100 anos de submarinos alemães – parte 6
U212 e U214
No início da década de 1990, a Marinha Alemã estava à procura de um substituto para seus submarinos do Tipo 206. Os estudos iniciais começaram com um desenho melhorado do Tipo 209, com capacidade AIP, chamado Tipo 212.
O programa de desenvolvimento teve início no final de 1994, quando as marinhas da Alemanha e da Itália começaram a trabalhar juntas no projeto de um novo submarino convencional, para operar nas águas rasas e estreitas do mar Báltico e nas profundezas do mar Mediterrâneo. As duas exigências diferentes foram misturadas em um projeto único e comum, e por causa das atualizações importantes na concepção, a designação foi alterada para Tipo 212A.
Esse submarino de 1.500t na superfície tem quase o dobro do tamanho do Tipo 206, com um calado maior, pelo fato de ter dois conveses e lemes em “X”.
O U212 é um submarino convencional de nova geração, dotado de casco amagnético, equipado com o que há de mais moderno em termos de sensores e armamento, incluindo um sistema de despistamento de torpedos anti-submarino CIRCE. Ele está equipado com um sistema altamente integrado de comando e controle que interliga os sensores, armas e sistema de navegação, através de um databus de alto desempenho.
Mas a grande diferença entre o U212 e os outros submarinos é seu sistema revolucionário de propulsão híbrida, independente da atmosfera (AIP), que lhe confere uma autonomia submersa nunca antes disponível a um submarino de propulsão não-nuclear.
O sistema AIP é do tipo Fuel Cell (células de combustível), que funciona basicamente pelo princípio de “eletrólise reversa”. São usados os reagentes Oxigênio e Hidrogênio, que produzem energia elétrica e água (H2O) como resíduo. A potência das células de combustível é de aproximadamente 120kW por módulo e permitem ao submarino permanecer submerso por cerca de três semanas, a velocidades de 2 a 6 nós, sem que seja necessário o uso do snorkel.
A Marinha Alemã opera quatro submarinos Tipo 212 fornecidos pelo GSC (German Submarine Consortium), que entraram em serviço a partir de 2003, e já encomendou mais dois submarinos. A Marinha Italiana também opera dois e encomendou mais dois, construídos localmente pela Fincantieri.
Um dos 212A italianos, o Salvatore Todaro, durante o exercício JTFEX 08, com a US Navy , chegou a uma distância de apenas 8.000 jardas do NAe americano Theodore Roosevelt, sem ser detectado.
Tipo 214: o substituto do mito?
Clicando na imagem acima, pode-se ver em detalhes o Tipo 214 (designado “U214” na OTAN), o submarino oceânico irmão do U212A, dotado do mesmo sistema AIP de células de combustível e de desenho modular, concebido para atender aos requisitos das mais diferentes marinhas.
Na década de 90, estimativas davam conta de que nas primeiras décadas do século XXI, mais de 20 países iriam adquirir de 50 a 60 submarinos, sendo que a metade deles iria para países do Pacífico asiático e os demais para a Europa, Oriente Médio e América Latina.
Cientes de tal potencial mercadológico e entendendo que o Tipo 212 se mostraria caro demais para ser competitivo no mercado internacional fora da OTAN, os estaleiros alemães decidiram investir no desenvolvimento de uma nova classe de submarinos, a partir da experiência acumulada com a família 209.
À primeira vista, o U214 se parece com o U212, mas num exame mais detalhado pode-se notar as semelhanças com o casco do famoso Tipo 209, incluindo o leme em cruz (mais simples que o leme em “X” do U212) e o diâmetro de 6,30m. Os hidroplanos dianteiros que eram retráteis no 209, foram deslocados para cima. A “vela” também foi redesenhada, apresentando um formato semelhante ao da classe “Dolphin” construída para a Marinha de Israel e revestida com material radar-absorvente.
O casco do U214, de 64m de comprimento, é construído em aço de alta resistência HY100, permitindo ao submarino mergulhar a profundidades superiores a 400m. A aplicação no casco de material especial que absorve a energia de sonares (revestimento anecóico) é opcional.
