BRASÍLIA – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, avisou nesta segunda-feira que também está de olho nos lucros do pré-sal. Ele deixou claro que espera um aumento substantivo no valor dos royalties pagos à Marinha. Por lei, a Força tem direito a um percentual de todo o petróleo explorado na costa brasileira, mas esses recursos têm sido contingenciados pelo governo para fazer superávit. Jobim disse que a Marinha presta serviços relevantes à Petrobras e merece ser remunerada.Após a solenidade do Dia do Soldado, no quartel-general do Exército, o ministro defendeu que em apenas dois anos, até o fim do governo Lula, os investimentos do país em defesa saltem de 1,5% para 2,5% do PIB. Entre os planos para gastar esses recursos, ele listou a compra do submarino nuclear da Marinha, a instalação de mais pelotões de fronteira em terras indígenas, o aumento do serviço militar, com recrutamento para funções civis, e a realização de mais operações de simulação de guerra. Jobim defendeu as despesas recentes com a Operação Poraquê, que gastou R$ 10 milhões para simular uma invasão da Amazônia.

– Isso é investimento na tranqüilidade. Só quem pensa pequeno é que faz esse tipo de conta. Você acha que a gente só vai adestrar quando houver conflito? A política brasileira é de força disuasória. Se você tem um Exército que não faz nada, não tem capacidade disuasória nenhuma. Ano que vem nós teremos mais. Mais e mais. Cada vez mais, nós temos que aumentar o processo de integração entre as Forças – disse o ministro.

Fonte: O Globo

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