AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA | |||||||||||||||||||||||||||
Beechcraft Model 17 / D17ATransporteA e r o n a v e s D1Be
E s p e c i f i c a ç ã o o r i g i n a l (1) Origem:
EUA (Beech Aircraft Corp.) Pesos: vazio: 1.118 kg; máximo na decolagem: 1.927 kg. Motores: um motor radial Wright R-760-E2 de 7 cilindros, desenvolvendo 350 HP, refrigerado a ar. Desempenho: velocidade máxima: 297,8 km/h; razão inicial de subida: 259 m/min; teto de serviço: 5.486 m; Alcance: 1.527 km. Tripulação: quatro tripulantes H i s t ó r i c o Projeto e desenvolvimento Walter H. Beech foi um dos vários personagens dos primórdios da aviação. Em 1924-1925, juntou-se com os projetistas Lloyd Stearman e Clyde Cessna para fundar a empresa Travel Air Manufacturing. No início da década de 1930, Beech deixou a vice-presidência da Travel Air Manufacturing para criar sua própria empresa de construção aeronáutica. A Beech Aircraft Corporation foi fundada em 1932 em parceria com a sua esposa Olive Ann Beech (2) e tendo a ajuda do projetista Ted Wells. O primeiro projeto da jovem empresa era uma aeronave de ligação rápida e potente para atender executivos privados. O projeto recebeu o nome Beech Model 17 e o primeiro exemplar voou em novembro de 1932. O modelo de produção, Model 17B, vendeu somente 18 aeronaves para o mercado civil em 1933 (2). O projeto recebeu melhoramentos estruturais e aerodinâmicos em 1937, originando a versão Model D17 "Staggerwing". Os primeiros exemplares de produção saíram da fábrica ainda em 1937 e no ano seguinte o Exército dos EUA adquiriu três D17S (a sufixo indicava o motor que a aeronave utilizava) para avaliação como aeronave leve de ligação. O avião, reclassificado como UC-43 Traveler, foi aprovado e as entregas começaram em 1939. A Marinha dos EUA também recebeu algumas aeronaves desse modelo, renomeadas GB-2 Traveler (2). Na Marinha do Brasil A Aviação Naval da Marinha do Brasil adquiriu quatro Beech D17A em 1940 (1) para o Correio Aéreo Naval (CAN) (3). A idéia era colocar em prática a tão sonhada Linha Tronco Norte. Saindo do Rio de Janeiro, a rota seguiria por toda a costa do Nordeste até chegar a cidade de Belém/PA. Dali, acompanhando o Rio Amazonas, a linha terminaria em Manaus. Uma ramificação da Linha Tronco Norte, saindo do Rio de Janeiro, também deveria atender a localidade de Ladário.
* é possível que esta numeração seqüencial do fabricante não corresponda exatamente à ordem de matrícula na MB Infelizmente estas linhas não funcionaram de forma regular (3), pois alguns meses após a compra dos D17A a aviação naval foi extinta e dos quatro aviões, três (matrículas 205, 207 e 208) passaram para o Ministério da Aeronáutica (4). Pela Portaria 47, de 20 de fevereiro de 1941, o Correio Aéreo Militar (CAM) e o Correio Aéreo Naval (CAN) foram fundidos em um único serviço aéreo postal chamado Correio Aéreo Nacional (CAN), este último sob a coordenação do Ministério da Aeronáutica. Os Beech D17A que pertenceram à Marinha passaram a prestar serviços ao CAN e, no final do ano de 1941, a própria Força Aérea adquiriu mais seis unidades (5) do mesmo avião (cuja designação militar passou a ser C-43 Traveller). Somente oito aeronaves da variante D17A foram fabricadas (6). Especula-se que estas sejam as quatro entregues à Marinha em 1940 e as seis entregues à Força Aérea em 1941. F o t o s Uma das poucas fotos dos D17A FOTO: SDGM P e r f i l Os Beechcraft D17A saíram da fábrica com tons escuros e com poucas marcações externas. Acredita-se que as mesmas tenham sido aplicadas somente no Brasil. B i b l i o g r a f i a (1) PEREIRA NETTO, F. C. Aviação Militar Brasileira 1916-1984. Ed. Revista de Aeronáutica: Rio de Janeiro, 1985. p.57 (2) TAYLOR, M. J. H. (Ed.) Jane's Encyclopedia of Aviation. Crescet Books. Nova York, 1989. p.123-124 (3) INSTITUTO HISTÓRICO-CULTURAL DA AERONÁUTICA. A aviação na Marinha. In: História Geral da Aeronáutica Brasileira. Ed. Itatiaia Ltda. Rio de Janeiro: 1990. v. 2, p. 317. (4) INSTITUTO HISTÓRICO-CULTURAL DA AERONÁUTICA. Concretização da idéia. In: História Geral da Aeronáutica Brasileira. Ed. Itatiaia Ltda. Rio de Janeiro: 1991. v. 3, p. 90. (5) INSTITUTO HISTÓRICO-CULTURAL DA AERONÁUTICA. Aviação Militar. In: História Geral da Aeronáutica Brasileira. Ed. Itatiaia Ltda. Rio de Janeiro: 1991. v. 3, p. 138. (6) BEECHCRAFT HERITAGE MUSEUM. Technical Library. disponível em: <http://www.beechcraftheritagemuseum.org/tech_library/model_17_specs/>, acesso em: 19 dez. 2007. | |||||||||||||||||||||||||||