Marinha do Brasil divulga nota sobre a aquisição de Navio Polar de Apoio às Pesquisas
Nota publicada no site oficial da Marinha do Brasil
Com referência à notícia intitulada “Novo NApOc gera dúvidas”, publicada nas páginas da Internet do “Poder Naval On-Line” e do “Defesa@Net”, a Marinha do Brasil (MB) esclarece os seguintes pontos:
• O Navio “Ocean Empress”, em processo de obtenção pela MB, foi inspecionado por uma comissão de Engenheiros Navais e Oficiais com experiência em operações na região antártica, tendo sido considerado em boas condições, conforme atesta o Relatório Técnico elaborado por aquela comissão, necessitando de obras de conversão para atender aos requisitos para operar como Navio Polar de Apoio às Pesquisas;
• Conforme consta do relatório acima citado, o navio teve sua construção original iniciada em 1974, no estaleiro Todd (EUA), sendo comissionado como navio de apoio (“Supply Vessel”). Posteriormente, em 1988, no estaleiro Aukra (Noruega), foi convertido em navio pesqueiro (“Stern Factory/Processing Trawler”). Nessa conversão, obras de grande vulto foram executadas, a ponto de ter sido mantida, da estrutura original do navio, apenas a quilha. Segundo a Classificadora Lloyds Register, conforme comunicado daquela Sociedade datado de maio de 2007, o ano de 1988 pode ser, na prática, considerado como o seu novo ano de construção;
• Quanto aos problemas de estabilidade experimentados pelo navio nas costas do Alasca, segundo informações obtidas junto aos atuais proprietários do navio, o problema foi provocado por manobra inadequada de um dos tanques (flank tank) que, diante da situação de carga do navio, ocasionou o risco de emborcamento. Corroboram com essas informações a atual classificação do navio atribuída pela Sociedade Classificadora “Det Norske Veritas”, que confirma a sua capacidade de operar em região de gelo fragmentado, além de extenso histórico de operações no ártico, sem acidentes ou incidentes; e
• As obras de conversão atualmente em curso, inicialmente destinadas à conversão do navio para “Off Shore” e hoje destinadas a atender os requisitos da Marinha do Brasil, têm seus projetos apreciados pela Sociedade Classificadora “Lloyds Register”. Após a conclusão dessas obras, o navio será submetido a inspeções e realização de ensaios de estabilidade visando uma nova classificação. É oportuno salientar que, conforme consta no contrato de venda, o navio deverá ser transferido para a Marinha do Brasil com a sua classificação mantida, sem qualquer pendência ou recomendação e livre de qualquer avaria, defeito ou dano que afete a sua classificação, garantindo, assim, sua capacitação para operar, com segurança, na região antártica.
Louvável a iniciativa da resposta, conquanto inevitável diante gravidade das críticas apresentadas. Resta, no entanto, esgotar as dúvidas quanto à oportunidade e conveniência dessa aquisição. O Poder Naval poderia produzir matéria comparativa entre embarcações similares e valores correspondentes. Os UU$ 35 milhões referem-se somente à aquisição ou já contemplam a propalada e necessária reforma ? A propósito, a MB, resguardadas eventuais informações justificadamente consideradas de caráter sigiloso, poderia liberar o relatório ao público externo ?
Digo, US$ 70 milhões. Aliás, esse valor retirei de informação dos amigos blogueiros. Vultosa quantia, o que me faz reiterar a sugestão da matéria conforme comentário anterior.
Ozawa,
Pelo que li, no site da Marinha, essa quantia é de R$ 71,5 milhões (em reais), e não em doláres.
Ok. André, então retorno aos US$ 35 milhões. Ainda assim um bom dinheiro. Poderia ser melhor empregado segundo a finalidade pretendida, ou seja, um navio polar ? Fica a questão a ser debatida, se oportuno e possível, mediante uma matéria do PODER NAVAL.
