1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Monitor Encouraçado Alagoas Classe Pará
D a t a s
Batimento
de Quilha: 8 de dezembro de
1866
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
342 ton. Blindagem:
estrutura de ferro, com casco de madeira
revestido com couraça de 4 pol. e 6 pol. na torre. Velocidade: 8.5 nós. Raio
de ação: ? Tripulação: 43 homens, sendo 8 oficiais e 35 praças.
H i s t ó r i c o
O Monitor Encouraçado Alagoas, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado de Alagoas. Foi construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, segundo os planos de construção do CT Napoleão J. Level, maquinas do Engenheiro Carlos Braconnot e arranjo do armamento do Tenente Henrique Baptista. Teve sua quilha batida em 8 de dezembro de 1866 em cerimonia conjunta com seus irmãos de classe, Ceará, Piauhy, Santa Catarina e Rio Grande, sendo lançado ao mar às 15:30h do dia 29 de outubro de 1867 em cerimonia que contou com a presença do Imperador Pedro II, do Duque de Saxe, do Ministro da Marinha Afonso Celso de Assis Figueiredo, outros Ministros e demais autoridades. Foi seu primeiro comandante o 1º Tenente Joaquim Antônio Cordovil Maurity.
Para a sua construção, o Engenheiro Carlos Braconnot conseguiu o feito notável de, sem prensa hidráulica, que não havia no Brasil, dobrar couraças, não só desses vasos, como dos encouraçados que construiu.
1868
Em janeiro seguiu para o Teatro de Operações no Paraguai.
Em 13 de fevereiro integrando como capitânia a 3ª Divisão Naval sob o comando do CMG Delfim Carlos de Carvalho, futuro Almirante e Barão da Passagem, composta tambem dos Monitores Pará e Rio Grande, forçou durante a noite, o Passo do Curupaiti, enfrentando o fogo de 22 canhões inimigos durante uma hora de combate, indo depois reunir-se aos Encouraçados que se destinavam ao forçamento do Passo de Humaitá.
Em 19 de fevereiro integrando a 3ª Divisão Naval, composta também pelos pelos Encouraçados Barroso e Tamandaré e os Monitores Pará, Rio Grande e Bahia, suspendeu às 00:30h a fim de forçar a Passagem de Humaitá. Seguindo instruções do Almirante, deviam os navios subir o rio atracados dois a dois, indo o Alagoas junto com o Bahia. Por volta das 03:00h enfrentava forte fogo do inimigo das posições inimigas. Em frente as baterias paraguaias, os cabos que o amarravam ao Bahia, se romperam, indo o Alagoas rio abaixo, até onde estava a força que protegia a operação. Depois de três tentativas frustradas, forçou o passo sozinho, repelindo por fim uma abordagem do inimigo. Durante o combate destacou-se no auxilio ao comandante Maurity, o 1º Tenente Miguel Ribeiro Lisboa, imediato do Alagoas.
Por volta das 10:30h do mesmo dia 19 de fevereiro, travou combate com a bateria de Timbó.
Durante esses combates o Monitor Alagoas foi atingido por mais de 200 tiros, alguns dos quais de grosso calibre, infligindo vários danos a sua estrutura.
A 6 de junho auxiliou o bombardeio das fortificações de Tibiquari, sendo levemente atingido.
Em 21 de julho tomou parte no bombardeio dos fortes do estabelecimento e, forçou de novo as baterias do Timbó, deu fundo em frente ao Tagi.
No dia 23 de julho bombardeou as baterias de San Fernando e da foz do Tibiquari, quase a queima-bucha, e o acampamento de San Fernando; à tarde, força de novo o referido passo e volta ao primitivo fundeadouro.
A 24 de agosto volta a bombardear o Tibiquari e auxilia a passagem do nosso Exército.
Em 10 de outubro força as baterias de Angostura e subiu o Rio Paraguai.
Em 29 de novembro suspende de Villeta em demanda de Assunção, onde fundeia às 11:00h da manhã e bombardeia a cidade. Regressa no dia seguinte.
1870-1884
Após a guerra fez várias comissões e foi, afinal, enviado para a Flotilha do Alto Uruguai, com sede em ltaqui.
1884
Em 20 de junho, passou Mostra de Armamento. Por Aviso Ministerial de 28 de novembro do mesmo ano teve o distintivo numérico 9.
1896
Foi submetido a Mostra de Desarmamento na Flotilha do Alto Ururguai em cumprimento ao Aviso Ministerial n.º 855 de 5 de maio de 1896.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.14.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- Boiteux, Lucas Alexandre. Das Nossas Naus de Ontem aos Submarinos de Hoje. |
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