NDD ‘Ceará’ em pane em alto mar a caminho do Haiti
Segundo informação divulgada em redes sociais, o Navio de Desembarque Doca (NDD) Ceará da Marinha do Brasil está a deriva a 320 milhas da costa do Ceará, devido a uma pane no turbo gerador, que produz a energia elétrica a bordo.
Um militar do navio sofreu uma queda de uma altura de mais de cinco metros e devido aos ferimentos teve que ser resgatado por um helicóptero Puma francês baseado na Guiana.
A Marinha do Brasil estaria contratando rebocadores para trazer o NDD Ceará de volta ao Brasil.
O NDD “Ceará” partiu do Rio de Janeiro no dia 10/04/2015, para a “Comissão Haiti XXI”, em apoio ao contingente brasileiro na MINUSTAH.
O navio entrou em serviço em 1956 na Marinha dos EUA como USS Hermitage (LSD 34) e foi transferido à Marinha do Brasil em 1989.
Depois que a gente fala que os navios estão ficando perigosos para a tripulação, tem “gênio” que vem chamar de chato e reclamão. Terrível presságio. Espero que o tripulante fique bem.
Foi resgatado por um helicóptero da Guiana?
O NDD Ceará não deveria ter helicópteros orgânicos (EC-725) e viajar com pelo menos uma escolta?
Não estou entendendo mais nada sobre como se opera uma marinha…
por viajar, lê-se navegar. (perdão por isso)
A que ponto chegou a situação da MB e seus meios, tudo por causa do governo corrupto e incapaz desse país. Ta difícil viu, só Deus pra nos abençoar!!!
SDS.
Tá na hora dos nossos Chefes Navais dizerem NÃO as missões impossiveis deste governo do PT, querem reabastecer a tropa no Haiti que contratem um navio mercante moderno para levar os suprimentos e paguem com os recursos da Casa Civil !!!
Arriscar a vida de centenas de tripulantes em alto mar é o mesmo que voce pegar a sua familia e colocar em um carro velho da decada de cinquenta e sair pelas nossas estradas (esburacadas) para passear tranquilamente.
É obvio que vai pegar ….
RJ…
um helicóptero para ser efetivamente orgânico em um navio precisa de um hangar para proteção e manutenção, então para missões mais longas não é adequado nem útil manter um helicóptero “estacionado” no convoo de um navio sem hangar.
E não há nenhuma necessidade de um “escolta” mesmo os ARGs (Amphibious Ready Groups” da US Navy atravessam oceanos sozinhos, afinal, não há nenhuma ameaça e a US Navy descobriu que é melhor despachar navios em missões independentes do que “prende-los” aos ARGs já que não há combatentes de superfície ou
“escoltas” em número suficiente !
abraços
Dalton, Obrigado pelos esclarecimentos. Fico frustrado ao ver que o navio que acabou de passar por um PMG dá pane exatamente em um dos sistemas que foi alvo de manutenção. Também fico frustrado ao ver que foi trocado o convôo e não se optou por um hangar retrátil (mesmo que um hangarete de lona) para se operar de verdade um heli. Como não temos dinheiro para comprar um navio mais completo e auto-suficiente para a missão, pelo menos poderíamos fazer algo durante a PMG para torná-lo melhor. Não me sentiria confortavelmente seguro ao operar em um navio da década de… Read more »
Navio “velho” é um problema, mas, não há marinha sem navio “velho” ! Uns três anos atrás o USS Nimitz hoje com 40 anos e portanto “velho” teve sua partida para uma comissão adiada em três meses devido à problemas de propulsão. E não fazia nem doze meses que havia passado por um período complexo de manutenção que custou centenas de milhões de dólares e levou 15 meses ! Tiveram que fazer uma gambiarra com o USS Eisenhower que acabou sacrificando este último. Hoje o USS Nimitz está de volta à uma doca seca, os ciclos de manutenção antes previsíveis… Read more »
RJ…
a US Navy tem vários navios sem helicóptero orgânico e já houve casos em que foi solicitado um helicóptero “estrangeiro” para evacuar feridos a bordo, na verdade,
sempre há treinamento com outras nações nesse sentido.
Então não há necessidade de hangar retrátil em todo navio e normalmente estes hangares ocupam também espaço que em certos navios é um prêmio sem mencionar peças de reposição e mecânicos que precisariam ser transportados.
Os LPDs da classe Austin receberam um hangarzinho telescópico que mal dava para um helicóptero leve e os Austins eram navios maiores que o Ceará.
Este é o legado do AE Moura Neto, idolatrado por uns e outros por aqui…Fez, à MB, o que seus patrões do PT fizeram com o país…
a.cancado
2 de maio de 2015 at 13:18
…. mas disfarçam com propaganda de segunda frota, dois porta aviões que não existem, Gripen Naval, modernização de aviões que duram cem anos, e verbas para custeio e PMG de navios que só permitem a troca do bebedouro de vante…..