Especial atenção foi dada ao controle das assinaturas acústica, magnética, radar e infravermelha do submarino. A maquinaria foi montada em suportes elásticos com isolamento acústico e praticamente todas as aberturas do casco foram eliminadas, para reduzir ao máximo o ruído do fluxo do mar.
Todas essas medidas foram feitas com o objetivo de reduzir significativamente o ruído irradiado, diminuindo o risco de detecção e aumentando o alcance de detecção do sonar do próprio submarino.
Virtualmente indetectável
O perfil de missão do U214 é de 50 dias seguidos, com uma tripulação de cerca de 30 homens. O submarino é capaz de atingir altas velocidades de 16 a 20 nós por horas seguidas, várias vezes durante o curso da missão.
Em operações de patrulha e interceptação a velocidades de 2 a 6 nós, o submarino faz uso do sistema AIP fuel cell. Dependendo das reservas de reagentes a bordo, o sistema AIP permite ao U214 operar por períodos de até três semanas, constantemente operando mergulhado, sem a necessidade de usar o snorkel.
Operando totalmente oculto e com um nível baixíssimo de ruído próprio, o submarino pode fazer uso de todo o potencial de seus próprios sensores, com um risco mínimo de detecção pelo inimigo.
Ao mesmo tempo, com as baterias totalmente carregadas, o U214 é capaz de navegar à velocidade máxima por várias horas, para deixar uma área rapidamente em caso de fuga ou mover-se para outra área de operações e imediatamente reiniciar o padrão de busca ultra-silencioso usando o sistema AIP, sem a necessidade de recarregar as baterias imediatamente.
A velocidades de 6 nós, as reservas de diesel a bordo vão permitir um alcance de missão da ordem de 12.000 milhas ou aproximadamente 12 semanas de duração de missão.
Comando e Controle no estado-da-arte
A superioridade tática proporcionada pelo sistema de propulsão híbrida independente da atmosfera, é ainda mais ampliada com uma completa suíte de sensores acústicos, que podem atingir alcances muito maiores que os empregados nos submarinos anteriores. A classificação de alvos e a geração de dados do alvo para emprego de armas e controle é entregue ao CWCS (Command and Weapon Control System), que é o núcleo do sistema maior ISUS 90, da STN ATLAS Elektronik.
O CWCS controla um sistema completo de sonares, que consistem nos seguintes componentes:
- sonar ativo para determinação de alcance e marcação de alvos
- sonar cilíndrico (cylindrical array) de média freqüência para detecção passiva
- sonar de flanco (flank array) para cobrir a transição de freqüências médias para baixas
- sonar rebocado (towed array) para baixas freqüências em ambientes com médio nível de ruído
- sonar passivo para cálculo dos dados do alvo (curso e distância)
- sonar de interceptação para registrar emissões de sonar adversário
O CWCS também recebe dados do sistema de periscópio, composto de:
- um mastro optrônico com telêmetro laser, um sensor de imagens termais e um sistema combinado de ESM/GPS
- um periscópio de ataque com sensor ótico de medição de distância
Um sistema sonar de detecção de minas opcional também provê dados de navegação adicionais ao submarino.
O sistema ISUS 90 é um componente integral do U214, com arquitetura aberta para possibilitar atualizações no futuro. Ele combina todos os sensores do submarino (sonares, periscópio de ataque, mastro optrônico) o sistema de armas (torpedos) e o sistema de navegação, através de um databus de alta performance, disponibilizando todas as informações coletadas ao comandante (dados de entrada, avaliação das ameaças) e automaticamente realizando as seqüências de engajamento.
O 214 é equipado com um sistema de navegação e de comunicações de alto padrão, superior em muitos aspectos aos sistemas usados em navios de superfície, para que o submarino possa fazer uso total das vantagens do sistema AIP.
