Confronto entre navios de guerra chineses e submarino indiano no Golfo de Áden
Submarino indiano que perseguia navios chineses, foi detectado e obrigado a emergir
Navios de guerra chineses enviados para lutar contra a pirataria nas águas da Somália foram perseguidos por um submarino de ataque indiano e os dois lados se envolveram em um tenso confronto, por pelo menos meia hora, segunda a mídia chinesa e alguns sites.
Após manobras durante as quais ambos os lados testaram as deficiências no sistema sonar um do outro, os dois navios chineses conseguiram forçar o submarino indiano a emergir. O submarino deixou a área posteriormente sem reação.
O incidente foi relatado pelo jornal Qingdao Chenbao, mas tanto Pequim quanto Nova Deli fizeram silêncio sobre o assunto. Este é o primeiro incidente entre forças militares da China e Índia, depois da guerra fronteiriça de 1962.
O incidente ocorreu em 15 de janeiro, nas águas perto do estreito de Bab Al-Mandab, que separa Djibuti e Iêmen, na extremidade ocidental do Golfo de Áden. Os destróieres chineses detectaram um submarino não-identificado em seu sonar, segundo o relatório.
A Marinha Chinesa logo determinou que o alvo tinha cerca de 70 metros de comprimento, identificado depois como um submarino classe “Kilo”.
O submarino tentou fugir mergulhando mais fundo. Mas a perseguição continuou.
O relatório diz que os navios chineses enviaram um helicóptero anti-submarino para ajudar a monitorar o alvo, que tinha tentado jammear (bloquear) os sonares chineses.
Mas, finalmente, os dois navios acabaram encurralando o submarino, que foi forçado a emergir. O relatório disse que o submarino perseguiu os navios chineses desde que eles entraram no Oceano Índico, a caminho da Somália.
Foi informado também que durante o incidente, o comandante chinês ordenou ao helicóptero para armar seus torpedos anti-submarino.
Acredita-se que o submarino indiano estava coletando sinais eletrônicos e dados dos sonares dos navios de guerra chineses. Essas informações são cruciais em conflitos futuros.
A China enviou dois destróieres à Somália, que estão entre os mais avançados navios de guerra da atualidade. Um dos destróieres, Haikou, foi incorporado em 2005.
Embora considerado um gesto hostil e provocativo, não é incomum para um país enviar submarinos para coletar informações de outras marinhas.
Em 2006, um submarino chinês perseguiu o porta-aviões Kitty Hawk perto da ilha japonesa de Okinawa. O submarino chinês veio à tona no meio do Grupo de Batalha americano, causando consternação na US Navy, pois permaneceu indetectado até aquele momento.
FONTE: South China Morning Post
NOTA do BLOG: Na imagem abaixo, pode-se verificar o relevo submarino do estreito de Bab Al-Mandab, segundo o Google Earth 5. A profundidade no sulco mais profundo raramente passa de 500 pés (150m) e nas laterais mais rasas, ela é em média de 200 pés (60m), o que mostra que o submarino indiano teve pouca margem de manobra vertical e não conseguiu, provavelmente, camadas termais para se ocultar dos sonares chineses.
Os Navios chineses devem ter rumado em pequena velocidade em direçao a Aden para permitir que o submarino indiano os perseguisse sem ser detectado. Ou será que mesmo em consideravel rapidez os motores do indiano nao permitiram aos chineses que o indentificassem?
Os chineses nao deixarão isso barato.
Provavelmente os navios chineses estariam navegando em velocidade de cruzeiro, aproximadamente uns 15 nós. O kilo é extremamente silencioso mesmo a 15 nós.
Eles acabaram experimentando o mesmo gosto amargo que o kitty Hawk experimentou.
As desculpa sao as mesmas: nao havia um estado de guerra, entao, nao havia necessidade de um total alerta e tanto o submarino chines como o sub indiano sabiam exatamente onde o Kitty Hawk e os destroyers chineses estariam, já que ambas as operaçoes foram cobertas pela midia o que facilitou muito para os submarinos.
Sao desculpas até plausiveis, mas…pegou mal.
Acho q ñ valia a pena uma tentativa d fuga radical. poderia acontecer um acidente como o sub francês.
O submarino nuclear francês “Le Triomphant” se chocou “no início da semana” com “um objeto submerso”,
“A parte dianteira do submarino ficou danificada, mas o incidente não deixou feridos nem colocou em risco a segurança nuclear
O objeto era “provavelmente um contêiner”
Fonte: AFP
Pois é…treino é treino,jogo é jogo…
Não foi o primeiro incidente. Unidades de superfície de ambos os países já se “testaram”, inclusive com as tripulações ocupando pstos de combate. Os raji não estão gostando nem um pouco dos chineses operando no índico.
