Que tal um pouso em navio-aeródromo?

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fochalta-2

A foto mostra o que um piloto da MB vê momentos antes de pousar no NAe São Paulo (a foto é do tempo que o navio ainda era o Foch). O pouso a bordo de um navio-aeródromo é uma das operações mais arriscadas para o aviador naval, na verdade o pouso é uma “queda controlada”.
O sistema ótico (foto baixo) que aparece do lado esquerdo (bombordo) com duas linhas de luzes verdes e uma laranja no meio (que os americanos apelidam de “almôndega”), indica ao piloto que o avião está na rampa de descida correta. Esse equipamento tem um espelho côncavo no meio, cuja imagem luminosa é percebida pelo piloto de forma concentrada e intensificada.
Quando a rampa de descida do avião está errada, a luz laranja fica desalinhada, para cima ou para baixo, em relação à fileira de luzes verdes, indicando que o avião ou está muito alto ou muito baixo em relação à rampa. Se essa situação ocorrer pouco antes do toque, acendem-se as luzes vermelhas e é preciso arremeter e tentar novamente.
Ao descer corretamente, passando zunindo sobre a borda do convés de vôo, a uma velocidade de aproximadamente 250Km/h (a velocidade relativa é menor que essa, graças à velocidade do navio), o piloto reduz o motor, e quando o avião toca a pista, ele avança totalmente a manete, o que lhe dá a potência necessária para arremeter, caso deixe de pegar um dos cabos de retenção.

a-12_sistema_otico

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João-Curitiba

Galante

O que você se refere a “queda controlada”, eu ouvi de dois oficiais da MB conversando que era uma “colisão controlada”.

Alexandre Galante

João, quis dizer a mesma coisa: crash controlado…rs

Bosco

Parece que esse sistema nos NAe americanos é interno, digital, ou eles ainda usam a “almôndega”?

brazilwolfpack

Que bacana. Espero ver o Sao Paulo operacioal um dia destes. Na mao dos franceses foi uma maravilha de navio.

Tailhooker

Os NAes americanos utilizam o mesmo sistema de lentes para auxílio visual ao pouso. Só que o sistema deles é “improved”, com nove células de “source lights” que projetam a “bolinha”, em vez se somente seis do nosso OP3. Isso aumenta a precisão do “movimento” e a resolução da bolinha quando vista a 3/4 da milha náutica. Fora isso, são praticamente iguais em princípio de funcionamento. O do A-12 (foto) é idêntico ao do CDG. Embora se traduza “meatball” em almôndega, é chamada aqui pelos pilotos e LSOs de “bola”.
Bonita foto.

Tailhooker

Contribuindo para retificar a informação do texto. Nesse tipo de equipamento, não existe espelho côncavo. Todas as células projetam luzes de acordo com o sistema de lentes “fresnel”, porém, dependendo da posição em relação à rampa selecionada, obeserva-se somente uma das células de cada vez. Os espellhos eram utilizados em equipamentos antigos com a mesma finalidade e por isso mantiveram o nome. O sistema ótico do A-11 era literalmente um espelho de pouso.

Bosco

Obrigado pela informação Tailhooker.
Um abraço.

Wolfpack

O Brazil não necessita de uma Navio Aerodromo. Precisa sim de uma força de subamrinos nucleares e navios de superfície modernos. A Aviação Naval mesmo para os países mais ricos do mundo se resume a um navio aerodromo, com os custos operacionais conhecidos de um Nae, é possível ter bases aereas espalhadas ao longo de nosso litoral com função igual e eficiência melhorada. A Royal Navy negou os mares do sul com seu submarino nuclear Conqueror fez com que o 25 de Maio e suas escoltas tiveram que colocar o rabo entre as pernas e retornar a águas rasas quando… Read more »

Bosco

Tailhooker,
o interessante é que a “almôndega” dos NAe americanos é mais escondida, baixa, difícil de ver.
Ou é impressão minha?
Também esse sistema deverá ser abandonado no futuro com a entrada em operação dos UCAVs.
Um abraço.

Bosco

Tailhooker,
desconsidere o meu último comentário que é demasiado ingênuo e baseado apenas em algumas fotos que vi de NAes americanos.

The Captain

Alguém poderia me informar se já houve colisão de aeronaves com a ilha do NAe?

Nimitz

The Captain, já houve sim, no tempo em que o convés de voo não era em ângulo. No clássico filme “Midway”, aparece uma cena real de um Wildcat pousando e batendo na ilha e se partindo ao meio.

Tailhooker

Prezado Bosco

É só impressão. Na realidade, a intensidade luminosa do sistema pode ser controlada remotamente pelo LSO da plataforma dos LSOs, a partir de feedbacks dados pelos pilotos também, em função da luminosidade ambiental.

The Captain

Grato Nimitz,

The Captain

Excel

Radicalllllll !!!!!

lula

passei hj ao lado do A-12 e fiquei inprecionado com o tamanho do navio e sua inponencia , agora eu acho que vale apena moderniza-lo!!!
ou pelo menos mante-lo na ativa ate o conçeito de aviação naval se enraizar de vez na mb!!!

Almeida

Redundante dizer que as fotos são da época em que ele navegava pela Marinha Francesa. Na MB ele só solta vapor no rosto dos marinheiros e fumaça preta pela chaminé! Tô pra vê-lo saindo da Baía de Guanabara pela Boca da Barra!

Smedley D. Buttler

Até onde se saiba por aqui nunca realizou operacoes de pouso e decolagem noturnas. Alguem confirma?

Se for o caso, não é bem isso que um piloto nosso vê…