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A Estratégia Nacional de Defesa diz o seguinte, na parte referente à Marinha do Brasil:
“A Marinha trabalhará com a indústria nacional de material de defesa para desenvolver um avião versátil, de defesa e ataque, que maximize o potencial aéreo defensivo e ofensivo da Força Naval.”

Levando-se em conta que a FAB em breve poderá receber helicópteros de fabricação russa, analisar o MiG-29K (versão navalizada do MiG-29) como base para o futuro avião de combate embarcado do Brasil não seria nenhum devaneio, desde que abandonássemos os velhos paradigmas sobre equipamentos de origem russa.

Em primeiro lugar, é bom enfatizar que o avião em produção para a Marinha da Índia, para operar a bordo do NAe Vikramaditya, possui uma arquitetura de aviônica aberta, podendo utilizar equipamentos russos ou ocidentais, de acordo com a escolha do cliente. O barramento digital é o MIL-STD-1553B, que permite ao MiG-29K ser compatível com a maioria dos armamentos ocidentais. O caça pode receber praticamente todos os novos sistemas de auto-defesa disponíveis para o MiG-35, inclusive um radar AESA (phased array).

O cockpit do MiG-29K tem HUD de grande ângulo e 3 MFDs coloridos (7 na versão biplace MiG-29KUB), é equipado também com sistema GPS Sigma-95 francês e um sistema de mira de capacete Topsight E.

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O fabricante alega que o MiG-29K pode realizar 90% de suas missões decolando de um convôo dotado de ski-jump com um vento relativo de apenas 10 nós (18km/h)! Ou seja, o MiG-29K dispensa as complicadas e dispendiosas catapultas a vapor, o que tornaria o projeto de um futuro navio-aeródromo brasileiro mais simples e mais barato. O próprio NAe São Paulo, que é um navio do tipo CTOL (conventional take-off and landing), poderia ser convertido em STOBAR (Short Take Off But Arrested Recovery) com a adição de um ski-jump na proa, como ocorreu com o ex-HMS Hermes britânico, que foi convertido para operar o Sea Harrier.
O peso normal de operação do MiG-29K é de 18.500kg e o máximo é de 22.400kg, ou seja, muito parecido com o F/A-18 Hornet.

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O leque de armas que o MiG-29K pode levar é imenso, desde mísseis ar-ar WVR e BVR, bombas e foguetes ar-superfície e mísseis ar-mar de longo alcance, num total de 5.500kg por missão.

Para uma marinha como a nossa, que opera um jato de ataque como interceptador, a adoção do MiG-29K seria um salto quântico, ainda mais quando sabemos que este caça foi projetado originalmente para superar em manobrabilidade o F-15, o F-16 e o F-18.

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