Opinião do Almirante Roberto Guimarães Carvalho, ex-Comandante da Marinha em dezembro de 2006.

Essa opção [pelo IKL 214] baseia-se, basicamente, além do fato da Marinha estar satisfeita com o desempenho dos seus atuais submarinos, nas indiscutíveis vantagens decorrentes da manutenção de uma linha logística já existente, tanto na parte relativa ao material (construção e manutenção), como na concernente à formação do nosso pessoal.

A escolha de um outro submarino, além da drástica alteração na linha logística, faria com que a nossa Força de Submarinos passasse a conviver e operar com dois tipos diferentes de meios, experiência pela qual ela já passou, e que não foi boa.

Desde então o contrato com a IKL foi cancelado, os cinco submarinos atuais receberão atualizações com equipamento norte-americano e o contrato com um estaleiro francês é quase certo para o final deste ano.

Para ler o texto completo do boletim, publicado pelo blogNaval, clique aqui.

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Corsario-DF

Lembro-me como fosse hoje esse comentário, só faltou o resto, em que ele diz que não precisamos de Sub Nuclear e que não temos dinheiro para tal projeto. Hoje já deu uma volta de 180º no discurso… Mas deixa pra lá, isso é no Brasil mesmo!!! Sds.

Douglas

O abondono da linha IKL só faz sentido pela promessa francesa de vendar parte da tec. de casco e gabarito para o nuclear. Se esta parte não for entregue de forma satisfatória, será um mico, pois a MB com recursos parcos passará a ter duas linhas completamente diferentes de SSK’s para manter, atualizar, conservar e operar. Será um revés logistico. Espero que o prometido fornecimento de tec. para o nuclear se concretize nos moldes pretendidos.

marcelo r

A primeira opção que era construir o IKL 214 alemao: A favor: tecnologia ja adquirida em muitos anos de trabalhos; pessoal capacitado e AMRJ adequado a este projeto, logistica semelhante aos outros IKL existentes da MB. A segunda opçao que e construir o Scorpene frances: O governo federal em situação puxa saco da frança, opta por um projeto novo ainda tendo que ainda construir um estaleiro novo para depois construir os subs com a proposta de ganhar da frança um projeto de sub que cabe no nosso reator nuclear. Para uma marinha que não tem como reformar um punhado de… Read more »

Callia

A falta de padronização na marinha é um verdadeiro pesadelo , acredito que um dos nossos pesadelos seja a malfadada compra de oportunidade , sim sei que as vezes é o unico caminho , mas sempre fica o caminho mais dificil , nem as resistencias dos fogões eletricos de navios da mesma classe são padronizados e isso já dá uma baita dor de cabeça , os rópios aparelhos hospitalares dos nash são diferentes o que obriga a marinha a ter logisticas diferentes para navios da mesma classe.Estou dando exemplos pequenos de itens que não passam de 500 reais , fico… Read more »

daniel

No Brasil, infelizmente muitas das decisões que deveriam ser eminentemente técnicas, considerando questões internas, logística, e principalmente do usuário final são descartadas para levar apenas em consideração a questão política.

no caso dos submarinos, a IKL já começou a montar uma siderugica no RIO, como parte dos off sets, e agora pedimos para eles pararem?

Zorann

Está com cara de ser tudo parte de uma parceria total com a França. Aguardem que aí vem: RAFALE, SCORPENE, SUB-NUCLEAR, tudo com sotaque francês. Podem acreditar, se realmente for confirmada a transferência de tecnologia desses projetos, nós iremos comprar tudo da França.

Taer

Então… o problema é começar tudo do ZERO!
Sds.

Fábio Max

É o que ocorre quando a política intervém na área técnica.

Zorann

Estamos nos esquecendo do Ministro Mangabeira Unger (Ministro Extraordinário de Assuntos Extratégicos). Nada será comprado pelo Ministério da Defesa sem que haja uma extensa negociação entre o Min. Jobim e o Min. Unger. Pelas entrevistas que acompanhei na imprensa, o Min. Unger sempre defende a maior transferência de tecnologia (oque não está errado). Por isso volto a afirmar que não estamos comprando equipamentos e sim tecnologia, a qual pode nos levar a longo prazo a ter o conhecimento necessário para o desenvolvimento de novos equipamentos totalmente nacionais, nos libertando dessa obsolescênciaa que estamos acostumados. Talvez o SCORPENE, o RAFALE, não… Read more »

Antonio

Fico um pouco receoso com as tais “atualizações com equipamentos norte-americanos” …

Pelo histórico das relações dos EUA com outras nações, fico com receio sobre possibilidade deles imporem limitações quanto ao uso dos equipamentos, etc, etc, etc …

Será que não poderiam fazer essa atualização com equipamentos suecos ???

AJS

O Scorpene será produzido pela DCNi e Navantia até o término do ultimo contratado, em Dezembro/2008.
O consórcio foi desfeito.

AJS

Que ninguém se preocupe, se a siderúrgica é a título de off sets, certamente é contrapartida pela compra dos IKL 209, cuja construção já terminou, e não em razão de aquisição futura, a Alemanha não prega prego sem estopa.

joao

a helibras esta 10 anos no mercado com produto frances nao chega a 30% de nacionalizaçao .

kelp

OLÁ AMIGOS

VEJAM ESTA NOTICIA SOBRE O FUTURO DO FUTURO SUB DA MARINHA.
O QUE VCS ACHAM DISTO, SERÁ MAIS UMA FURADA?

http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=669

Baschera

Caro Kelp,
Lamento, mas a notícia já é velha. Leia até o fim e vais ver que para nós, nada muda.
Sds.

airacobra

não que eu seja contra o desenvolvimento do sub nuclear para a MB, mas gostaria mt de ve-la com no minimo uns 15 ssk diesel eletricos/aip, em paralelo ao desenvolvimento do ssn, mas como sei que ou é um ou outro, sou + a MB com cerca de 20 ssk do que com 7 ssk e 1 ssn, pq quando o ssn entrar em serviço os nossos primeiros tupi ja estarão em processo de baixa.
acredito que uns 20 ssk cobririam bem nossa amazonia azul, apesar de que o poder dissuassório de um ssn conta muito

Nunão

Se a Thyssen Krupp não tivesse interesse, necessidade e possibilidades de bons retornos com a construção das novas instalações siderúrgicas por aqui, não tinha investido mesmo com o contrado dos 214 perigando.

Pelo que sei, o parque siderúrgico já instalado no Brasil mal consegue atender à atual demanda de aço para consumo local e exportação.

Rodrigo Rauta

Eu não sei qual o melhor, o IKL 214 ou Scorpene, mas imagino que pelo lado logistico a escolha do Frances seja burrice!Mas enfim, quem manda , tem dindin e “entende” do riscado são os politicos…os militares so sabem jogar War!

Brazil (DT)

De todas as observações e comentários, o que mais gostei foi a preciosidade do Marcelo: “para que comprar geladeira de alta tecnologia, se o barraco não tem luz”? É meus amigos, falta de “luz” no corredor é um problema muito sério. Apenas no Congresso Nacional é que jamais faltará “luz”, entenderam?