Segundo nota do jornal Folha de São Paulo deste domingo, o Plano Estratégico Nacional de Defesa, que originariamente seria apresentado em 7 de setembro, deverá ser “fechado” em uma reunião ministerial marcada para 10 de outubro.

Para marcar 10 de outubro como um novo “aguardado e comentado” dia no que se refere às discussões sobre Defesa do Brasil, e quem sabe lhe trazer bons augúrios, este Blog achou por bem pesquisar a data em uma perspectiva histórico-militar brasileira. Um exercício de pouquíssima utilidade prática, é certo, mas como também é pouco ainda o que se pode falar do aspecto prático do Plano, seguem informações pinçadas da história militar brasileira referentes à data.

Marinha: em 10 de Outubro de 1868 o monitor Alagoas, segundo algumas fontes acompanhado da corveta encouraçada Brasil, forçava a passagem de Angostura, na Guerra do Paraguai, para reunir-se aos encouraçados Barroso, Bahia, Silvado e Tamandaré, que a haviam forçado no 1º dia do mês. A batalha se prolongaria até 30 de dezembro daquele ano, com a rendição da força paraguaia responsável pela posição, o que foi determinante para a tomada de Assunção poucos dias depois, em 1º de janeiro de 1869. Exército: em 10 de Outubro de 1866, o então Marquês de Caxias era nomeado comandante-chefe das forças brasileiras na Guerra do Paraguai. Passaria boa parte dos 18 meses seguintes dedicado a garantir o nível de treinamento, de organização e de logística que levaria à série fulminante de vitórias dos seis meses finais de 1868. FAB:  em 10 de outubro de 1944, muito provavelmente o 1º Grupo de Aviação de Caça ainda encontrava-se na lama, trabalhando duro para drenar o campo de Tarquínia onde chegara três dias antes.  Em 14 de Outubro, porém, a bandeira brasileira já era hasteada pela primeira vez no campo, com os primeiros vôos nos lendários P-47 tendo início.

É desejo deste Blog que o caminho após o anúncio oficial do Plano Estratégico Nacional de Defesa, seja ele em 10 de outubro de 2008 como indica a nota da Folha de São Paulo, ou mesmo em outra data que lhe substitua, não seja fácil. Que seja mesmo um caminho árduo, cheio de percalços como as histórias relatadas brevemente acima. Que seja, enfim, como deve ser uma verdadeira  reestruturação: difícil, mas útil. Mas que possa trazer boas lembranças mais tarde.

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Foto: corveta encouraçada Brasil, via NGB

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