Assinados contratos para o desenvolvimento do Míssil Antinavio Nacional (MANSUP)

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A Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, assinou, nos dias 5 e 6 de dezembro de 2011, com as empresas MECTRON – Engenharia, Indústria e Comércio S/A e AVIBRAS Divisão Aérea e Naval S/A, respectivamente, contratos para o desenvolvimento do protótipo do Míssil Antinavio Nacional (MANSUP).

Estes contratos, somados aos já celebrados com a Fundação ATECH, para gerenciamento complementar, com a empresa OMNISYS, para desenvolvimento do Autodiretor (seeker), e com a própria AVIBRAS, para desenvolvimento do motor foguete, permitirão o desenvolvimento e fabricação no BRASIL de um míssil antinavio de desempenho compatível aos existentes no mercado.

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joseboscojr

Basicamente há 5 tipos de mísseis de cruzeiro antinavios em uso hoje em dia. Dois são subsônicos, sendo um convencional (Ex: Exocet) e outro incorporando tecnologia stealth (Ex: NSM) Dois são supersônicos, do mesmo modo, um convencional (SS-N-22) e outro com alto nível de furtividade (Brahmos) O quinto tipo combina a velocidade subsônica e grande furtividade com um estágio de ataque supersônico, como no caso do míssil SS-N-27. Em que pese a notícia ser excelente, provavelmente não irá satisfazer outro cliente que não as forças armadas nacionais tendo em vista que o conceito que deverá ser adotado pelo míssil antinavio… Read more »

Clésio Luiz

E o RBS-15 (que usa turbina) da Saab, como você insere ele nesse seu texto?

Marcelo

Harpoon, RBS-15 e Exocet Block III, estão na mesma classe, subsônicos à turbina. O Ocidente não opera mísseis supersônicos anti-navio.

joseboscojr

Clésio, o RBS-15 é da mesma classe do Exocet MM40, com a vantagem de ser a turbina, o que lhe confere algumas vantagens, mas no tocante a sobrevivencia frente a sistemas antimísseis de primeira geração, consagrados hoje em dia, não penso ser muito melhor já que não tem nenhum grande refinamento que o faz ser mais discreto reduzindo o tempo de reação das defesas. Mas o fato de usar turbina ajuda um pouco já que um motor de foguete sólido expele óxidos que podem ser detectados pelo radar. O Exocet Block 3, de acordo com o fabricante, seria incluso no… Read more »

joseboscojr

Marcelo, Teoricamente, pelo menos de acordo com o fabricante, o Exocet Block 3 seria um subsonico furtivo, em que pese não parecer ter tido um tratamento de “forma” e usar um seeker por radar ativo. E embora o “ocidente” não use nenhum míssil antinavio supersonico, Taiwan, que gira em órbit ocidental, fabrica e usa o Hsiung Feng III , que é supersônico, ramjet e sea-skimming. Mudando de pato pra ganso, hoje, na categoria de subsonico furtivo entraria o NSM, o SLAM-ER, o Exocet Block 3, provavelmente o Dalilah e o futuro LRASM-A. A primeira categoria, subsonico convencional, pode ser dividida… Read more »

joseboscojr

Nelson, Um míssil da classe do MAN, semelhante ao Exocet (massa de 700 kg, ogiva de uns 200 kg, subsônico, motor foguete sólido) poderia ter um alcance maior se abrisse mão da trajetória sea-skimming e fosse lançado numa trajetória semibalística, mas os projetistas não acham isso interessante para sua capacidade de penetrar as defesas (capacidade de atingir o alvo). Para aumentar o alcance usando o perfil de vôo sea-skimming, que exige uma trajetória tensa e propulsada em tempo integral, ele teria que ter mais propelente, o que seria possível às custas ou de uma ogiva menor ou de uma massa… Read more »

joseboscojr

Interessante que após a década de 60 o ocidente se afastou dos grandes mísseis de cruzeiro mas a URSS não, e continuou seu desenvolvimento provavelmente motivado pela necessidade de neutralizar os porta-aviões americanos, sendo direcionados para essa finalidade. Enquanto o ocidente rapidamente se desfazia de seus Rascal, Blue Steel, Hound Dog, Snark, Mace, Regulus, etc, a URSS desenvolvia mísseis de cruzeiro sup-sup e ar-sup gigantescos e dos mais variados, e os utiliza até hoje, tais como os SS-N-12, AS-4, SS-N-19. Esses mísseis estão em processo de serem desativados e os mísseis menores e mais modernos, estão ocupando o lugar, tais… Read more »

Marcelo

Bosco,
apesar dos fabricantes clamarem a capacidade stealth dos Exocet Block III e SLAM-ER, acho forçar a barra colocá-los nessa categoria…qual seria o “arrazoado”? No caso dos 2 a única opção seria voar o mais baixo possível, já que a forma não é stealth.
Abraços.

joseboscojr

Marcelo, Eu acho que por enquanto, até a chegada do LRASM-A, os mísseis de cruzeiro antinavios considerados stealths são apenas um paleativo e concordo que não são verdadeiros stealths nível VLO-1. O LRASM-A, que é baseado no JASSM-ER, deve sim ser furtivo e poderá inclusive abrir mão de ser sea-skiming. Mas mesmo os atuais furtivos já conseguiram uma redução significativa do RCS tendo em vista que mísseis antinavios ocidentais já têm dimensões reduzidas e RCS bem reduzido. Ou seja, qualquer redução adicional no que já era pequeno fez uma grande diferença,que se se somou à maior discrição do seeker passivo… Read more »

joseboscojr

Se formos agrupar os mísseis antinavios por “Gerações”, pela minha ótica seria: 1ª G: Representada pelos primeiros mísseis subsônicos de vôo alto soviéticos, tanto os lançados de navios quanto de aviões, tais como SS-N-2 Stix (foguete líquido), SS-N-3 (turbojato) e AS-1 Komet (turbojato) 2ªG: Representada pelos primeiros mísseis supersônicos de vôo alto soviéticos, tanto lançados de navios quanto de aviões, tais como o SS-N-12 (turbojato), SS-N-19 (turbojato), AS-2 (turbojato), AS-4 (foguete líquido) e AS-6 (foguete líquido) Obs: o AS-3 Kangaroo não entraria na classificação por levar apenas uma ogiva nuclear 3ªG: Representada pelos mísseis sea skimming, tanto os subsônicos (Exocet,… Read more »

Marcelo

é preciso começar de algum ponto, tudo bem que é de 3a geração, mas estaremos desenvolvendo tecnologia própria e pessoal. Quem sabe daqui a uns 10 anos pulamos a 4a e vamos direto para a 5a!

joseboscojr

Marcelo, “pulamos a 4a e vamos direto para a 5a”‘ É mesmo possível haja vista o programa do 14X. Por outro lado, outros países pensam diferente à respeito do “é preciso começar de algum ponto”. Países que nunca tiveram tradição no desenvolvimento de armas guiadas, como a Índia e a Turquia, só pra citar alguns exemplos, estão desenvolvendo produtos de alta tecnologia, altamente competitivos, tendo em vista o mercado externo também. Claro que é bom que façamos mísseis antinavios, antitanques, etc, mas mais interessante seria se eles tivessem competitividade em relação a outros. Aparentemente acertamos no caso do MAR-1, nas… Read more »