Pelo que o governo Indu comentou, nao teve nenhum submarino indu que foi forcado a emergir.
Como que um navio forca um sub a emergir sem usar municoes?
Parece que as “cópias” chinesas, se sairam melhores que equipamentos originais.
E agora aqueles que defendem que um U209/U214 pode confrontar um NAe Nimitz, como ficam? A Marinha Chinesa mostrou prontidão e persistência contra o Akula…
Puxa vida, como têm gente inocente nesse mundo.
Wolfpack, em primeiro lugar, o U209 é menor que o “Kilo”, tem mais mobilidade em situações como essas. Se fosse um 214 então, ele não precisaria subir para recarregar as baterias, o que deve ter acontecido com o submarino indiano.
Outra possibilidade é que os chineses devem ter forçado o “Kilo” a rumar para águas mais rasas, a ponto de tê-lo de fazer emergir para não bater no fundo.
“A Marinha Chinesa mostrou prontidão e persistência contra o Akula…”
Não foi um “Akula”, mas um “Kilo”.
Nunca se deram bem; e agora avançam mais um degrau nessa escada.
Mas não foi nada, somente um pouco de emoção, para diminuir o extresse de longos dias de patrulha.
Kilo, poderia ser Oscar II, Akula, Tikuna, U2…, estariam em apuro do mesmo jeito. Por um pouco que não viraram sardinha em lata.
Apesar do sub indiano ter sido detectado eu acredito que eles agoram conhecem bem os sistemas chineses, basta agora eles usarem bem essa informação.
Abração
o submarino ainda é a arma dos mares que mais medo dá aos adversários, para encurralar um submarino antigo como esse da foto precisaram 2 dos mais modernos navios chineses, e isso só ocorreu porque estavam em águas muito rasas.
Antigo? Depende de qual submarino for, pois os indianos tem 10 submarinos desta classe , o ultimo foi comissionado em 2000, e todos passaram ou estao passando por modernizaçoes.
Os kilos apesar de maiores que um “209”, maiores em comprimento, largura, mas nao tao maiores no calado, sao otimos para aguas rasas e muito silenciosos, mas, justamente aí, pode ser o calcanhar de aquiles, pois operar em agua rasa ou em aguas confinadas como um golfo por exemplo, torna-os mais vulneraveis.
1. O local do embate é estreito e pouco profundo, dá vantagem aos navios.
2. Os chineses detectaram o submarino, ao contrário do Kitty Hawk, que só detectou os chineses quando eles emergiram.
3. Loucura foi o submarino indiano fazer essa perseguição em local tão desfavorável, e ponto para os sistemas chineses.
Galante,
somente o sonar ativo é influenciado pelas camadas térmicas?
Se o sonar passivo também for influenciado pela camadas térmicas como um submarino detecta um navio ?
Esse chineses,que todos sempre ficam malhando,dizendo que so fazem copias,que nao tem doutrina e etc,sempre dao show de bola em incidentes como estes. Parabems para a marinha chinesa.
Conheci hoje esse excelente Blog – como Oficial de Marinha, ora reformado, tenho interesse em receber ou acessar o Blog Naval.
Como proceder?
Obrigado,
Ervé.
Influência da variação de temperatura (camada térmica): tanto o sonar ativo quanto o passivo sofrem influência do gradiente térmico da água – o qual, tecnicamente, nós submarinistas denominamos “gradiente de velocidade do som”. Além da temperatura, a pressão e a salinidade também afetam o comportamento dos raios sonoros, mas é uma influência pequena; o importante mesmo é a temperatura. A tendência dos feixes sonoros (tanto no modo ativo quanto no passivo) é a de fletir para a camada de maior velocidade do som, ou de menor temperatura. Sabedor disso, o comandante do SB posicionará o mesmo onde houver menor incidência… Read more »
Como trazer um SB à superfície sem utilizar o seu armamento – Simplesmente demonstrando, pela variação no comportamento tático do navio, a sua real DISPOSIÇÂO em usá-la. Um comandante de força de superfície tem todo o respaldo político para determinar o afundamento de um submarino – que, a princípio, está mal-intencionado, até que prove o contrário. Os comandantes de SB sabem disso, de forma a que, quando percebem que foram detectados e que as chances de evasão são mínimas, assumem uma postura não agressiva, revelam ostensivamente a sua posição, entram em contato fonia com o navio mais próximo e manifestam… Read more »