Poder Naval OnLine em Kiel – parte 3 o futuro e o passado dos submarinos
Olá, amigos do Poder Naval. Acabamos de chegar a Hamburgo. Antes de participarmos pela manhã da última palestra na HDW, sobre a transferência de tecnologia de submarinos e off-sets (clicar na foto ao lado e observar a tabela no telão), fizemos algumas fotos dos submarinos no estaleiro da HDW, que podem ser vistas acima.
Na primeira e segunda fotos, o U209PN da Marinha de Portugal, que na realidade é um Tipo 214 modificado. Na terceira, um 212 da Marinha Alemã.
Depois da palestra, visitamos o Memorial Naval em Laboe / Kiel. O Monumento Naval tem uma torre de 85 metros de altura bem na costa do Báltico, à entrada do fiorde de Kiel, e fica visível por quilômetros ao redor.
O monumento foi originalmente construído para lembrar os membros da Marinha Imperial alemã que morreram na Primeira Guerra Mundial, mas, em maio 1954, tornou-se um memorial para os marinheiros de todas as nações pacíficas e, para comemorar a liberdade em alto mar.
Além da torre em forma inusitada, que lembra uma vela de submarino estilizada ou uma chama apontando para o céu, existe também uma sala subterrânea de recordação, com muitos modelos históricos e outras peças navais e marítimas, apresentas num espaço de 7.000m² coberto com arenito do rio Weser, em uma área total de quase seis hectares.
O submarino U-995 (Type VIIC), semelhante ao do filme Das Boot, da Segunda Guerra Mundial, foi convertido em museu em 1972, para apresentar as idéias e os objetivos do Monumento Naval.
O historiador que nos acompanhou na visita, nos disse que Kiel teve 80% de sua área bombardeada na Segunda Guerra Mundial, pelos americanos e ingleses, mas que nenhuma bomba caiu nesse monumento. Existe a suspeita de que ele era usado como referência para navegação dos pilotos, por isso foi mantido intacto.
Os visitantes podem ganhar a experiência em primeira mão do sofrimento e o medo enfrentados por aqueles envolvidos nas batalhas pelo domínio dos mares a bordo desses frágeis e limitados submarinos da época. E nós hoje tivemos o privilégio de ter essa sensação, numa tarde fria e chuvosa à beira do Báltico.
A bordo de um tipo VII, mais de 50 homens ficavam confinados em patrulhas de até 3 meses, dividindo apenas um banheiro e sem beliches para todos. Enquanto alguém dormia, outro trabalhava.
Antes de vir para a Alemanha, na semana passada, me preparei psicologicamente assistindo à versão do diretor do filme Das Boot novamente. Os alemães que nos receberam na HDW gostaram muito de saber que nós conhecemos o filme e gostamos, assim como eles, pois retrata de forma fiel como era a vida nesses navios.
Nesse post estou publicando apenas algumas fotos do monumento, pois o tempo aqui é curto, mas depois, vou publicar mais fotos que fiz a bordo do Type VIIC e dentro do Museu.
Abraços a todos!