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maritimesmuseum9.jpgAlmirante inglês nascido em Burnham Thorpe, Norfolk, considerado herói nacional do Reino Unido por sua originalidade no campo da estratégia e da tática naval, e com suas vitórias nas batalhas do Nilo e de Trafalgar, que impediram a expansão do poder napoleônico. Órfão de mãe, foi levado à Marinha por um tio.
Viajou pelo oceano Índico e participou de uma expedição científica ao Ártico. Desligado temporariamente por doença, voltou à ativa após ser aprovado em um concurso para tenente (1777) e logo foi enviado para lutar contra os rebeldes nas colônias americanas.
Voltando a Inglaterra (1783), no ano seguinte foi indicado para impor a lei britânica nos mares das Antilhas. Casou-se na ilha de Nevis (1785) com uma viúva, Frances Nisbet, e, de volta à cidade natal, ficou alguns anos sem trabalho. Porém com o início da guerra com a França (1793), recebeu o comando da belonave Agamemnon, de 64 bocas de fogo e foi encarregado de proteger os aliados britânicos no Mediterrâneo e combater os revolucionários franceses em Toulon, entre eles o jovem oficial Napoleão Bonaparte.
Durante essa guerra revelou-se um genial comandante, sendo decisivo para a vitória dos ingleses. Com a queda de Toulon, foi para a Córsega ajudar na tomada de Bástia e Calvi onde, ferido por estilhaços, perdeu a visão do olho direito.
Encarregado de vigiar a esquadra francesa em Toulon, perseguiu-a em seu caminho para o Egito e, na baía de Abukir, perto da embocadura do Nilo, submeteu o inimigo a fogo cerrado. Por essa vitória, que cortou a retirada do exército de Napoleão, recebeu o título de barão. Pela vitória sobre a esquadra francesa de Toulon (1798), e pela reposição da família de Ferdinando ao trono de Nápoles, recebeu o título de duque de Bronte.
trafalgar.jpgPromovido a vice-almirante (1801), comandou o ataque a Copenhague, destruindo a frota dinamarquesa, o que lhe valeu o título de visconde.
Promovido a contra-almirante, foi sagrado cavaleiro e recebeu seu primeiro comando: o da frota do Mediterrâneo. Preparou-se, então, para combater a poderosa esquadra franco-espanhola, ancorada perto do cabo de Trafalgar, que ameaçava atacar a Grã-Bretanha. Planejou um ataque, no qual adotou uma audaciosa tática, fora dos padrões tradicionais, dividindo a frota britânica em duas, uma sob seu comando, na nau capitânia Victory, outra sob as ordens do almirante Collingwood.
No dia 21 de outubro (1805) conseguiu romper a linha inimiga e conquistou a vitória, mas morreu em combate. Seus restos mortais foram transportados e sepultados na catedral de Saint Paul, em Londres.
O Almirante Nelson é considerado um dos maiores comandantes militares de todos os tempos e também um herói que quebrou as normas. Ele muitas vezes agia contra as instruções recebidas dos seus superiores e mesmo assim obtinha sucesso. Num tempo em que os conceitos de liderança ainda eram desconhecidos, Nelson promovia a idéia de “Band of Brothers”. Ele discutia questões táticas com seus subordinados, ao invés de simplesmente dar ordens. Embora a disciplina tradicional fosse empregada nos seus navios, Nelson ganhou o entusiasmo de suas tripulações, a maioria forçada a servir no mar, por causa de suas vitórias e das boas condições providas aos seus marinheiros.
Todos, do almirante ao marinheiro, conheciam seu plano, serviam à causa e cumpriam seu dever.
Abaixo, o famoso sinal em bandeiras emitido por Nelson durante a Batalha de Trafalgar: “England expects that every man will do his duty”.

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Fotos: Máscara do Almirante Nelson no International Maritimes Museum Hamburg.

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