O sistema de armas
O U214 leva oito tubos lança-torpedos de 533mm, para um total de 16 torpedos e/ou mísseis. Quatro tubos são equipados com o WES (Weapon Expulsion System) para lançamento de mísseis anti-navio do tipo Sub-Harpoon ou Sub-Exocet SM-39.
Além do sistema ofensivo, o U214 também conta com um sistema anti-torpedo para autodefesa, denominado CIRCE.
Em desenvolvimento conjunto pela STN ATLAS Elektronik e a Allied Signal ELAC, o sistema consiste em uma unidade de comando e controle e quatro conjuntos lançadores com até dez tubos de descarga para os dispositivos despistadores denominados “effectors”.
Os “effectors” são pequenos veículos submarinos de 120cm de comprimento e 12,7cm de diâmetro, semelhantes a mini-torpedos. Estes veículos agem como “jammers” e “decoys” (bloqueadores e despistadores) e são dotados de hidrofones e emissores acústicos próprios.
No modo “jamming” o veículo gera um sinal acústico maior que o do submarino, para cegar o sonar do torpedo inimigo. No modo “decoy”, o veículo gera sinais para simular os ecos do sonar, dando uma posição falsa do submarino ao sonar do torpedo inimigo.
Um sofisticado “software” de simulação de alvos foi usado para conter a ameaça de torpedos inteligentes. Os algoritmos empregados pelos “effectors” fornecem combinação dinâmica para ângulos de aspecto e distâncias falsas do alvo para o torpedo. Múltiplos veículos podem ser lançados ao mesmo tempo para enganar torpedos no modo de reataque.
Forte concorrência
O Tipo 214 materializa o sonho de todas marinhas menos capazes: o submarino não-nuclear independente da atmosfera. Ele pode cumprir uma vasta gama de missões, incluindo operações em “águas marrons” (mares litorâneos) e em “águas azuis” (alto-mar), sem degradação de desempenho, devido às suas características “stealth”, inerentes ao sistema AIP. O U214 é um submarino ideal para operações do tipo:
- anti-submarino e anti-navio, com o emprego torpedos e mísseis
- vigilância, observação e reconhecimento
- lançamento de minas e inteligência
- treinamento e operações em conjunto com forças de superfície
Em que pesem suas qualidades e inovações, o U214, ele tem que enfrentar proporcionalmente uma concorrência muito maior do que o seu irmão mais velho U209 teve em sua época.
Os estaleiros russos e franceses também estão disponibilizando submarinos convencionais de projeto moderno, dotados de sistemas AIP às marinhas interessadas em renovar sua frota submarina. Além disso, muitas soluções AIP podem ser implementadas em unidades operacionais ou em construção, através da inclusão de uma seção adicional no submarino.
Por outro lado, o custo das células de combustível também ainda é relativamente alto, mas deverá cair à medida que mais e mais submarinos com esse tipo de propulsão forem ao mar.
A primeira unidade do U214, o submarino Papanikolis, enfrentou problemas técnicos em testes para a Marinha da Grécia e ainda não entrou em operação devido a questões financeiras e políticas. A construção de outras três unidades do U214 continua normalmente na Grécia, seguindo o cronograma original. Na Coréia do Sul, duas unidades já estão em serviço e uma delas já bateu o recorde mundial de autonomia submersa por submarinos convencionais.
Portugal encomendou dois submarinos U214, que foram redesignados como U209PN. O primeiro, Tridente, deve entrar em serviço no final de 2009.
O Brasil tinha interesse na aquisição da classe U214, no entanto, a pedido da MB, os U214 brasileiros não teriam o sistema de propulsão independente da atmosfera. Porém, a construção de um U214 sem o sistema AIP – para o qual o submarino foi concebido – resultaria na necessidade de redesenhar todo o projeto, tornando-o absurdamente caro.
Em julho de 2008, a Turquia encomendou 6 submarinos U214 e o Paquistão negocia 3 unidades. No total, já são 18 submarinos Type 214 contratados.
