AS 565 Panther naval e sua cópia chinesa
O AS 565 é uma versão navalizada do conhecido helicóptero francês AS 365N Dauphin II, propulsado por duas turbinas Turbomeca Arriel 2C. A principal função da aeronave é a guerra anti-superfície, com o emprego de mísseis anti-navio AS15TT (equivalente francês do Sea Skua britânico), de 15km de alcance. Ele também pode levar torpedos anti-submarino e atuar como esclarecedor marítimo para o navio mãe, fazendo a indicação de alvos além do horizonte.
A China fabrica uma versão naval do AS 365N Dauphin II sob licença, conhecido como Z-9C, cuja foto pode ser vista abaixo.
O Z-9C opera embarcado nas Type 052 (“Luhu”), Type 051B (“Luhai”), and Type 053H2G/H3 (“Jiangwei”). A versão chinesa é equipada com um radar de busca de banda X, um sonar Sintra HS-12 e um torpedo anti-submarino Yu-7 (cópia chinesa do Mk.46 Mod.2 e do A244S).
O Z-9C também leva uma antena para prover atualização de meio curso para os mísseis anti-navioYJ-83 em ataques “over-the-horizon”.
Recentemente foi revelada a variante Z-9D, equipada com um míssil anti-navio semelhante ao AS15TT francês. O míssil parece ser o TL-10B desenvolvido pela Hongdu, que é guiado por radar para ser usado contra FACs e pequenos navios de menos de 1.000t. Seu alcance também é estimado em 15 km, a velocidade Mach 0,85 e o peso de 30 kg.
NOTA DO BLOG: O Panther, versão militar do Dauphin II, também é usado pelo Exército Brasileiro, fato que deveria pelo menos provocar o questionamento sobre a razão pela qual a Marinha do Brasil não resolveu optar pelo Panther naval, antes de decidir-se pela modernização dos seus Lynx e a compra dos Super Lynx. Em que pesem as qualidades do helicóptero britânico, a comunalidade nos suprimentos aumentaria a disponibilidade dos helicópteros e facilitaria o treinamento das tripulações.
Um exemplo mais recente é o Governo brasileiro decidir montar uma linha de produção do Cougar no Brasil, enquanto a MB compra helicópteros Seahawk nos EUA, sabendo-se que o Cougar possui uma versão naval anti-submarino e anti-navio. É preciso unificar o pensamento das Forças Armadas na compra de material comum, já que não há dinheiro sobrando.