Por que o George Washington?

A decisão de enviar o NAe USS George Washington para substituir o NAe USS Kitty Hawk como único navio-aeródromo baseado fora do território norte-americano não foi revestida apenas de aspectos táticos. Obter a permissão do governo do Japão para basear um NAe de propulsão nuclear em seu território foi bastante delicada. O aval só veio em 2005, mesmo assim sob certa oposição popular.

Para não inflar mais ainda os ânimos dos que se opõem à sua presença, a escolha foi feita a dedo. O USS Harry S. Truman foi descartado logo de início, pois foi exatamente o presidente Truman que autorizou o lançamento das bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagazaki. Theodore Roosevelt (nome do CVN 71), presidente dos EUA entre 1901 e 1909, foi responsabilizado pelos japoneses pelos termos injustos como mediador do conflito russo-japonês. O almirante Chester Nimitz e o general Dwight D. Eisenhower (respectivamente homenageados pelo USS Nimitz e pelo USS Dwight D. Eisenhower) tiveram papéis fundamentais da derrota dos países do Eixo em 1945. E o ex-presidente Bush (USS George Bush), mesmo não sendo peça fundamental na II Guerra Mundial, foi piloto naval durante a campanha do Pacífico.

Excluindo os navios acima, sobraram o John C. Stennis, o Carl Vinson e o George Washignton. Tanto o John C. Stennis como o Carl Vinson estão baseados no Pacífico e a USN designou um NAe da frota do Atlântico para permanecer baseado do Japão. Sobrou então o George Washignton.