[…] um contrato para a entrega de pacotes de material, a fim de construir mais 6 submarinos da classe U214 para a ROK Navy. O contrato foi feito entre o consórcio HDW/MarineForce Internacional LLP (MFI) e […]
[…] a versão espanhola do Scorpène, na concorrência da Marinha da Turquia e acabou perdendo para o U214 alemão. Para resolver esta questão de ter que concorrer contra seu próprio submarino no futuro, […]
Agradeço ao comentarista LM a lembrança, mas reconheço minha desqualificação no assunto submarinos.
Costumo não dar pitaco naquilo que conheço pouco ou quase nada.
Sinto-me mais confortável na área de logística com ênfase em recursos humanos. Neste particular (LOG e RH), arrisco-me a crer que a solução alemã sem submarino nuclear seria mais aceitável.
[…] submarinos a classe 209, a classe “Gotland” dotada de propulsão AIP Stirling e as 212/214, com AIP Fuel Cell. Quando a HDW começou a desenvolver a classe 214, a Guerra Fria tinha acabado. […]
Wolfpack. Não entendi quando você diz “exitem algumas pendências a serem esclarecidas pela Marinha em Aramar.” Nos documentos citados o primeiro é só elogios, o segundo, mais frio, diz que não há indícios de irregularidade. Você pode achar o que quiser, direito seu, mas dizer que o TCU não acompanha, como fez, ou levantar suspeita onde especialistas não vêm irregularidade não me parece correto.
Forte abraço
Só para reparar um dado equivocado.
A proposta oficializada previa um 214 por menos de 500 milhões, embutido num financiamento de cerca de 1 bilhão de euros para abrigar outras verbas que seriam transferidas para a Marinha reformar o ARSENAL DE MARINHA e outros objetivos da ARMADA.
Submarino mesmo nem 500 milhões … basta consultar o COFIEX.
Mea culpa,
Sim o projeto Aramar sofre auditorias do TCU, agora estou mais tranquilo, pois o dinheiro está sendo gasto para um fim nobre, a construção do primeiro reator e submarino nuclear do Brasil.
http://www2.tcu.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/TCU/SESSOES/ATAS/PLENARIO/PLENARIO_2004/ATA_21_DE_16.6.2004PDF.PDF
http://www.camara.gov.br/internet/Comissao/index/mista/orca/orcamento/OR2005/TCU/SI/05572062914210001_0373.pdf
Neste último documento, exitem algumas pendências a serem esclarecidas pela Marinha em Aramar.
Meu comentario ainda nao foi liberado, algum motivo especial pra isso?
Gunter em 22 Dez, 2008 às 7:33 Seu comentário está aguardando moderação (Your comment is awaiting moderation).
Sérgio! Concordo com seu comentário, vejam o que foi grifado no artigo sobre o scorpene (defeitos) e o que foi grifado no artigo sobre o 214, e tirem suas conclusões.
Sugiro tbem leitura da nota da Marinha sobre toda essa controvérsia, no link abaixo. Atentem para o comentario final.
http://defesabrasil.com/site/index.php/Noticias/Marinha/Submarino-Scorpene-A-Posicao-da-Marinha.html
Correção,
O valor do primeiro contrato do U214 era para ser de 1 bilhão de euros!!! Um submarino convencional com preço de submarino nuclear!!!
Com um certo atraso… mas tá aqui!
Parabéns pela matéria… o post em si está muito, mas muito bom mesmo!
Espero que as próximas matérias sigam este formato também… as mais superficiais não me agradam muito não!
Salve Corsário,
Eu creio que os problemas de realcionamento DCN/Navantia surgiram após a Espanha optar por usar sistemas americanos e não o contrário. Corrija-me se estiver errado, mas foi isto que eu entendi pelas notícias divulgadas.
Em relação ao U-214 creio que há um equívoco. O preço divulgado na época era de U$ 1 Bilhão, se não me falha a memória, também estaria incluída a modernização dos outros 5 Tupis.
