O afundamento do destróier HMS ‘Coventry’ na Guerra das Malvinas

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HMS Coventry seatrials

O destróier antiaéreo Type 42 HMS Coventry (D118), classe “Sheffield” da Royal Navy, foi lançado ao mar em 29 de janeiro de 1973, incorporado ao serviço ativo em 21 de junho de 1974 e entrou em serviço em 20 de outubro de 1978. A foto do alto mostra o navio em testes de mar.

O moderno destróier britânico foi afundado durante a campanha para a recuperação das Ilhas Falklands/Malvinas no dia 25 de maio de 1982, quando foi atacado por duas levas de jatos A-4B Skyhawk do Grupo 5 da Força Aérea Argentina.

HMS-Coventry-3

O HMS Coventry foi atingido por três bombas de 250kg, sendo que duas explodiram provocando violento incêndio e embarque de água. O navio emborcou 20 minutos depois do ataque e afundou logo em seguida. 19 membros da tripulação perderam a vida e 30 saíram feridos.

A fragata HMS Broadsword (atual fragata Greenhalgh da Marinha do Brasil) estava acompanhando o HMS Coventry durante o ataque e também foi atingida por uma bomba no convoo, mas a mesma não explodiu.

O HMS Coventry foi o segundo destróier Type 42 afundado na Guerra das Malvinas pela Aviação Argentina. O primeiro foi líder da classe, o HMS Sheffield, afundado por um míssil Exocet AM39 lançado de uma jato Super Étendard da Armada Argentina.

As fotos em cores mostram o navio após o ataque dos Skyhawk. Na última imagem, a reprodução de uma pintura alusiva ao ataque.

HMS Coventry 2

HMS Coventry

HMS-Coventry-Falklands-War

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MOSilva

Um ataque destes não é fácil. Que dirá há 30 anos. Não dá para dizer que foi simplesmente “sorte” dos argentinos.
SDS.

andre

foi graças aos pilotos experiente nessa guerra que conseguiu abate alguns navios britânicos pq se depende-se de poder bélico a argentina tava totalmente ferrada

Wagner

As mortes foram lamentáveis.

mas os pilotos argentinos foram MACHOS mesmo.

Bravura total.

Blind Man´s Bluff

Deve ser uma pena depois de anos perceber que você arriscou a vida em missões como essa, por um bando de ditadores jumentos que não valem a lavagem do uniforme.

Galtieri, Anaya, Lombardo…que jumentos!

Marcelo Andrade

É verdade Galante,

Os próprios pilotos ingleses de Harrier e Sea Harrier tb respeitavam a coragem dos argentinos, apesar do equipamento inferior.

GUPPY

Chama a atenção o fato do ataque ter sido efetuado por aviões Skyhawks A-4, ou seja, o mesmo modelo que a MB está dando um update e muita gente discordando. E os nossos ainda são melhores do que os argentinos já que são da última versão (A-4K).

AL

Guppy, em parte você tem razão. Mas há duas diferenças. Os A-4 argentinos vieram de terra, e eles tinham eles em bom número nessa época, se não me engano (hoje são em torno de 40). Agora, a gente, mesmo modernizado, serão 6 operados no A-12 (segundo estimativa daqui mesmo do PN) normalmente. Daí a pergunta: 6 andorinhas fariam um verão?

Ozawa

Quem puder adquirir a Edição nº 24 da RFA, irá apreciar muito a matéria: “Com Bravura e Pouco Mais – A4 Skyhawk Argentinos em Combate no Atlântico Sul.”

Eu a tenho, e essa matéria é simplesmente épica !

Senhores, num combate, a guerra se torna pessoal. É a tendência natural do ser humano de prevalecer frente à adversidade, não se medem ideologias, se medem forças. Quem não pensa assim, não seja soldado, e muito menos piloto de caça.

ernani

No nosso caso, confio muito mais nos nossos bravos com F5 mesmo, que deram um show nos EUA que possuem equipamento muito superior.
Só não recordo o nome da operação aérea conjunta.
A diferença foi que nossos pilotos, pelos anos de treino nessas máquinas, conseguem tirar até a última gota do eles podem oferecer.

GUPPY

Não prezado AL. Apenas 6 A-4 mordernizados é muito pouco. Tem que aumentar isso aí.

Abraços

colombelli

Galante as 17:34, disse tudo. A luta é pela pátria e pelo dever. Ozawa, por incrivel que pareça, quanto mais profissional é o militar, menos pessoalizado é o combate. Claro que eles comemoraram quando atingiram os navios. Há até videos no youtube com o áudio das batalhas de dentro dos avões e também entrevistas com eles. Mas logo que chegaram em terra eles contam que ja pensavam nos ingleses que tinham morrido. Alguns mencionam em entrevistas que não foram pensando em matar, mas apenas em atingir os alvos, se fosse possivel neutralizar os barcos sem matar, melhor. Em terra, após… Read more »

Ozawa

Prezado Colombelli, Creio que esse tema acende vívidos debates. E, a meu ver, deve ser distiguido conforme as arenas de batalha. É certo que entre os pilotos há um nítido confronto de ‘máquina x máquina’, a rigor, não se vê sangue nessas batalhas, e mesmo os ‘dogfights’, cada vez mais raros, não se realizam com “baionetas” buscando atingir um órgão vital do inimigo. Nos combates campais, e nestes apenas sob o tinir de baionetas, creio que a idéia de despersonalização seja quase utópica… Nas citadas pelo post, ainda assim, por mais profissionalmente que se desenvolva, e disso ninguém dúvida, a… Read more »

cfsharm

Colombelli e Ozawa, Acredito que ainda não se chegou ao refino profissional da impessoalidade no combate. E a impessoalidade não parece ser um objetivo e tampouco uma qualidade. Quanto as entrevistas sobre a questão dos mortos em combate – acho um pouco difícil isto ter ocorrido horas após o ataque. Eles poderiam até ponderar sobre as eventuais mortes, num espaço de tempo bem maior. Quanto a pessoalidade – concordo plenamente com o Ozawa. Não dá para excluir esta variável. Seja no combate corpo a corpo – seja na eliminação de aeronave ou meio de superfície. Sempre se dará uma olhadela… Read more »

Colombelli

CFS, esta questão varia de pessoa pra pessoa. Mas a impessoalização pode ser um objetivo e uma qualidade quando bem direcionados. Impessoalizar pode significar indiferença pelo adversário, ou por sua vida. E nesse caso ela conduz à desumanização dele, o que facilita atos de barbárie e agressão fora das regras civilizadas de engajamento. Mas quando ela implica em reagir de forma minimamente emocional ela passa a ser uma qualidade e um objetivo, dependendo da doutrina militar de treinamento individual de cada país e de sua tradição militar. Neste ultimo caso, impessoalizar implicará em um maior controle das reações na hora… Read more »

HIDERALDO

Imaginem se as bombas destinadas ao HMS Broadsword acertassem e pelo menos uma explodisse? seria um golpe duro para a rançuda Margaret Tacher ter dois navios afundados quase na mesma hora…