Project_1164_Moskva_2009_G1

vinheta-clipping-navalA Rússia joga bruto e não deixa espaço para dúvidas. Está levan­do para o Mediterrâneo o enor­me cruzador Moskva, de 11.490 toneladas, mais um destróier e dois navios de transporte de tro­pas de assalto. A missão do cru­zador, segundo comunicado do governo, “é garantir interesses russos na região”.

Os outros três estão formal­mente substituindo uma fraga­ta e três embarcações de desembarque que guarneciam, em Tartus, uma base aeronaval manti­da pela Rússia na Síria. Segundo analistas europeus, essa instala­ção está semidesativada. Apenas três, de cinco atracadouros originais podem ser utilizados e as estações eletrônicas foram desmontadas em 2007. A área é grande. Alinha de acostamento mede 5 quilômetros, mas, atual­mente, recebe só 150 militares.

O cruzador dispõe de um cen­tro de combate que pode forne­cer informações precisas sobre a chegada em voo de mísseis de cruzeiro – ou interferir eletroni­camente nos seus dispositivos de navegação.

Não é o único movimento mi­litar na área. O governo britâni­co despachou meia dúzia de ca­ças Typhoon, o avançado e caro Eurofighter, para a base de Chi­pre. Recheado com avançada eletrônica, o supersônico pode carregar carga de 16,5 toneladas de mísseis, bombas guiadas e torpedos médios.

Os EUA já posicionaram ao menos cinco navios, entre eles um porta aviões nuclear com 40 jatos de ataque. A França, relati­vamente próxima, ainda não efetuou deslocamentos de re­cursos. Pode fazer isso com os supersônicos Rafale e grandes jatos de inteligência em oito ho­ras, talvez seis, em alerta máxi­mo.

O novo componente na equa­ção da intervenção militar é a reação russa. A mobilização do cruzador Moskva é um indicador significativo. O navio esta­va cumprindo um circuito de en­saios conjuntos com forças na­vais da Venezuela e de Cuba. Foi despachado para o Mediter­râneo e, no caminho, encontra­rá um destróier da classe Sovremenni de 6,2 mil toneladas espe­cializado na guerra antissubmarino. A força-tarefa terá, ainda, dois Filchencov, que transpor­tam 300 soldados e mais 40 veí­culos blindados armados.

O grande “Moscou” foi moder­nizado entre 2002 e 2005. É um dos líderes da Frota do Mar Ne­gro, um poderoso legado da ex­tinta União Soviética. Mede 186 metros – pouco menos que dois campos de futebol – e é tripula­do por 480 homens.

O armamento principal é o míssil antinavio SS.N.12 com al­cance na faixa de 500 km. Abor­do, há três outros tipos, e um pouco conhecido sistema de de­fesa antiaérea que seria eficien­te no limite de 200 a 300 km.

FONTE: O Estado de S. Paulo via Resenha do Exército

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