O pessoal está a esquecer-se de três países com tradição na construção de submarinos convencionais: os Países Baixos, a Suécia e o Japão. Passam despercebidos porque não vendem para fora, no caso do Japão, ou vendem muito pouco, no caso dos Europeus. No caso sueco, além de vender alguns dos seus submarinos ao longo dos anos em segunda mão, também teve uma mão na concepção da classe Collins australiana, podendo esta ser considerada a culminação de cinco gerações de submarinos convencionais suecos. Hornet, É possível que os SSN franceses tenham atrasado a concepção e produção dos SSK nos anos 70,… Read more »
Leo, A questão dos Espanhois é meramente política, pois o EUA estão atualmente mais alinhados com o governo espanhol do que o francês. Só para lembrar “a luta contra o terrorismo”. Daí a opção por armamento americano. Lembrando também que eles estão de “pinimba” com os franceses depois do “desfecho” do consórsio DCN&Navantia. Agora aos colegas, tenho apenas essa dúvida sobre a matéria do blog: …”Porém, a construção de um U214 sem o sistema AIP – para o qual o submarino foi concebido – resultaria na necessidade de redesenhar todo o projeto, tornando-o absurdamente caro.”… Lembrando aos senhores que na… Read more »
Ciquini, Esta pergunta sobre os sistemas eu já fiz há algums meses em dois fóruns. Ninguém deu a menor bola. Em princípio, nós estamos abandonando os atuais sistemas dos Tupis, para empregar sistemas americanos (LM) com torpedos americanos. Não acredito, que a França concorde com a instalação de sistemas americanos nos Scorpenes e não acredito que os americanos concordem em nos vender sistemas para um sub nuclear. Então a alternativa seria padronizar as frotilhas de Scorpenes e nucleares com sistemas franceses. Acredito que os Tupis seriam descomissionados à medida que os nucleares entreassem em operação. A minha grande dúvida é… Read more »
Sérgio! Concordo com seu comentário, vejam o que foi grifado no artigo sobre o scorpene (defeitos) e o que foi grifado no artigo sobre o 214, e tirem suas conclusões.
Sugiro tbem leitura da nota da Marinha sobre toda essa controvérsia, no link abaixo. Atentem para o comentario final.
http://defesabrasil.com/site/index.php/Noticias/Marinha/Submarino-Scorpene-A-Posicao-da-Marinha.html
Gunter, comentários com anexos podem ficar presos no anti-span do Blog, dependendo de um moderador ir lá e liberar, o que pode levar algum tempo.
Cinquini, só agora que eu vi…é verdade, tem os Suécos também…E eles vendem bem? Ou são uma drogas que só encalham na prateleira também?…kkkkkk Brincadeira. (já li em outros lugares que esses Sub suécos são fantásticos também, muito bons). Mas acho já deu pra entender o que eu pretendia, não? A idéia nem era tanto fazer uma lista completa dos construtores de submarinos, mas sim desmistificar um pouco essa idéia de que quem vende mais é necessariamente o melhor e quem vende menos é necessariamente o pior. O laissez-faire no caso da Defesa, que é primordialmente um assunto de política… Read more »
Hornet e amigos, Não que vá mudar muita coisa mas os suecos tb produzem subs convencionais com AIP “Coube aos suecos a honra de serem os primeiros a possuirem um submarino com AIP realmente funcional. Lançado em 1978, o HMS Näcken foi escolhido para realizar os testes com o novo sistema Stirling. O submarino foi docado e o seu casco foi dividido em dois. Uma seção central foi introduzida com o sistema AIP. Em 1988 o Näcken voltou ao mar, servindo de bancada de testes. Com a experiência adquirida, os suecos incorporaram o sistema Stirling na nova classe de submarinos… Read more »
Mais uma coisa,
O Scorpéne responde aos requisitos da MB, eles podem nos fornecer ajuda técnica na construção do nosso primeiro SubNuc, entao qual o problema de fechar com os _________franceses?
