AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA

Ansaldo Idro-S.V.A.

Hidroplano de treinamento Avançado


A e r o n a v e s

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E s p e c i f i c a ç ã o   o r i g i n a l (1)

Origem: Itália (Giovanni Ansaldo & Cia.)
Dimensões: comprimento: 8,13 m; envergadura: 9,18 m; altura: 2,80 m; Superfície alar: 26,90 m2.

Pesos: vazio: 665 kg; máximo na decolagem: 975 kg.

Motores: um motor SPA 6A de 6 cilindros em linha, desenvolvendo 205 HP, refrigerado a água.

Desempenho: velocidade máxima: 228 km/h; razão inicial de subida: 375 m/min; teto de serviço: 5.000 m; Autonomia 3-4 h.
Armamento: uma metralhadora fixa Vickers 7,7 mm (.303) sincronizada com a hélice e uma metralhadora Vickers para o ocupante traseiro.

Tripulação: dois tripulantes em tandem


H i s t ó r i c o

Na segunda metade da década de 1910, os projetistas italianos Savoia e Verdusio se associaram à fábrica Ansaldo para produzir um avião de caça. Denominado S.V.A. (Savoia, Verdusio, Ansaldo), a aeronave ficou pronta em 1917. Embora fosse muito rápida para a sua época (cerca de 220 km/h), a falta de manobrabilidade era sua grande deficiência como caça. Outros modelos foram projetados, mas o de maior sucesso foi o S.V.A. 5. Ainda no ano de 1918 foi produzida uma série de 50 aviões S.V.A. com flutuadores. Esse modelo ficou conhecido como Idro-S.V.A (3).

 

Com o término da I Guerra Mundial, no final de 1918, a aquisição de material aeronáutico bem como o intercambio de profissionais da aviação ficou  mais fácil.

A Aviação Naval começou o ano de 1919 com uma frota de 14 aeronaves. Antes do término do ano, esse número praticamente dobrou. Dentre as aeronaves recebidas, nove eram de origem italiana. Era a primeira vez em sua história que a Aviação Naval recebia aeronaves de procedência italiana. Duas da aeronaves provenientes eram do modelo Ansaldo Idro-S.V.A. (4).

Os dois biplanos Ansaldo Idro-S.V.A. tiveram uma trajetória bastante curta na Escola de Aviação. Já no ano de 1920, o exemplar nº 27 não se encontrava mais na lista de material aéreo da escola (5). No ano seguinte, aparelho nº 26 estava em reparos (6) e foi retirado de serviço (1).


F o t o s

Ansaldo Idro-S.V.A. da aviação Naval. FOTO: SDM


B i b l i o g r a f i a

(1) PEREIRA NETTO, F. C. Aviação Militar Brasileira 1916-1984. Ed. Revista de Aeronáutica: Rio de Janeiro, 1985. p.18

(2) GUSTIN'S MILITARY AIRCRAFT DATABASE. Italy. Disponível em: <http://www.csd.uwo.ca/~pettypi/elevon/gustin_military/db/ital/IDROSVA0.html> Acesso em: 12 fev. 2005.

 

(3) TAYLOR, M. J. H. (Ed.) Jane's Encyclopedia of Aviation. Crescet Books. Nova York, 1989. p. 62-63 

(4) MOURA, R. S. Relatório do Ministério da Marinha do ano de 1919. Imprensa Naval: Rio de Janeiro, 1920. p. 79-81

(5) CHAVES, J. F. Relatório do Ministério da Marinha do ano de 1920. Imprensa Naval: Rio de Janeiro, abr. 1921, p. 43-45.

(6) MIRANDA, J. P. V. Relatório do Ministério da Marinha do ano de 1921. Imprensa Naval: Rio de Janeiro, out. 1922. p. 139-143.