França poderia vender para a China os navios encomendados pela Rússia
A saga sobre o destino dos dois navios anfíbios da classe Mistral em construção para a Rússia tem mais um capítulo. Na segunda-feira (11) o jornal londrino Business Insider, citando informações da imprensa chinesa, relatou que representantes franceses em Xangai poderiam propor um acordo para vender os navios para a China.
Nas últimas semanas Moscou tomou posições mais conciliadoras sobre o destino do acordo. No mês passado, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que não tinha a intenção de buscar quaisquer penalidades ou multas sobre o adiamento da venda. Ao invés disso a Rússia busca apenas o reembolso das despesas efetuadas no lado russo, se a venda for cancelada.
A dificuldade de um acordo com a China é que os navios foram construídos segundo especificações russas. O primeiro dos dois navios , o Vladivostok, já passou por testes de mar, mas está retido no porto francês de Saint-Nazaire. Já o segundo navio, o Sevastopol, agora também parece estar pronto para testes no mar.
O presidente francês, François Hollande, impôs duas condições para a entrega dos navios: um cessar-fogo na Ucrânia e progresso em direção a um acordo sobre o futuro da Ucrânia.
Mas parece que estas condições não serão aceitas pela Rússia. Assim, um novo comprador deve ser encontrado ou os navios poderiam acabar como sucatas.
É aí que a China poderia entrar. Uma esquadra de navios franceses encontra-se atualmente em Xangai. Dentre os navios está o Dixmude, o primeiro da classe Mistral. Há rumores de que a França está usando a viagem como uma maneira de mostrar o navio antes da elaboração de uma proposta.
Mas há um problema. Seriam necessários centenas de milhões de euros para adaptar os navios de acordo com as exigências chinesas. Isso pode representar apenas uma fração do custo dos dois navios, mas não deixa de representar um aumento substancial sobre o preço original que terá de ser assumido pelo potencial comprador ou engolido no lado francês.
“A dificuldade de um acordo com a China é que os navios foram construídos segundo especificações russas.”
A China opera destroieres (ou fragatas?) de origem russa, inclusive com helicópteros Kamov, além de submarinos da classe Kilo. Ou seja, estão acostumados com as tais especificações russas. Não vejo isso como grande complicador.
Abraços,
Marcelo
A DCNS não perde uma oportunidade. Ademais, ótimos navios.
Assim como o Marcelo, também não consigo enxergar onde seria tão complicada a adaptação.
Claro, os manuais, as interfaces dos sistemas e todas as placas teriam que ser traduzidas para chinês. Alguém sabe o que mais precisaria ser trocado, ou adaptado?
Talvez os rádios operem numa banda diferente ou com uma criptografia incompatível com os equipamentos chineses. Alguém confirma?
E a emenda ficou pior do que o soneto, chineses e russos são bastante próximos em questões de segurança, uma vez em mãos chinesas nada impediria que esses navios fossem revendidos aos russos.
Me engana, que eu gosto!!!
Que isso Mauricio?
Os chineses só querem transformar os Mistral em hotéis cassino flutuantes.
Quanta desconfiança.
Porque vocês acham que o Jaques Wagner está na França? Foi lá negociar a compra desse Mistrais
Eu estou torcendo para os corsarios franceses ficarem com esse Mico flutuuante !!!
Chines se comprar vai levar apenas um para copiar …..
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Qual a opção mais conveniente???
a) Comprar os navios:
http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/05/modest-proposal-buy-2-mistral-amphibs.html
b) Ralhar c/ os franceses:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/05/mistrals-to-china-are-french-trying-to.html)
Existe um embargo de vendas de equipamento de uso militar a China na Uniao Europeia – nunca a Franca venderia os 2 Mistral para a China, com ou sem este embargo, tendo em vista os interesses comerciais com o Japao.
Entre os paises interessados estao a India, Canada e a propria Marinha da Franca, que sómente recebeu 3 dos 4 Mistral que queria comprar.
Vende o par de “Mistral” para a China e em poucos anos os russos comprarão alguns “mistraling” dos chineses.
Mas acredito que os franceses podem tentar está venda para resolver o problema do Sebastopol e Vladivostok.
Mesmo correndo o risco de desagradar metade dos países da Ásia, principalmente a Índia que tem realizado compras importantíssimas à indústria de defesa francesa, como Scorpenes e Rafales.
a Franca nao pode vender armas a China … embargo etc.
Ivan
Imagino a conversa do ministro da defesa indiano com o seu colega francês:
Indiano:
“-Nós compramos scorpenes mais caros do que o U214, compramos rafales mais caros do que Typhoon e f-35, salvamos a thales da bancarrota comprando um radar para nosso destroyer Kolkata que custou mais que todos os outros sensores somados. Daí, vocês pegam um dos poucos produtos de vocês que têm um custo-benefício interessante e vendem para nossa maior ameaça regional? que conceito de parceria é esse?”
francês:
“-Veja bem…”
Saudações a todos, rsrsrsrsrs
Iväny,
Por outro lado (o lado amigo da onça), oferecer veladamento o ‘Sebá’ e o ‘Vladi’ para a Pequim pode ser uma tentativa de empurrar mais esta para Nova Déli. 🙂
Nestes assuntos pode acontecer de tudo…
… inclusive nada.
Abç.,
Ivan.
Ivan
Nesse caso é entubamento por todos os orifícios.
Saudações.