To vendo que depois da viúva do Flanker ( eu to no meio) agora teremos a viúva do 214 rsrss
Abração
Pois é Cinquini,
Pior que engolir o Scorpene, vai ser ter que engolir os Rafales… Este sim vai ser um problema. Perdeu todas as concorrências que parcipou… rsrs
Leo, ainda bem que o MO não está por aqui, se não ia ser aquela bronca por falar de aviãozinho aqui rsss
Sobre os Subs, eu gostaria, por questões técnicas o 214, mas como a decisão é politico-tecnológica (e eu acredito que é a forma correta), nós vamos de Scorpene e teremos sim um submarino nuclear híbrido do casco francês e do reator brasileiro. O ganho tecnológico com isso é imensurável!
Só nos resta fazer duas perguntas:
– Quais sistemas e armas irão operar no nosso sub?
– Quando iremos recebê-los?
Obrigado Vassily!
Só esclarecendo, um submarino tem como tarefa básica negar o uso do mar ao inimigo. Os SSNs, alem de fazer isso, pode operar em uma FT para controle de área marítima devido a sua capacidade de manter elevadas velocidades durante um período praticamente ilimitado. Por isso a opção pelo SubNuc.
Desculpem, mas é minha opinião, continuo acreditando em parcialidade do blog nas matérias a favor dos subs alemães, e este post é um exemplo, um ótimo artigo mas tendencioso!
Pois é Castor,
Eu já vi até recomendação dos auditores do TCU, elogiando o projeto, e achando um absurdo a falta de continuidade do mesmo.
Felizmente a internet hoje nos permite encontrar um grande número de informaçoes…
Wolfpack em 21 Dez, 2008 às 21:15 você está redondamente enganado, Os recursos que vão para o programa nuclear da Marinha estão previstos no PPA e são devidamente auditados e acompanhados pelo TCU. Eu respeito sua opinião, mas seu argumento está errado, aconselho a se informar melhor.
LM, 20:38hs,
Imagina só: daqui à uns 10 anos, o A-12 São Paulo capitaneado por voçê…………….
Será que o Blog Naval ainda vai existir para debater-mos, tal qual estamos fazendo hoje? Se possível a existencia, vai ser para mim, um tremendo orgulho debater contigo.
Não vou dizer “boa sorte” para o estágio na EGN; vou dizer “competência”, pois quem tem essa qualidade “chega lá”, enquanto que para o sortudo, uma hora a sorte acaba……………….
parabéns pela carreira.
Castor,
Acho excelente os seus posts amigo.
Saudações Marinheiras!
Hornet,
Perdoe-me, a resposta era para você mesmo (rsrsrs)!!!!!!!!
Porque tanta defesa do U214 sendo que o objetivo da MB é dispor de um meio para colocar em funiconamento seu reator nuclear? Eles possuem esta capacidade? Seu casco poderia abrugar um gerador nuclear? Isso seria possível em um tempo razoável? A MB está sendo pragmática com seu objetivo único de desenvolver um submarino movido a energia nuclear e para isso já gastou algum dinheiro e tempo de pesquisa. Os Franceses detém esta tecnologia e capacidade para suportar este projeto da Marinha. Vai demorar e vai demorar muito este projeto, mas fazer o que? Não existe auditoria do TCU no… Read more »
Poggio, Você tem razão quanto ao posicionamento de alguns dos leitos, eles são boreste-bonbordo. Isso pode causar desconforto para a tripulação em determinadas situações. Não ouvi comentários dos oficiais da ARCh sobre isso. O que eles me informaram foi que o O’Higgins quando foi entregue apresentou alguns problemas que foram resolvidos com a assistência técnica da DCNS. Eles, assim como os oficiais da ARA, deixaram bem claro que eles achavam que, com a construção do SubNuc, nós estaríamos usado a energia nuclear para fins não pacíficos e que isso poderia gerar tensões no continente. Foram tiradas várias fotos dentro do… Read more »
Castor,
pois é, foi isso que eu estava querendo demonstrar. Submarinos “tostines” acho que não faz muito sentido, não é?
