Informações são do site sul-africano Engineering News, conforme declarações dadas pelo comandante da Marinha do Brasil na Cidade do Cabo, África do Sul – também se falou sobre o míssil superfície-superfície atualmente sendo desenvolvido pela MB em conjunto com a Mectron e a Avibras

No dia 13 de abril, o “Engineering News Online” noticiou que o comandante da Marinha do Brasil confirmou ao site que há um interesse da Marinha em cooperar com a África do Sul em desenvolvimento de mísseis, especialmente do tipo superfície-ar (SAM). “Estamos começando a discutir com a Denel alguns projetos de desenvolvimento conjunto de míssies”, disse na sexta-feira passada o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto na Cidade do Cabo.

O almirante acrescentou: “Nada foi assinado ainda. Isso envolveria o desenvolvimento conjunto de mísseis superfície-ar”

A Denel é o grupo industrial estatal sul-africano cuja divisão Denel Dynamics, baseada em Centurion (ao sul de Pretoria), desenvolve mísseis e veículos aéreos não tripulados. O único míssil naval superfície-ar atualmente em produção pela empresa é o Umkhonto (que significa lança). O míssil usa guiamento por infravermelho e já está em serviço nas marinhas da África do Sul e da Finlândia. Mas a Denel Dynamics tem um projeto de desenvolver uma versão do míssil com maior alcance e guiamento por radar, conhecida como Umkhonto-R. Já se diz há muito tempo que a Marinha do Brasil está interessada nesse programa, que não seria o único da força relacionado a projetos de mísseis, segundo Moura Neto: “Temos um projeto nacional para um míssil superfície-superfície (SSM). Está em desenvolvimento pela Marinha do Brasil e empresas de defesa brasileiras, incluindo a Mectron e a Avibras. Está indo bem. Esperamos que o protótipo esteja pronto em 2016”.

Atualmente designado simplesmente de Míssil Antinavio (MAN), está sendo desenvolvido para ser lançado de navios de superfície contra outros também de superfície. Será de médio alcance, na mesma categoria geral da versão MM40 do famoso Exocet francês. O MM40 é atualmente operado pela Marinha do Brasil e o novo modelo, nacional, poderá eventualmente substituí-lo, “mas é uma jornada de longo prazo”, disse Moura Neto, que acrescentou: “Um míssil é uma arma bem cara (para desenvolver).” O almirante estava participando do IONS 2012 (Indian Ocean Naval Symposium – Simpósio Naval do Oceano Índico) como um observador.

FONTE: Engineering News (em cobertura do IONS 2012)

Tradução, adaptação e edição: Poder Naval

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