Formação de pessoal para a Marinha Mercante
MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
NOTA À IMPRENSA
Brasília, 01 de agosto de 2008.
A Marinha, atenta à crescente demanda de pessoal em razão do notável incremento da navegação que se observa no Brasil, vem desenvolvendo esforços para aumentar, significativamente, o número de aquaviários tanto de oficiais quanto de pessoal subalterno.
Em 2007, os Centros de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA) e Almirante Braz de Aguiar (CIABA) colocaram à disposição do mercado 343 Praticantes-alunos oriundos das Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM). Em 2008, a previsão é de que serão formados 462 Praticantes-alunos no CIAGA e no CIABA.
É importante salientar que, em 2009, serão matriculados nas EFOMM 100 alunos a mais do que nos anos anteriores, o que redundará em uma oferta de oficiais, a curto prazo, de 562 oficiais por ano.
Desde 2002, os Centros de Instrução ministram o Curso de Acesso a 2° Oficial de Náutica e Máquinas (ACOM/N), que permite a ascensão de subalternos à condição de Oficial e o Curso de Adaptação a 2° Oficial de Náutica e Máquinas (ASOM/N) que visa recrutar pessoal, já formado em universidades, para se tornarem Oficiais da Marinha Mercante: Náutica, em 10 meses, e Máquinas, em 07 meses. Esses cursos, principalmente, o ASOM/N podem suprir as faltas eventuais no mercado.
Em 2008, o número de cursos ASOM/N teve um acréscimo de 600% o que representa um aumento significativo do número de vagas. Os cursos de atualização para oficiais que estavam fora do mercado de trabalho , também tiveram um acréscimo de 100%.
Além dos oficiais, em 2007, as Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências formaram 22.591 subalternos para a Marinha Mercante, e a previsão é de formar um número ainda maior em 2008.
Em 2008, todas as solicitações de cursos feitas pela Comunidade Marítima foram atendidas. Não obstante, cabe frisar que a programação dos cursos necessários à formação de novos contingentes para a Marinha Mercante é feita considerando, entre outros aspectos, a falta nas diversas categorias constatadas pelas Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências, e as solicitações das empresas de navegação para lotar adequadamente suas embarcações, buscando-se sempre um equilíbrio no mercado.
Para permitir um aumento ainda maior do número de Oficiais a serem formados, em futuro próximo, será necessária a ampliação e modernização dos referidos Centros de Instrução, com destaque para a aquisição e instalação de novos simuladores, laboratórios e a realização de obras de infra-estrutura em alojamentos, refeitórios, cozinhas e salas de aula. Para tal fim, a Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Portos e Costas, vem desenvolvendo esforços junto ao Comitê Executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP) para a obtenção de um aporte emergencial de R$ 38 milhões para a modernização do CIAGA e do CIABA, com o aval da PETROBRAS, enquanto permanecem as restrições de acesso aos recursos existentes no Fundo do Ensino Profissional Marítimo.
Essas modernizações permitirão que os Centros de Instrução entreguem ao mercado, anualmente, um quantitativo de cerca de 760 oficiais. E, ainda, quando necessário, um acréscimo balanceado nos quantitativos de formados nos Cursos de ASON/M e ACON/M de forma a regular a oferta.
A certificação pela norma ISO 9001:2000 obtida pela Superintendência de Ensino Profissional Marítimo da DPC e pelo CIAGA demonstra o empenho para o estabelecimento de uma política de qualidade no setor de ensino voltada para o aprimoramento contínuo da formação da mão-de-obra aquaviária e portuária brasileira.
A Marinha do Brasil continuará a acompanhar atentamente às necessidades das Comunidades Marítima e Portuária e estará sempre pronta para atender, tempestivamente e quando solicitada, a demanda de pessoal para a Marinha Mercante.