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Quando a Marinha da França enfrentava o problema da substituição dos seus velhos interceptadores F-8E Crusader, por causa do atraso da chegada dos jatos Rafale M, considerou-se a compra ou o leasing do McDonnell-Douglas F/A-18 Hornet, para equipar os navios-aeródromos Foch (atual São Paulo) e Clemenceau.

Em 1989, o vice-almirante francês Goupil, chefe do estado-maior, afirmou que “só o F/A-18 poderia, já em 1993, dar à nossa aviação embarcada fortes capacidades de defesa, que hoje decrescem a cada dia”.

Uma delegação da Northrop foi à Paris em 1988, oferecer 40 caças F-18(FN) para a Marine Nationale. Experts e engenheiros da Northrop, em visita ao PA Foch, concluíram que somente algumas modificações precisariam ser feitas para operar o F/A-18, notadamente da catapulta e nos defletores de jatos. Os elevadores e os aparelhos de parada foram considerados compatíveis com o Hornet.

Teste de compatibilidade foram programados com dois F/A-18 Hornets da VI Frota a bordo do Foch (R99), em agosto de 1989, mas o navio teve que ser docado, interrompendo o processo. Quando o Foch retornou à operação, o Governo francês cancelou o programa, preferindo prolongar a vida útil dos F-8E, através da modernização para o padrão F-8P (Prolongé), até a entrada de serviço do Rafale.

O interessante dessa história para o Marinha do Brasil, é que o F/A-18 Hornet seria uma opção a ser considerada seriamente para equipar o NAe São Paulo, caso a modernização dos AF-1 Skyhawk seja descartada. E as modificações necessárias para operar o avião já foram feitas, quando o navio foi usado para os testes com o Rafale M, ou seja, a modificação dos defletores e das catapultas, que podem lançar aviões dotados de braçadeiras no trem de pouso, que é o caso do F/A-18.

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