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O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) está preparando uma espécie de “PAC das hidrovias” com investimentos de até R$ 18 bilhões. Segundo o diretor-geral do órgão, Luiz Antonio Pagot, estão sendo feitos estudos para ampliação e instalação de três grandes hidrovias. Esses documentos deverão ser apresentados à ministrada Casa Civil, Dilma Rousseff, até o final do próximo mês.

A principal obra, avaliada entre R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões, é a ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná. Segundo Pagot, a ideia é ampliar o trecho navegável dos atuais 800 quilômetros para 2 mil quilômetros em um prazo de 4 anos. “Para isso, teremos que fazer 12 eclusas e a capacidade de transporte de carga aumentaria de 5 milhões para 30 milhões de toneladas por ano, sem dizer que a hidrovia terminaria a uma distância de 150 quilômetros do Porto de Santos”, disse Pagot.

Atualmente, um carregamento transportado pela Tietê-Paraná tem de percorrer, pelo menos, 310 quilômetros para chegar ao cais santista.

A segunda obra que está sob análise é a ampliação da Hidrovia do Tocantins. Atualmente, o DNIT está construindo nesta hidrovia a eclusa de Tucuruí, que dará ao rio 700 quilômetros navegáveis. O novo projeto, além deste que está sendo executado, prevê a futura construção de mais três eclusas, elevando a distância navegável para 2,2 mil quilômetros.

Segundo Pagot, o investimento para essas três novas eclusas é estimado em R$ 2,1 bilhões. Com as novas obras, a capacidade de transporte subiria de 300 mil toneladas por ano para algo entre 3 milhões a 5 milhões de toneladas anuais.

O terceiro projeto trata da implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós, que demandaria investimentos de R$ 5 bilhões para ampliar a navegabilidade do rio de 300 quilômetros para 1,5 mil quilômetros.

Fonte: Agência Estado, via Santos Export Foto: Nunão – rio Tietê, próximo à cidade de Barbosa, Noroeste do estado de SP. Poucos quilômetros rio abaixo encontra-se a represa Nova Avanhandava e,  mais algumas dezenas de quilômetros adiante, fica o encontro com o Rio Paraná.

Nota do Blog: a continuidade da integração do transporte fluvial ao marítimo é fundamental para o desenvolvimento e traz reflexos ao grande “guarda-chuva” que abriga as diversas aplicações do Poder Naval. Apenas um questionamento, no caso da Tietê-Paraná: é realmente factível um prazo de 4 anos para quase triplicar a extensão navegável atual?

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