um forte abraço
Hornet e LM, Vou seguir o conselho de vçs, não vou mais discutir qual sub é melhor ou pior. O fato é: o modelo já está escolhido, não há volta. Agora, vou torcer para que o contrato se extenda para no mínimo 6 Scórpenes, dando margem para surgir um substituto ao Tonelero, que bastante falta faz à MB. Vou para o Poder Aéreo, quero discutir sobre a modernização dos P-3AM, ver se a notícia de que o Harpoon está cotado para equipá-lo condiz com a realidade. abraços e se cuidem….. os ursos polares estão à solta…. no meio do deserto… Read more »
Castor,
Eu não disse nada do que você postou acima. quem disse foi o Vassily. Leia os meus posts com atenção. Nunca diria que quem vende mais é porque é melhor. Por favor releia meus posts
DESCULPE LM
é verdade, foi o Vassily Zaitsev citando você e eu me enganei achando que era você. Saudações marinheiras
hehehe…houve um desencontro de nomes…o Castor postou uma resposta para o Vassily, e o fez endereçando-a ao LM…
LM, acho que sua resposta foi para mim, e não para o Vassily…ao menos fui eu quem perguntou sobre o relatório da MB…e agradeço.
trocas de nomes assim, acontencem…ainda mais quando conversamos com “Hornets”, “Spitifires” e demais nicknames deste tipo, isso cria confusão mesmo…nem esquentem com isso. Acontece.
abraços aos amigos
Vassily, Foram feitos relatórios tanto do Scorpéne quanto do U214. Os mesmos relatam todas as qualidades e as deficiências desses meios. Isso também é feito quando se pretende adquirir outros meios. Esses relatórios são importantes e pesam muito na decisão da MB. É claro que existem outros fatores, mas os relatórios existem! Quanto ao conteúdo dos mesmos, essa informação é classificada, ou seja, não pode ser divulgada, nem por mim, nem por qualquer outro oficial da MB. Eu particularmente não fiz, nem li tais relatórios. Não sou submarinista, foram eles que elaboraram os mesmos. Não sei como a imprensa pode… Read more »
Desculpem entrar no papo, mas já que fui citado… LM vender mais que o concorrente não significa ser melhor, pode significar ter melhor custo benefício, pode significar que o lobby é maior, pode significar que os compradores, como tinham comprado o 209, um sucesso de venda e muito bom submarino (projeto IKL e não HDW) prefiram não mudar de linha, etc. Mas essa regra que você criou não é necessariamente verdadeira, se fosse assim, poderíamos afirmar que o sistema VHS é melhor que o Betamax, o que não era. Poderíamos também afirmar que o 214 é melhor que o 212,… Read more »
LM,
concordo plenamente. E acho esse sua sugestão muito apropriada para o blog.
um forte abraço
Vassily,
esses caras que andam com toalhas enroladas na cabeça são esquisistos…melhor correr mesmo…hehehe
pior que eles, só os ursos polares…kkkkk
abração
ps. E é isso mesmo, nem sempre o melhor vence as concorrências, sabemos disso…e isso vale pra todos os casos, por isso que não vale muito a pena tirar conclusões de qualidade de equipamentos devido as vendas efetuadas.
Hornet,
Eu também acho que não devemos discutir mais qual dos submarinos é melhor, o U214 ou o Scorpène? Até porquê, a MB já escolheu o modelo francês.
O que devemos discutir agora é quais os sistemas iremos colocar neles. Qual será o seu armamento? O míssil será o Exocet ou o Harpoon? O torpedo será o MK48 ou o BlackShark? Os sensores e sistemas serão de origem estadunidense ou francesa? O que seria melhor para a MB?
Até proponho um post ao Galante e ao Poggio para debatermos isso. Fica ai a idéia!
Abraços
Prezado LM,
Vocë que esteve a bordo do Carrera poderia comentar um pouco sobre a posição dos leitos para nós em relação ao conforto da tripulação. Vi em algumas fotos-desenhos que os mesmos são orientados bombordo-boreste e não proa-popa. O que os chilenos acham disso?
