Navio saudita tomado por piratas na costa do Quênia
A Marinha dos Estados Unidos afirma que piratas tomaram controle de um petroleiro saudita no Oceano Índico, na costa do Quênia. O petroleiro Sirius Star foi capturado a 450 milhas náuticas (830 quilômetros) a sudeste do porto queniano de Mombasa no sábado, segundo Nathan Christensen, porta-voz da Marinha americana.
A embarcação, que estava navegando com a bandeira liberiana, tem 25 tripulantes da Croácia, Grã-Bretanha, Filipinas, Polônia e Arábia Saudita. O navio é o maior a ser atacado por piratas na região, segundo o porta-voz.
Um correspondente da BBC em Mombasa diz que esse é o terceiro petroleiro a ser capturado por piratas somalianos neste ano. O Sirius Star, que pertence à empresa saudita Aramco, fez sua primeira viagem em março deste ano, segundo o site da empresa. Ataques de piratas perto da costa do Chifre da África e do Quênia levaram marinhas de vários países a enviar navios de guerra para a região neste ano.
Segundo a Agência Marítima Internacional (IMB, na sigla em inglês), 199 seqüestros de navios ocorreram no mundo nos primeiros nove meses do ano. O Golfo de Áden e a costa leste da Somália estão em primeiro lugar no ranking de ataques de piratas, com 63 incidentes relatados.
Ao todo, 26 cargueiros foram seqüestrados por piratas somalis, 537 tripulantes foram feitos reféns. Tiros foram disparados contra outros 21 cargueiros por piratas somalis no mesmo período. Um aumento dramático do número de incidentes relatados ocorreu no mundo todo no terceiro trimestre (83 incidentes), comparado com o primeiro (53) e o segundo trimestres (63).
Nos primeiros nove meses de 2008, 115 navios foram abordados no mundo todo, 31 seqüestrados e outros 23 foram alvo de disparos de tiros. Ao todo, 581 tripulantes foram feitos reféns, nove seqüestrados, nove mortos e sete estão desaparecidos, provavelmente também mortos.
O IMB afirma que, comparado com o mesmo período de 2007, o número total de ataques relatados aumentou. Os tipos de ataques, a violência associada aos eventos, o número de reféns e a quantidade paga em resgates para a liberação dos navios também aumentaram.
“O custo para os proprietários dos navios que são seqüestrados é significativo”, diz Mukundan. “É preciso uma ação severa contra os navios principais dos piratas antes que eles consigam seqüestrar os navios”, conclui o IMB em relatório divulgado em outubro.
Fonte: Estadao.com.br
NOTA DO BLOG: E nós, brasileiros e lusófonos em geral, realmente estamos preparados para esta crescente ameaça? Recentemente um destacamento do GRUMEC (MB) realizou a retomada simulada de um navio durante a Operação PANAMAX08. Uma ação real deste tipo teria o aval político?