u-boat-1

vinheta-clipping-navalO projeto da Família Schürmann, a partir da descoberta do submarino alemão, era explorar o seu interior para poder estudá-lo. Depois, construir uma réplica e colocar dentro dela objetos retirados do U-513, como o enigma (máquina de códigos utilizada na comunicação entre os submarinos alemães), e abrir para visitação pública.

A Marinha brasileira, entretanto, enviou ofício à Família Schürmann, em abril deste ano, negando a licença para explorar o interior do submarino. O U-513 só pode ser filmado por fora. As alegações oficiais são de que “não há qualquer interesse público que justifique a exploração” e que o submarino é um “túmulo de guerra”, já que nele estão sepultados os restos mortais de 46 dos 53 tripulantes alemães da embarcação. Sete sobreviveram graças aos botes salva-vidas lançados por aviões americanos. Eles foram resgatados um dia depois do bombardeio pelo navio Tender USS Barnegat, dos EUA, que estava na costa catarinense.

“Não queremos polêmica. Já decidimos que não iremos explorar a embarcação. É pena, porque com flutuadores seria possível deslocar o U-513 para uma profundidade menor, de 35 metros, e transformá-lo num grande centro de turismo submarino, com mergulhadores de todo o mundo vindo a Santa Catarina”, ressalta Vilfredo Schürmann.

FONTE: Diário Catarinense

NOTA DO PODER NAVAL: O U-513 foi afundado na costa brasileira nas imediações de São Francisco do Sul, estado de Santa Catarina, em 19 de julho de 1943 por cargas de profundidade. Desaparecem com o U-boot 46 tripulantes, sobreviveram 7 entre eles o comandante Kptlt. Friedrich Guggenberger. O submarino foi redescoberto em 14 de julho de 2011, à profundidade de 135 m, por Vilfredo Schürmann da Família Schürmann e pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí.

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Wagner

Isso é óbvio.

As mesmas forças contra as quais esse submarino lutava, vencedoras da guerra, não querem exposição pública de um submarino da Alemanha Nazista.

De maneira oculta, como sempre, influenciaram a tomada de certas decisões, e claro, não vão permitir que o submarino vire um destino turístico.

Moriah

um país sem memória é um país sem futuro… por isso que estamos onde estamos… naufrágio com algo interessante? só se for aquela da caixa de prata lá tb na costa catarinense…

Brandenburg

Wagner disse:
“As mesmas forças…etc”
Acho que a a coisa deve ser vista do modo como a Marinha do Brasil colocou- túmulo de guerra com 46 combatentes mortos em seu interior e sem interesse público que justifique a exploração. .Exposição pública de submarinos alemães que sobreviveram à guerra, se renderam ou foram capturados existem em vários lugares do mundo, inclusive nos EUA, Inglaterra e na própria Alemanha.Creio que nenhum país permita a exploração turística/comercial de embarcações militares ou não, afundadas em combate , em respeito aos mortos lá sepultados e não pela ideologia pela qual combateram e morreram.Saudações.

Vader

Meu, eu juro que eu tento, mas me confesso absolutamente incapaz de entender algumas coisas da Marinha do Brasil. Qual o problema em se recuperar o submarino, que está jogado no fundo do oceano, e de quebra dar um enterro em terra condigno para os restos mortais dos marinheiros que se encontrarem lá dentro? Não é interessante transformar o submarino num museu, uma lembrança do que ambos os lados da guerra passaram? Não é interessante informar as novas gerações de brasileiros sobre os horrores da guerra, especialmente a naval e mais particularmente ainda a submarina? Não é interessante a Marinha… Read more »

MO

Eu intendi errado ou não/nunca houve ideia de transformar o U 513 em museu e sim fazer uma macaquisse para mergulhador brincar apenas ? Um detalhe = EU, na figura particularizada da minha pessoa sugiro tomar cuidado com o termo “Contribuição para cultura Maritima .. daqui a pouco a Grobo and o Ernesto Paglia ganha o nobel de incentivo a cultura maritima por causa do globo bosta Mar …. Mais uma vez em minha opiniao particularizaDA DA MINHA PESSOA QUASE ninguem faz piciroca nenhuma para cultura naval and maritima por aqui e os que fazem tenho QUASE convicção que não… Read more »

Soyuz

Há verbas para recuperar este submarino restaurá-lo e transformá-lo em museu? Me parece que só com muito otimismo este dinheiro existe. Há houve no passado algumas oportunidades de se criarem “navios museus”, como no caso do Minas Gerais por exemplo, e não havia dinheiro. Lembrando que dinheiro não se cria, apenas de muda de bolso. O dinheiro utilizado nesta operação vai fazer falta em outra coisa na própria MB. Pode-se captar dinheiro com a iniciativa privada, mas é razoável “privatizar o submarino alemão?” Tenho minhas sérias duvidas sobre o quão moral isto é. As famílias das vitimas querem ter os… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Soyuz, para você ter uma ideia, a manutenção da “frota” do Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro, já consome uma verba considerável da Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha. Cerca de um milhão de reais por ano é investido neles apenas em manutenção, se não me engano, o que não é pouca coisa pois estamos falando de um museu que não cobra nada para entrar e cujos passeios marítimos têm valor simbólico. É uma frota composta por um contratorpedeiro de escolta (da década de 1940) e um submarino (da década de 1970) atracados, um rebocador de… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Vader disse: 23 de julho de 2013 às 13:50 Vader, creio que meu comentário logo acima serve de resposta (ao menos de minha parte) às suas perguntas. Apenas ressalto que a Marinha já possui um navio-museu inteiramente dedicado a contar a história da participação da Marinha na Segunda Guerra Mundial. E lembro, também, que os custos para se recuperar um submarino no fundo do mar como você escreveu seriam absurdos e totalmente fora de propósito, quando comparados aos gastos atuais em patrimônio histórico. Mudá-lo de lugar para virar um parque de diversões de mergulhadores, para mim é um artificialismo. Naufrágio… Read more »

Soldat

Ha um bom livro que estou lendo sobre os combates contra os Submarinos Alemães em nossa costa:

“O BRASIL NA MIRA DE HITLER”

“A historia do afundamento de 14 navios Brasileiro pelos Alemães”.
de Roberto Sander editora ponto de leitura.

