Finalmente, a corveta Barroso
Apesar da derrota para a Argentina nas Olimpíadas, hoje (19 de agosto de 2008) é um dia para se ter orgulho de ser brasileiro. Depois de quase 14 anos de espera, chegou o dia da cerimônia de incorporação da corveta Barroso à Marinha do Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e o Poder Naval Online esteve presente.
Também tivemos o prazer de estar a bordo da Barroso e conhecê-la por dentro. O esmero na construção e a qualidade dos sistemas instalados impressionaram e podem ser conferidos nas fotos abaixo (pare o mouse sobre a foto, antes de clicar, para ler as legendas).
O navio, apesar de pequeno, é espaçoso como uma fragata da classe “Niterói”. Os sistemas de controle de máquinas e o sistema de controle tático SICONTA Mk.3, desenvolvidos pelo IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha) e pela empresa Omnisys, mostram que a Barroso não fica nada a dever aos sistemas em uso em outras marinhas.
Saímos da corveta com a certeza de que a Marinha do Brasil precisa construir mais unidades da classe, apenas com pequenos melhoramentos.
Dizem os engenheiros aeronáuticos que um avião bonito voa bem, e se a mesma verdade se aplica a navios, a Barroso com certeza terá ótimas qualidade marinheiras.
Parabéns à Marinha do Brasil e ao AMRJ pela persistência, valeu a pena! e nosso agradecimento ao Centro de Comunicação Social da Marinha, por nos possibilitar a cobertura do evento.
NOTA DO BLOG: Um ponto negativo foi a atuação da grande imprensa, cujos jornalistas fizeram perguntas que nada tinham a ver com o evento ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim. Mas não chegaram a estragar a festa.
Características gerais da Corveta “Barroso” – V-34
1. Sistema Nacional de Controle Tático e Armas – SICONTA Mk III (nacional)
2. Comprimento total de 103,4 metros
3. Boca máxima – 11,4 metros
4. Calado de navegação – 6,20 metros
5. Deslocamento carregado – 2.400 toneladas
6. Sistema de propulsão – CODOG
a. 2 Motores MTU 1163 TB 93 8.000 HP
b. 1 Turbina GE LM 2.500 29.500 HP
7. Geração de Energia
a. 4 Motores MTU 8V 396 TE 54
b. 4 Geradores Siemens 650 KW
8. Velocidade máxima c/ turbina – 30 nós
9. Velocidade máxima c/ motor – 22 nós
10. Raio de ação a 12 nós – 4.000 milhas náuticas
11. Autonomia – 30 dias
12. Tripulação – 145 militares
13. Sistema de Controle e Monitoração SCM (nacional)
a. Subsistema de Controle e Monitoração de Propulsão e Auxiliares – SCMPA
b. Subsistema de Controle de Avarias – SCAv
Principais sensores do navio
1. Radar de busca combinada – RAN-20S
2. Radar de superfície – THERMA SCANTER
3. Radar de Direção de Tiro – RTN-30X
4. Radar de Navegação Furuno FR 8252
5. Alça Optrônica – EOS-400-10B (SAAB)
6. Alça Óptica com computador de tiro de emergência (nacional)
7. MAGE – DEFENSOR (nacional)
8. Sonar de casco – EDO-997 C
9. Sistema de navegação inercial – SIGMA 40 INS (SAGEM)
Armamento
1. Canhão 4.5” VICKERS Mk-8 de duplo emprego
2. Canhão 40mm Mk-3 BOFORS Trinity antimíssil
3. Sistema de lançamento de mísseis EXOCET ITL-70A (MM40 Block 1 / Block 2)
4. Sistema de lançamento de torpedos anti-submarino Mod. 400 (nacional) para torpedos Mk.46
5. Sistema de lançamento de despistadores de mísseis (SLDM) – Chaff (nacional)
Operações aéreas
1. Aeronave Orgânica (Super Lynx), podendo ser armada com:
a. Míssil ar-superfície SEASKUA
b. Torpedo Mk-46
c. Bomba de profundidade Mk-9
2. Indicador visual estabilizado de rampa de aproximação – IVERA (nacional)