AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA

Pilatus P.3

Monomotor de Instrução


M a t r í c u l a s

N-501

N-502

N-503

N-504

N-505

N-506

 


E s p e c i f i c a ç ã o   o r i g i n a l   (1)

Origem: Suíça (Pilatus Flugzeugwerke)
Dimensões: comprimento: 10,40 m; envergadura: 8,75 m; altura: 3,05 m; Superfície alar: 16,5 m2.

Pesos: vazio: 1.110 kg; máximo na decolagem: 2.700 kg.

Motor: um motor Lycoming GO-425-C2 horizontal de 6 cilindros opostos, desenvolvendo 260 HP.

Desempenho: velocidade máxima: 310 km/h; razão inicial de subida: 630 m/min; teto de serviço: 9.500 m; alcance: 1.300 km.
Armamento: ausente.

Tripulação: dois tripulantes em tandem


H i s t ó r i c o

 

Sem prévia autorização do Governo Federal, a MB (através da Diretoria de Aeronáutica) adquiriu diretamente da empresa suíça Pilatus (2), seis aeronaves de instrução versão P.3.

As aeronaves vieram para o Brasil desmontadas e encaixotadas a bordo do NTrT Soares Dutra. Na chegada ao Rio de Janeiro, o navio fundeou na Baía de Guanabara e, numa sigilosa operação noturna que contou com tropas do CFN, as caixas foram transportadas para lanchas de desembarque. As lanchas por sua vez se dirigiram para um cais localizado nos fundos do terreno onde estava sediado o HU-1 (1º Esquadrão de Helicópteros e Emprego Geral). Transportadas para o hangar do HU-1, as caixas foram abertas e as aeronaves foram montadas ali mesmo. Enquanto as aeronaves eram montadas, uma pista para a decolagem, com 600 m de extensão, era construída no terreno dos fundos do hangar. Após quase três meses, a pista ficou pronta e cinco aeronaves decolaram ruma a São Pedro da Aldeia (2). Por motivos técnicos, a sexta aeronave foi transportada de caminhão.

Chegando a São Pedro da Aldeia, os Pilatus constituíram as primeiras aeronaves do recém-criado 1º Esquadrão de Aviões de Instrução (AI-1). Nos poucos anos que as aeronaves voaram com as cores da Marinha, um avião foi perdido.

Em janeiro de 1965 (1), com a decisão presidencial de extinguir a aviação naval de asas fixas, as cinco aeronaves remanescentes foram transferidas para a FAB. Atualmente um exemplar, exibindo o número N-506, encontra-se preservado em frente ao prédio do Museu da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia.


P e r d a s / A c i d e n t es / B a i x a s

1963   Um Pilatus P.3 (matrícula desconhecida) acidentou-se com perda total sobre a pista da BAeNSPA quando realizava um vôo de demonstração aérea. Faleceu na ocasião o piloto, Capitão-Tenente Gunther Theiner (2).


F o t o s

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B i b l i o g r a f i a

(1) PEREIRA NETTO, F. C. Aviação Militar Brasileira 1916-1984. Ed. Revista de Aeronáutica: Rio de Janeiro, 1985. p.26

(2) LYNCH, P. O vôo do Falcão Cinza. Ed. Grafitto: Rio de Janeiro, 2003. 391 p.