E quem deu o toque sobre este assunto fui eu, na madruga…
Sds.
Baschera, obrigado, quando você passou a info nós já tínhamos recebido, mas antes de publicar verificamos com algumas fontes para não cometer barrigada.
Abs
Um ARG não é algo que pode ser chamado de indefeso a não ser contra ameaças submarinas. Os navios anfíbios americanos tem boa defesa antiaérea e um LPH está equipado com os Harrier e Cobras para atacar alvos em terra no mar e no ar.
A grande mídia também está repercutindo:
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/05/explosao-em-navio-fere-militares-brasileiros-e-interrompe-missao-ao-haiti.html
Galante,
Minha(s) fonte(s) jamais cometeu(eram) uma “barrigada”…. rsss!
E como eu disse, e a matéria citada (Época/Globo) também…. houve mais de um ferido.
Lamentável mais este episódio para a MB.
PS; O Garcia deverá zarpar para substituir o Ceará nas lidas para o Haiti.
Sds.
O navio não deveria ter manutenção embarcada? E a logística de bordo?
Estraga, fica na bubuia?!…
Lembrando que o Ceará ficou cinco anos em PMG.
Sds.
cinco anos de PMG e quanto tempo até a pane? cinco meses?
Em Nov/14 terminou o PMG.
Em Dez/14 passou pela IO (Inspeção Operativa).
Sds.
A vida útil desse navio está sendo esticada além do normal porque a MB não tem recursos para um substituto a curto prazo. Como seu irmão NDD Rio de Janeiro, o Ceará já devia ter dado baixa.
Idem para o Mattoso Maia, para as Niteroi, para as Type 22, para o São Paulo… etc.
Sds.
Olha que grande oportunidade, é só não perderem.
Agora é só chegar alguém e falar para o Ministro da Defesa que os navios anfíbios estão aos cacos e que precisamos de um urgentemente, mesmo que seja o francês SIROCO pois daqui a pouco não teremos mais navios para levar materiais e apoio ao HAITI.
Ainda há tempo
Abraços
Senhores o Sabóia suspendeu ontem 01/05 para substituir o Ceará.
Infelizmente esse tipo de problema é bem comum na marinha, navios que voltam rebocados de comissões.
O fato é que devido a idade muito avançada dos meios isto vem se repitindo com mais frequência!
As MK-10 vem fazendo milagre na UNIFIL!
Até que demorou para a UNIÂO quebrar!
Hoje nossa MB é o reflexo do país, TUDO QUEBRADO!!!
O Ceara esta demandando Belem… a peca que ele precisa deve sair aqui dos EUA na terca… trata-se de valvulas de reducao de pressao, ja tinham sido compradas, mas o envio esta sendo agilizado devido ao problema ocorrido….
Baschera
2 de maio de 2015 at 17:16
Baschera,
nada contra a suas fontes ou a de qualquer outro que queria colaborar, longe disso… Apenas procuramos realizar com responsabilidade a tarefa de informar sobre o acontecido.
G-LOC e/ou mais alguém interessado em “ARGs” ou sem nada melhor para ler no momento 🙂 “ARGs” não são completamente indefesos, mas, a defesa AA é muito limitada, sem mísseis de longo alcance, os 6 AV-8Bs e 4 “Cobras” dos quais nem todos estão sempre disponíveis oferecem também defesa limitada e contra submarinos não há defesa nenhuma e ainda por cima os navios são lentos, não à toa, LSDs por exemplo são chamados de “Large Slow Duck”. Nos anos 90 a US Navy juntou o ARG com o CVBG como na época era conhecido o grupo de ataque centrado em… Read more »
Admiral Dalton,
Mesmo sem tempo, com muito país estudar, sempre encontrarei tempo lara ler o que vc escreve.
Engraçado é entender os navios dos ARGs americanos lentos. A US Navy procurou estabelecer uma velocidade mínima de 20 nós para seus navios anfíbios (muitos superam). Mas outras marinhas, notadamente às européias, ficam nas 18 nós e olhe lá.
Abç.,
Ivan.
Obrigado Ivan…então continuarei escrevendo 🙂
Quanto a velocidade é aquela coisa…para se ter uns 2
nós a mais por exemplo, milhões de dólares são necessários a mais, o navio torna-se mais caro e então surgem projetos oportunistas como o ” Makassar ,bem barato, ao menos a versão básica, pois se adicionais forem incluídos o preço muda.
Mas, para nações sem dinheiro,tais navios, mais lentos e mais simples tem um mercado garantido e sempre terão.
abraços