Mais sobre o futuro NAe da Índia
Como foi noticiado no dia 27/2 no BlogNAVAL, a Índia está construindo seu primeiro navio-aeródromo localmente.
O navio vai se chamar Vikrant, que significa em sânscrito “Vitorioso” e “Corajoso”, em homenagem ao primeiro NAe indiano, da classe ” Majestic” (classe irmã da “Colossus”, da qual nosso NAeL Minas Gerais fazia parte).
A construção do novo Vikrant começou em abril de 2005, com a aprovação do projeto tendo ocorrido em 2003. O navio será composto de 874 blocos, dos quais mais da metade já estão prontos.
O NAe terá 260m de comprimento, 60m de largura, deslocará 37.500t e será propulsado por quatro turbinas GE LM2500, que possibilitarão uma velocidade de 28 nós.
A ala aérea embarcada será composta de 30 aeronaves, entre elas os caças russos MiG-29K, o caça indiano Tejas Naval e helicópteros Kamov Ka-31.
O Vikrant deve estar pronto em 2010 e entrar em serviço em 2014. O modelo acima, estava exposto na Aero-India, e mostra a configuração STOBAR (short take-off but arrested recovery) do Vikrant, sem catapultas e com “ski-jump”.
Com a rampa “ski-jump” de decolagem, os indianos se livraram das problemáticas catapultas a vapor, que caso fossem usadas, necessitariam de um gerador de vapor dedicado.
FOTO: Bill Sweetman/Aviation Week
NOTA do BLOG: Os indianos estão recebendo consultoria técnica do estaleiro italiano Fincantieri desde 2004, construtor do Cavour da Marinha Italiana.
É um exemplo para nós, brasileiros. Está havendo transferência de tecnologia por parte de alguém ou o projeto é genuinamente indiano?
Qual a possibilidade de comprarmos este projeto para produzir, aqui no Brasil, dois desses navios? Acho que a India teria grande interesse em ter um parceiro do porte do Brasil nesta empreitada.
São 2 LM-2500 por eixo, 4 no total.
E outros paises continuam fazendo a sua parte.
Sds a todos.
G-LOC
Verdade,com algumas modificaçoes foi testado sim e com sucesso, embora com sua capacidade um tanto quanto diminuida quando comparadoao modelo tradicional.
Confundi com o S-3 Viking, este sim, nao teve sucesso.
abraços
ae se brincar vai ficar pronto antes do vikramaditya
abraços a tds
A situaçao da India é bem diferente da nossa. O Paquistao é um eterno adversario e a China está logo ali em cima.
Ou seja, a necessidade os força a investir muito em defesa, até em detrimento de outras coisas necessarias.
Nós nao temos adversarios, e mesmo aqueles vizinhos mais problematicos nao tem condiçoes de sustentar uma guerra contra nós.
Defesa nao será uma prioridade para nós tao cedo.
sds
Catapulta não pode ser avariada (amassada pelo peso talvez?). Pode ser danificada em combate.
O E-2 da US Navy já foi testado em Ski Jump junto com o F-14 e o F-18.
Aos mais entendidos vai a pergunta.
Qual as vantagens e desvantagens do sky-jump em relação ao sistema de catapulta?
O que eu pude concluir de cara foi o seguinte.
Catapulta:
– Tendo 4 catapultas, mesmo com 1/2/3 avariada(s) o CV continua combativo
– Sistema mais complexo, maior manutenção.
Sky-jump:
– Uma vez avariada o navio não pode lançar mais aviões.
– Simples, (acho) manutenção nula, acho que apenas aquela varreduta pra tirar objetos estranhos da pista.
Tulio… complementando o que vc escreveu: Catapultas permitem que a aeronave seja lançada com uma maior capacidade de armas e combustivel, o que é limitado no uso do ski jump. Também nao é qualquer aviao que pode decolar de um skijump, e nao é apenas uma questao de peso, mas também da aerodinamica da aeronave , por exemplo, um E2C Hawkeye que a marinha americana utiliza como alerta aereo antecipado nao pode decolar do skijump. Voce esta certo quanto aos problemas de manutençao de uma catapulta a vapor, e além do mais elas ocupam muito espaço,principalmente as usadas pelos americanos… Read more »
A India pretende ter 3 NAE. Creio que está de excelente tamanho. Sempre sonhei com a MB equipada com 3 ou 4 NAE de 40 à 60 mil tons. Alem de 8 escoltas para cada grupo de batalha, claro, baseado nos NAE. Mas como sonhar ou querer não é o mesmo que poder, então, digo aleluia ao que a MB possui, e principalmente, consegue manter e operar.
A India, ao contrario de nós, esta cercada com vizinhos problemáticos, principalmente China e Paquistão. O segundo, nem se fala, pois desde 1947 que se estranham por causa da Caxemira.
abraços.
E qual seria a utilidade de ser ter os dois (Ski-Jump e Catapultas) no mesmo porta-aviões?
Vi alguns projetos russos com essa combinação.
RJ
Verdade, e o objetivo seria extrair o melhor dos dois sistemas.
Para lançar avioes com pouca carga, para defesa da frota,por exemplo, usa-se o ski jump, avioes pesados para ataque ou outros tipos, a catapulta.
Com o ski jump vc pode ter menos catapultas e consequentemente maior economia de manutençao, gerar menos vapor, ter menos tripulantes envolvidos, etc.
sds