A declaração atribuída ao Ministro Jobim (“Eles poderão atuar em áreas não jurisdicionais brasileiras. Aqui não entra!”) e publicada pela agência de notícias Reuters gerou bastante polêmica. No entanto, o governo dos EUA age exatamente no sentido contrário. Desde os tempos de Theodore Roosevelt, os EUA “falam baixo, mas carregam um porrete grande (big stick)”

Leia a seguir trechos do “post” publicado pelo Blog Naval em 3 de julho do ano passado, sobre o envio de uma Forças-Terefa para a costa do Brasil durante a Revolução de 1964. Ela mostra a ativa participação do então embaixador norte-americano no Brasil, Lincoln Gordon, numa intensa campanha encoberta de intervenção dos EUA.

Por isso, Gordon sugeriu o envio de uma força-tarefa naval para manobras no Atlântico Sul, “trazendo a frota para uma distância de poucos dias de Santos”. E completou: “Um porta-aviões seria mais importante para efeito psicológico“. O embaixador reforçou a solicitação garantindo: “Essa mensagem não é uma reação alarmista ou de pânico em relação a qualquer episódio. Ela reflete conclusões conjuntas dos mais altos funcionários dessa embaixada com base numa cadeia de ações e informações de inteligência”.

O seu pedido foi aceito exatamente no dia em que o golpe militar foi desfechado. A Casa Branca ainda não sabia sobre a deflagração do golpe quando o Pentágono e a CIA enviaram a Gordon, através do Departamento de Estado, um telegrama contando que estavam despachando para as vizinhanças de Santos um porta-aviões, dois destróieres com mísseis guiados, outros quatro destróieres, duas escoltas de destróieres, navios-tanque, e cerca de 110 toneladas de munição e bombas de gás para controle de massas, e gasolina. “O transporte aéreo (para Campinas) será feito entre 14 e 36 horas”, dizia o despacho, “e envolverá dez avios de carga, seis aviões-tanque e seis caças.

Para ver o “post” completo, clique aqui.

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