O Reino Unido pode ter que desfazer os planos de comprar a variante embarcada do caça F-35 Joint Strike Fighter e reverter a compra para a variante F-35B de decolagem curta e pouso vertical (STOVL) devido à falta de fundos para reprojetar os conveses dos navios-aeródromo, como tinha sido relatado.

O Ministro da Defesa está atualmente conduzindo estudos para determinar o custo final da conversão dos navios-aeródromo HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales para operar o F-35C. Os resultados devem ser divulgados ainda este ano.

As hipóteses de planejamento atual preveem a instalação das catapultas eletromagnéticas EMALS e cabos de retenção no convoo para operar o F-35C.

Quando o projeto original dos navios-aeródromo foi aprovado, assumiu-se que o Reino Unido compraria a versão STOVL F-35B, que não requer um sistema de catapulta para decolagem e é capaz de pousar verticalmente.

Enquanto as células do F-35C são mais baratas e mais efetivas que as do F-35B, estima-se um custo de £1 bilhão para converter os convoos dos navios-aeródromo e comprar as catapultas EMALS, o que pode ser demasiado caro para o Ministério da Defesa pagar, de acordo com reportagem no The Guardian.

Embora tenha um alcance maior e a habilidade de levar uma carga maior, diz-se que o projeto do F-35C sofre com falhas significativas desde o início do programa, que podem  aumentar os seus custos de desenvolvimento. No final do ano passado, um relatório do Pentágono citou preocupações sobre o posicionamento do gancho de cauda do F-35C e sua habilidade de sustentar vibrações, além de outros problemas.

Abandonar o sistema de catapulta e cabos de parada também vai prejudicar a habilidade de interoperar com o navio-aeródromo francês, como foi estabelecido no tratado de cooperação Reino Unido/França, assinado entre o presidente francês e primeiro ministro britânico David Cameron.

Os custos das aeronaves também poderão aumentar como resultado da redução de encomendas dos parceiros internacionais do programa. A Itália cortou suas encomendas de 131 para 90 no início deste ano e o Reino Unido ainda vai definir a escala de sua encomenda. Um anúncio, que pode incluir os números definitivos, é esperado para antes da Páscoa.

O porta-voz do MoD disse: “Estamos atualmente finalizando o orçamento de 2012-13 e equilibrando o plano de equipamento. Como parte do processo, estamos revendo todos os programas, incluindo elementos do programa de navio-aeródromo de ataque, para validar custos e garantir que os riscos sejam devidamente geridos.”

“O Secretário da Defesa espera anunciar o resultado deste processo ao Parlamento antes da Páscoa”.

FONTE: www.defencemanagement.com

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