Aquecimento global pode levar os EUA a reconhecerem “Amazônia Azul”

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Oito países e 5,5 milhões de milhas quadradas. Não é apenas isto que está em disputa no extremo norte do planeta. Os mais afoitos afirmam que naquelas gélidas águas e ilhas desabitadas estão 25% das reservas de óleo e gás do planeta. Algo como 20 “Kuwaits”. Tudo isso não estava acessível devido à capa de gelo. Mas com o aumento do preço do barril de petróleo e das temperaturas do Ártico, a briga começou (ver texto abaixo).

Para resolver esta disputa e evitar que ela se torne um conflito armado, sete das oito nações estão discutindo a questão na ONU. Mais precisamente na UNCLOS. Porém, de todas as nações do Ártico, somente os EUA não ratificaram a Convenção e, portanto, não apresentaram a sua proposta como o Brasil fez. Parece que, no apagar das luzes do Governo Bush, a ratificação da Convenção virou uma prioridade. Nas palavras do presidente dos EUA, “a ratificação nos daria um ‘assento na mesa de negociação'”. No Senado, o grupo favorável à ratificação une bancadas das mais diversas como os ‘senadores do petróleo’ e grupos ambientalistas.

Enquanto os EUA discutem a ratificação ou não, a Comissão da ONU que analisa as propostas de alguns países do Ártico já começou. Dentre as pessoas encarregadas em analisar estas propostas está o oficial reformado da Marinha do Brasil Alexandre Albuquerque. O comandante Albuquerque recentemente afirmou que “a reinvidicação de outras nações do Ártico pode ser reconhecida antes mesmo que os EUA ratifiquem a Convenção”.

O mais curioso disso tudo é que o aquecimento global pode levar os EUA a, indiretamente, reconhecerem oficialmente a “Amazônia Azul”.

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