Amigo Vassily, pois é, acabei de postar algo neste sentido…como podemos ter certeza de que a opinião dos submarinistas não está sendo levada em conta (ao menos a opinião do comando da FORSUB) nesta escolha? Como podemos afirmar que os nossos submarinistas não querem o Scorpène? Ou que o governo está impondo isso para a MB? Ou que essa escolha não tenha sido feita pela própria MB quando percebeu que podia continuar o projeto do Sub Nuclear? Eu tenho dúvidas toda vez que vejo tais afirmações…não sei, devo estar ficando louco…acho que preciso dar umas voltinhas pela Groenlândia para refrescar… Read more »
Hornet,
…………………… nem sempre o melhor vence nas disputas…………..,
Disse tudo Hornet, o fator político influi demais.
Semana passada passei por lá. Um soldado barbudo com uma toalha enrolada na cabeça me parou e perguntou: Que que o sr. faz por aqui?
– Nada não seu guarda, só vim buscar minha bomba atômica que o Hornet não teve coragem de pegar.
– Hornet???……. realmente, esse nome não me é estranho. Apareceu por cá um sr. com esse nome, à uns 50 dias falando no mesmo assunto. Botei pra correr!
abraços.
Caro LM, sem querer abusar muito, mas queria saber se vc sabe de algum relatório que a MB fez a respeito dos Scorpènes? Pois a imprensa está dizendo coisas estranhas…tipo: “existe um relatório secreto elaborado pela MB que desabona a compra dos Scorpènes”, a compra é uma “imposição do governo, pois a MB é contra o Scorpéne”…ou uma coisa assim…e isso está, no meu modo de ver, formando opiniões a respeito do assunto e de uma maneira no mínimo estranha…se o relatório existe mesmo, por que a imprensa não publica uma entrevista com o responsável pelo relatório, para ele explicar… Read more »
LM, Pena que nessa equação, o fator político tenha muito mais peso que a opnião dos que vão usar o equipamento, no caso os submarinistas. Eu vejo com bons olhos o END, porém me dá uma tremenda angústia a possibilidade de que o próximo governo françês encerre a parceria estratégica com o Brasil. Imagina só, compramos 4 Scórpene com a intenção de que os franceses nos “ensinem” como se fabrica o casco que possa comportar o reator nuclear desenvolvido pela MB. É um projeto de longo prazo, e os governos duram pouco. E, pior de tudo,nem sempre o governo substituto… Read more »
LM, eu sei que aqui o assunto da matéria são os Subs alemães e eu nem quis polemizar no sentido de dizer que a engenharia alemã não seja boa. Ao contrário, sou fã de carterinha dos alemães, até porque sou filho de alemães. Como vc entendeu o raciocínio que eu fiz, nem preciso me alongar mais. Já sobre os amigos que vc pergunta, acho que só o Mauro que pediu “baixa”…os demais estão por aí…volta e meia eles aparecem… um forte abraço Vassily, vc sabe que somos parceiros de busca de bombas atômicas perdidas, né? E sei também que vc… Read more »
LM,
desculpa por entrar na conversa;
realmente vc tem toda razão. Eu defendo o U-214 pq “considero” melhor que o Scórpene. Simplesmente por isso. Nunca estive à bordo de qualquer navio de guerra. Mas, os números não mentem. Se vende mais do que o concorrente, é pq é melhor.
Agora, quanto aos demais comentaristas “sumidos”, tb percebi isso. O Bosco está lá no Poder Aéreo, travando uma verdadeira “batalha” ao lado do Ivan, na tentativa de convencer o Marlos Barcellos que o Gripen e/ou Super Hornet são opções melhores que o Rafale como principal caça de dotação da FAB.
abraços.
Prezado Vassily,
Sua “entrada” na conversa foi muito bem vinda. Quanto mais pessoas para debatermos, melhor.
Quando se escolhe um meio para MB, seja ele qual for, são analisados diversos fatores. E, no final da equação, é escolhido um deles.
Rsrsrs!!! É, o Bosco gosta dos aviões. Lá ele se sente em casa.
Abraços
Prezado Vassily Zaitsev,
Muito bem lembrado, os Oberon!!!!