Gastos do MRE com cooperação internacional superam recursos para reaparelhar a Marinha
O órgão público federal que mais colaborou com os fundos internacionais em 2008 foi O Ministério das Relações Exteriores, que gastou R$ 370,5 milhões de seus recursos para a manutenção de pactos internacionais. Este orçamento é superior ao aplicado, por exemplo, no programa de “Reaparelhamento e Adequação da Marinha do Brasil”, que recebeu cerca de R$ 350 milhões no ano passado.
O Brasil participa, atualmente, de 202 ações relacionadas a contribuições a organismos internacionais. Para garantir esse direito, a União gasta, em média, R$ 520 milhões anualmente a título de “cooperação internacional”. Em 2008, pagou R$ 637,8 milhões para aperfeiçoar a gestão das políticas internacionais e, principalmente, para garantir a participação em organismos internacionais. De 2001 para cá, em valores corrigidos, R$ 5,5 bilhões já saíram do Brasil rumo a programas de cooperação internacional. Para 2009, estão previstos R$ 701 milhões.
O programa do governo federal de “Gestão da Participação em Organismos Internacionais” foi o que mais repassou verba para o exterior a título de contribuições financeiras em 2008, um montante de R$ 435,6 milhões. Nesse programa, incluíam-se as contribuições à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O programa de “Adestramento e Emprego Combinado das Forças Armadas” teve o segundo maior montante gasto sob o abrigo da cooperação no ano passado. Foram R$ 123,7 milhões pagos até o dia 31 de dezembro.
Em segundo lugar no ranking de maiores colaboradores no ano passado está o Ministério da Defesa, com R$ 128,2 milhões enviados para Intercâmbio e Cooperação Internacional Militar, participação brasileira em Missões de Paz e outros projetos. No entanto, em 2009, o Ministério do Planejamento passa a ser o principal ministério administrador dos recursos de cooperação internacional.
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