário – DepSec (atual Depósito Naval de São Pedro D’Aldeia – DepNavSPA) e para o Departamento de Operações da Base (atual DIACTA), e instalando-se inicialmente no Hangar nº I, o único existente à época, dividindo-o com os Esquadrões HU-1 e HI-1.

Em 1967 passou a ocupar o Hangar nº II e, finalmente, em 14/07/95 também o Hangar nº III, após a desocupação deste pela 2ª ELO (Esquadrilha de Ligação e Observação) da FAB que deixava a área de São Pedro da Aldeia, mantendo-se nestes dois hangares até os dias de hoje.

A primeira missão Antissubmarino

Ainda entre os meses de Agosto e Outubro de 1965, se intensificaram os adestramentos operativos, tendo sido apresentada a teoria da Operação ASW; em cursos de apenas uma semana no Centro de Adestramento Almirante Marques Leão (CAAML), de modo que ao final do mesmo ano, na Operação UNITAS VI, deu-se a primeira participação de aeronaves A/S brasileiras baseadas no NAel “Minas Gerais” (A-11), recém-incorporado à Marinha do Brasil.

O adestramento foi incrementado para a participação da UNITAS VII no ano seguinte, porém devido à situação das aeronaves, não fora concluído a tempo, tendo o HS-1 cumprido apenas tarefa de aeronave-guarda durante essa comissão.

O primeiro lançamento de torpedo

O HS-1 foi o primeiro esquadrão a lançar um torpedo de um helicóptero (N-3001) da MB em 21/07/67, colocando-se na vanguarda do emprego de armamentos aerotransportados.

Apesar de homologado para operações ASW noturnas, o veterano SH-34J apresentava limitações operacionais nessas condições de voo.

Esse fato foi contornado apenas mais tarde, entre os anos de 68 e 70, com o regresso de oficiais treinados na US Navy e com a chegada dos modernos SH-3D, homologados oficialmente para IFR (Instruments Flight Rules), traziam de volta este tipo de voo para a MB, que tinha até então o seu uso conhecido apenas nos antigos aviões que operava.

O Esquadrão realizou o primeiro pouso noturno a bordo do NAel “Minas Gerais” em 01/05/69.

A chegada dos “Sea King” ao Brasil

Em 28/04/70, chegaram ao Brasil, a bordo do USS “America” , os quatro primeiros SH-3D (denominação americana), de numerais N-3007, N-3008, N-3009 e N-3010.

Essas aeronaves começaram a operar no NAel “Minas Gerais” no mesmo ano.

Nos anos seguintes, chegaram as aeronaves N-3011 e N-3012.

O moral da tripulação novamente estava alto com a aquisição das novas aeronaves e o excelente treinamento de oficiais e praças que foi realizado nos EUA.

O voo por instrumentos

Em 1975, o HS-1, único esquadrão na época homologado para voo por instrumentos pelo Ministério da Aeronáutica (Of. 064/75 do EMAer), transmitiu aos pilotos do 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1) a experiência do IFR, que teria a técnica então, disseminada aos futuros Aviadores Navais, e alavancaria o emprego dessas regras de voo  na Força Aeronaval, tornando-se uma referência nessa modalidade.

No início de 1977, o Esquadrão qualificou pela primeira vez a bordo do NAel “Minas Gerais” seus pilotos de SH-3D em pousos noturnos por instrumentos (IFR/IMC).

O primeiro Reabastecimento em voo (HIFR)

O HS-1 realizou o primeiro HIFR (Helicopter In-Flight Refueling) na MB, em Janeiro de 1978, com a Fragata Defensora (F 41), em uma operação que durou cinco minutos e foram transferidos 1.200l de combustível, o que proporcionou uma ampliação das possibilidades de emprego desses meios aéreos, extendendo suas autonomias e possibilitando que a aeronave permaneçam “on station” por mais tempo.

No ano de 1984, o Esquadrão recebeu quatro helicópteros designados SH-3A (N-3013, N-3014, N-3015 e N-3016), fabricadas pela empresa AGUSTA na Itália e trazidas a bordo do Navio-Transporte de Tropa (NTTr) Barroso Pereira (G 16).

Em 15/01/87, as aeronaves SH-3D N-3007, N-3010, N-3011 e N-3012, embarcaram no NTTr “Barrosos Pereira”, para serem transportadas para o porto de La Spezia (Itália), e encaminhadas para a fábrica da AGUSTA para modernização e capacitação para o lançamento do MAS EXOCET AM-39.

Retornaram ao Brasil em Maio de 1988 e também receberem a denominação de SH-3A no Esquadrão.

Em Abril de 1991, foi realizado o primeiro pouso a bordo do NAel “Minas Gerais” de um SH-3A armado com Míssil Ar-Superfície (MAS) AM-39 “EXOCET”.

No dia 11/11/92 foi realizado o primeiro lançamento real desse míssil, com a aeronave SH-3A N-3007 (Guerreiro 07) embarcada no NDD Rio de Janeiro (G 31) contra o casco do ex-CT Mato Grosso. Todo o exercício foi monitorado e acompanhado pelo CASNAV (Centro de Análise de Sistemas Navais), tendo o MAS atingido o alvo a uma distância de 20,2MN.

A realização desse evento fez com que o SH-3A se tornasse, até os dias de hoje, o maior braço armado da nossa Marinha.

O recebimento dos SH-3 americanos

Em 13/05/96, seis SH-3 (N-3017, N-3018, N-3019, N-3029, N-3030, N-3031), equipados com sonares mais modernos, foram recebidos pela MB na NAS Pensacola (FL) e trazidos para o Brasil a bordo do NAel Minas Gerais, quando então receberam a denominação de SH-3B.

Seahawk, o futuro Guerreiro

 

Em 2008, foram adquiridas 4 aeronaves Sikorsky S-70B Seahawk, com opção para mais duas unidades, de um total que poderá chegar a 12.

O modelo adquirido pela MB é uma versão customizada do MH-60R da US Navy, capaz de  realizar missões ASW e ASuW, cujas principais diferenças são o sonar HELRAS, MAS Penguin e rádios Rhode&Shwartz.

Sua principal missão será a guerra antissubmarino (ASW) e utilizará o sonar DS 100 HELRAS (Helicopter Long-Range Active Sonar), torpedos MK.46 e cargas de profundidade. Para missões de guerra ar-superfície (ASuW) utilizará o seu radar AN∕APS-143(C)V3 e mísseis AGM 119B Penguin MK2 MOD7, com alcance de cerca de 18MN e guiagem IR.

Assim, o 1° Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino, com seu passado repleto de glórias e de pioneirismo, continua através dos anos fiel ao seu lema “AD ASTRA PER ASPERA” (É ARDUO O CAMINHO PARA OS ASTROS), esforçando-se para que sejam cumpridas as tarefas que lhe são atribuídas com eficiência, demonstrando a dedicação e o profissionalismo dos “GUERREIROS”, chamada-fonia dos helicópteros do HS-1 e nome dado pelos “esquadrões-irmãos” no passado, devido às diversas dificuldades encontradas desde sua criação, porém sempre superadas ao longo de sua gloriosa história.

Seu atual Comandante é o Capitão-de-Fragata Claudio Grilli.

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Mauricio R.

E lá se vai mais tinta, imprimindo o poster do futuro Guerreiro.

Antonio M

Belo poster mesmo!

E li recentemente que os SH-3 ainda teriam um bom tempo de vida útil, e sendo modernizados aqui no Brasil equipados exclusivamene para missões SAR dariam um destino interessante para esta máquinas e preencheriam uma lacuna existente nesse tipo de missão no Brasil.