RIO – O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, defendeu ontem a Estratégia Nacional de Defesa das críticas feitas por generais em um documento apresentado anteontem na reunião do Alto Comando do Exército. Embora tenha dito que só teve conhecimento da carta assinada por três integrantes da alta cúpula do Exército por meio da imprensa, Moura Neto discordou e classificou o plano como um “alento” para os militares. Para o comandante da Marinha, ao contrário do que argumentam os generais, não faltou consenso para a aprovação do plano, que, segundo ele, “foi exaustivamente discutido” com as três Forças Armadas.
“Esse documento (o plano) não foi feito à revelia (dos militares). Foi feito com a participação das três Forças, que discutiram muito e houve grandes mudanças desde o primeiro documento até o definitivo”, disse Moura Neto, durante a apresentação do novo navio hidro-oceanográfico da Marinha, no Rio.
O comandante refutou a ideia de que o plano nacional de defesa tenha sido imposto pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos). “Absolutamente não. Isso foi feito num grupo de trabalho. Tudo foi muito discutido no âmbito das Forças Armadas”, afirmou.

FONTE: O Estado de S. Paulo.

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