E de seus submarinos também.

“Quanto aos mortos, já estão nos seus túmulos sob o mar, e muito dignos. Para quê revirá-los? Por que revirar estes e não outros, por que os outros estão com acesso mais difícil? Qual o critério, o ético ou o comercial?”

Concordo deixem eles em paz.

Ozawa

Sinceramente…, a Marinha do Brasil já há muito é um verdadeiro museu, sob e sobre o mar e também nos céus que cobrem os mares… Talvez o maior e mais abragente flutuante do mundo… E não há nenhuma honra nisso…

Podiam ser mais sinceros: “Não temos dinheiro para os vivos, que dirá para os mortos…”

Observador

Senhores, Se é para usar dinheiro público na aventura de mover o submarino, eu sou contra. Se alguém da iniciativa privada tiver dinheiro para a empreitada, o risco é dele, e a MB não deveria impedir. Agora, se não é por respeito ao erário, não mover o submarino por respeito aos mortos só pode ser piada. O U-513 foi o responsável pelo afundamento do vapor Tutoya com a morte de sete brasileiros, sem contar outros navios de bandeiras diversas. Detalhe: era um navio pequeno, de cabotagem, não um grande cargueiro levando recursos para os adversários do Eixo, muito menos um… Read more »

Vader

Amigos, é claro que não quero dinheiro público num negócio desses. No máximo algum auxílio com meios ou conhecimentos da MB, e só: a coisa tem que ser bancada pela iniciativa privada e a MB não tem nada que se meter, pelo contrário: deveria apoiar.

Mas enfim…

MO

de maneira alguma tornar Aviaozinhum o S !!! nada de 1o GAE nao .. pois se depender Nunca sic semper Tiranis .. rss alem de virar tese de aviaozinhum … kkk

Se o fossem deveria sim preservar como museu, providenciar enterro digno pros restos mortais de seus tripulantes, pois lembrem-se que muitos alemães assim o fizeram com Brasileiros e nem todo alemão era nazista

Wagner

veja bem observador, e outros. Os jovens alemães que morreram nesse submarino eram guerreiros que lutavam por sua pátria. Esses alemães deram suas vidas no que acreditavam ( ou melhor, fizeram eles acreditarem) que era o cumprimento de seu dever. Sofreram e morreram, imagine o desespero de morrer dentro de um submarino. Tratá-los com respeito não significa tratar um inimigo com respeito e desrespeitar os nossos próprios mortos. Não tem nada a ver, Alemanha e Brasil jamais foram inimigos de verdade, nunca tivemos histórico de rivalidade com a Alemanha. Foram líderes sanguinarios quem provocaram esses incidentes que mataram as pessoas… Read more »

Soldat

Wagner

Parabéns você disse tudo……

“A guerra acabou. Honremos a todos os mortos e sigamos em frente”.[2]

Soyuz

Corroborando com esta excelente postagem do Wagner, O comandante do submarino, Friedrich Guggenberger sobreviveu ao naufrágio do U-513 e se manteve na ativa da marinha alemã até o começo dos anos 70. Chegou a ocupar o cargo de Vice-Chefe do Estado-Maior da OTAN para o comando Allied Forces Northern Europe. Ao final da guerra, com a queda do regime nazista, Guggenberger passou a operar juntamente com os mesmos antigos inimigos (EUA e Inglaterra). Eram os novos rumos políticos do mundo e o sinal de uma racionalidade política que culminou com a união européia décadas depois. Tantos outros exemplos parecidos ocorreram… Read more »

Observador

Wagner disse: 25 de julho de 2013 às 11:03 Soldat disse: 25 de julho de 2013 às 11:14 Soyuz disse: 25 de julho de 2013 às 15:55 Passei umas duas semanas muito ocupado sem poder postar ou ler este blog. Mesmo depois deste tempo, tenho que me manifestar. Os senhores estão confundindo respeito com REVERÊNCIA. E falam sem conhecimento de causa. “Os jovens alemães” vieram atacar nossa marinha mercante e causar a maior mortandade possível entre civis, inclusive mulheres e crianças, pois esta foi a ordem do Alto Comando Alemão. Os “alemães mortos que merecem respeito” atacavam navios brasileiros ainda… Read more »

Evandro

A guerra sempre tens dois motivos, política e religião. Uma completa a outra e ambas nós tornam inimigos de nossa própria raça.
Tragam o submarino para a terra, é nossa história.

Borges NEMO

Vi no YouTube o documentário sobre a participação do U-513 na Segunda Guerra Mundial e o fato de o mesmo ter sido encontrado no litoral catarinense despertou em mim muito interesse pelo assunto. Confesso que gostaria muito de poder ver de perto esse submarino que fez história no conflito em questão, mas, é claro, somente após resolvidas todas as questões éticas e morais do ponto de vista da doutrina naval (internacional) com relação a mortos em combates e, da mesma forma, só após a autorização dos parentes dos mortos. Creio que os pais dos marinheiros mortos já não existam mais,… Read more »