À espera de dias melhores
Quem visitou os navios da Marinha do Brasil durante sua escala em Santos – SP, no exercício ADEREX I-2008, pôde notar uma ausência preocupante: os Mísseis Superfície-Superfície Exocet MM40, ausentes nas corvetas Inhaúma e Frontin.
Sabe-se que está em andamento um importante programa de revitalização dos MM40 da MB, assim como dos AM39 (Ar-Superfície) e Mistral (Superfície-Ar). Mas a aparente necessidade de se retirar um dos mais importantes armamentos dessas unidades da esquadra, durante um programa de revitalização, deixa dúvidas sobre a quantidade desses mísseis que deveria existir no inventário da MB.
Faltam menos de duas semanas para o prometido anúncio das linhas gerais de um Plano Estratégico de Defesa Nacional. Será que, após o pomposo desfile das grandes idéias, os pequenos “detalhes” como a dotação ideal de munições para as três forças terá vez?
Em período eleitoral poderemos até escutar promessas generosas, mas a concretização das mesmas… Continuaremos com uma guarda costeira meia-boca (MB), com tripulaçoes abnegadas e valorosas, com munição para um exercício aqui, outro ali tudo bem, sendo empurrado com a barriga. Se tivermos que ir a combate, o vexame será inexorável.
Pois é, pessoal,
é esperar prá ver, do jeito que tá não dá mais, mas é assim que vai ficar, não tenham dúvidas. Muito blá, blá, blá de ministros disso e daquilo e atitude que é bom, nenhuma.
Seis bilhões até 2010, por favor! Chega de migalhas…
E que Deus nos proteja, por que deste jeito, só Ele.
Abraços!
Infelizmente essa realidade dificilmente vai mudar!
E ainda tem gente que acredita nesta lenga lenga de submarino nuclear e NAe com F18 ou Rafale. Men – ti – ra! Se insistirmos vamos ter um sub nuclear no ano 2040 vazando radiação, batendo igual a minha lavadoura de roupas, e sub-armado com meia dúzia de “modernos” Tigerfish. Se brincar o nosso submarino nuclear vai ter que voltar ao porto a cada 15 dias para poder encher a dispensa com arroz e feijão e subir de hora em hora à superfície porque o ar condicionado vai estar pifado. É a velha estória do inferno brasileiro…. Vamos cair na… Read more »
100% de acordo. Enfim uma luz. Ja estava de saco cheio é de ter que ler besteiras num Blog que era para ser mais técnico.
Tenho pontos de vista em comum com BOSCO e Mauro.
Concordo com o Bosco…
E adiciono o São Paulo na jogado. A atualidade mostra, que por enquanto, temos razão…
É preciso ser realista, e buscar o desenvolvimento sustentável da força.
Para que um Porta-aviões se ele não sai do porto nunca? E quando saí é muito mal armado e equipado.
Seria melhor termos escoltas de “6.000t” já!
Gente leiam isso com urgência.
Trata-se da página do Notimp da FAB.
Vão descendo a barra de rolagem até chegar na matéria da revisto ISTO É – As forças Armadas segundo Jobim.
Deem suas opiniões.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=25/08/2008&page=mostra_notimpol
Ao que tudo indica, a França já esta dentro de toda a nova concepção da reestruturação de nossas FA´s.
Abraços.
Mauro, tenho grande respeito por você e por seus comentários e sei de sua defesa do governo e da MB. Eu também na maioria absoluta das vezes tento poupar os militares e até mesmo nossos governantes da situação em que encontra as nossas FA (e outros setores da nação). Mas é mesmo questão de “sacocheismo”. Tem hora que não dá para ver uma potência como o Brasil ser sempre o país do futuro. Eu já ouvia isto quanto tinha 5 anos. Agora tenho quase 50 e a lenga é a mesma. Não sei se é o caso das raposas tomarem… Read more »
Pelas palvras do Ministro Jobim, o Scorpene é o escolhido, em um programa que pode chegar a uma cifra de 7 bilhões de dólares, ou mais.
Mauro, quando me refiro à “megalomania” é em relação a faltar mísseis nos navios por um lado (e isto é o que “salta aos olhos”, mas com certeza falta munição de canhão, víveres, etc) e por outro estarmos “animados” projetando reator nuclear para submarino. Para podermos correr temos que primeiro aprendermos a andar. Não podemos dar saltos de desenvolvimento. Se nossas FA não têm estrutura para manter uma simples fragata com o básico quem me garante na operacionalidade plena deste submarino. Vamos gastar bilhões em mais 20 anos. Tudo bem se funcionasse. Tudo bem se a marinha convencional e básico… Read more »
Fica parecendo aquela máxima dos governos brasileiros do passado: vamos crescer para depois dividir o bolo.
Ou seja, vamos ter primeiro um submarino nuclear que depois vamos providenciar mísseis nas fragatas e comida nos quartéis.
Não acredito.
Bosco ta meio irreconhecível, ta passando por uma fase pessimista.
Mauro,
pela consideração que tenho por você vou refrear meus comentários de agora em diante e voltar a comentar apenas a parte técnica. Vou dar um crédito à classe política brasileira mais uma vez. Espero que não seja em vão pela énésima vez.
Igor,
já estou melhor agora. Tomeu meu lexotan!
Um abraço a todos.
Bosco, tenho pouco tempo de acompanhamento ao blog. Sempre achei o seus comentários muito lúcidos. Acho que é apenas uma fase que todos nós entusiastas passamos. Mas como o Mauro, vejo uma luz no fim do túnel, pois nunca entendi o porque de as forças armadas serem tão separadas. Até um coturno que se comprava não podia comprar juntos. Ora, penso que a criação do MD foi um avanço. Como o Mauro disse, nunca se tratou o assunto como assunto de Estado. Só isso penso ser um avanço. Como vcs, torço por um BR melhor, com nossas FAs mostrando realmente… Read more »
Meu caro Mauro, vejo que os tempos passam e você continua firme como uma rocha na defesa da lógica, tenho visitado o blog aos poucos ultimamente, e percebo que muitas vezes, o norte proveniente de suas assertivas, como sempre, garante, confiabilidade e bom senso na análise entre as políticas de governo e de estado.
Abraços
Só tem 9 exocets no estoque galera
Walderson, Excelente lembrança sua o fato das FA não fazerem compras conjuntas. Entendo que elas tenham suas especificidades, mas se não podemos ter o material mais adequado, tentar padronizar o possível seria uma benção e seria econômico. Se as FA padronizassem por exemplo peças de artilharia e sistemas AA, seria possível fazer encomendas com uma escala que baratearia o custo e permitiria por exemplo, que imbel, a mectron, a avibrás, tivessem chance de sobreviver, bem como contar com uma vitrine para seus produtos. Isso sem falar em centros de treinamento para asas rotativas, asa fixa e outros que poderiam ser… Read more »
Gilberto, é isso que penso tb. Temos muitas coisas que poderiam ser padronizadas, de material de expediente às armas. Por isso achei muito bom ser criado o MD. Os militares não gostaram porque perderiam poder e status. Afinal os comandantes eram ministros, hoje são comandantes, que é um pouco inferior. Além do fato de serem subordinados a um civil. Mas um dia chegaremos lá sim. O Br está crescendo e aprendendo a ser maior a cada dia. Uma das metas do Min. Jobin, que diga-se de passagem é de longe o melhor ministro da defesa que o Br já teve,… Read more »