Por que nao comprar um navio polar e novo? Com esta porcaria que eles vao comprar que vai durar ums 10 anos e estar em situacao misseravel, eles poderia investir um pouco mais e comprar um navio polar decente…
O Brasil nao eh um pais serio.
Por isso que você não mora nele, Raphael?
Engraçado ou sei la
o navio é classificado pelo DNV, e sua modernização pelo LR´s
Continuo acghando que deveria-se investir em um navio para ficar varios anos, tecnologia de ponta e um verdadeiro quebra gelo
Poh, ja que vai gastar, pq nao investir em algo qu dure mais tempo, melhor condicionado e itimizado ?
MO
O melhor de toda essa história é ver a disposição da sociedade (aqui representada pelo PNOnline) em questionar decisões de uma instituição e receber resposta apropriada (é claro que a cada resposta, pode-se gerar mais perguntas e por aí vai, esse é o processo). Enfim, quanto mais transparência, mais credibilidade, quanto mais questionamentos, e quanto mais apropriados estes forem, idem. Espero (e creio que muitos aqui também) que a total reconstrução de 1988 tenha sido realmente digna desse nome, a operação seja realmente segura e as novas modificações idem, para o bem do Proantar, da tripulação e pesquisadores que embarcarão… Read more »
Parabéns ao Poder Naval
GustavoB, Nao moro no Brasil por escolha do meu pai. Quando sai do Brasil eu ainda estava no comeco de minha adolecencia. Estudei nos E.U.A. e conheci a mulher de minha vida aqui. Minha vida teve este rumo, mais todos os anos vou ao Brasil pelo menos uma vez, para ver a familia. Gostaria de ver a minha nacao natal forte e indo a frente. Tudo o que eu vejo sao muitas oportunidades perdidas. Gosto muito de acompanhar noticias militares ao redor do mundo. Mais as noticias que mais me desapontam vem do Brasil, que bom se estas noticias soh… Read more »
Parabéns ao Poder Naval por ter levantado a questão e parabéns mais ainda para a marinha por ter dado uma satisfação à sociedade.
Desculpem, mas que teaão oBrasil tem pra comprar lixo de fora hein???
Meu Deus
Ainda mais fedendo a peixe, afinal já foi um pesqueiro né??
Eu nnao parabenizo a Marinha não, essas notícias deles nem deveriam ser publicadas…
Olha, nosso problema é que os projetos são de governo, não de Estado, e que a população ainda acredita mais na mídia do que nas suas instituições. Esses são os dois pilares do atraso. Quanto ao primeiro tópico é bem sabido que quando a oposição vence a eleição, seu governo (em todos os níveis, municipal, estadual, federal) faz de tudo para destruir o legado do antecessor. Um crime. Sobre a comunicação: é impressionante como os meios de comunicação estão atrasados no país, como concentra-se a informação através de poucas agências e como a população acredita em não mais do que… Read more »
Se o blog não levantasse essa lebre acho que a marinha iria ficar quietinha no canto dela. Ainda bem que o jornalismo investigativo não morreu. Ponto para o blog naval.
Tô nessa, pior seria se simplesmente apresentasse o problema e fosse ignonarado! já pensou se todos os nossos apelos fossem atendidos! como seria bom! acredito que o Presidente gostou da Antártica e provavelmente retornará.
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[…] ALIDE publicou as primeiras fotos, exclusivas, do Almirante Maximiano (ex-Ocean Empress) em Labradorstrasse no Fischereihaven de Bremerhaven, na Alemanha. O Almirante […]
Trata-se apenas de modesto navio (com relação ao Poder Naval) que ampliará a capacidade de pesquisa, tão desejada por nossos cientistas. Além do mais, reforça cada vez mais a posição do Brasil em face da Antártica.
Por que então tanta celeuma? A Marinha sabe o que faz, dentro de disponibilidades financeiras ao seu alcance, e faz o melhor possível. Vamos dar um crédito a quem tem a batata quente nas mãos e tem que decidir?