Comandante da Marinha defende END
RIO – O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, defendeu ontem a Estratégia Nacional de Defesa das críticas feitas por generais em um documento apresentado anteontem na reunião do Alto Comando do Exército. Embora tenha dito que só teve conhecimento da carta assinada por três integrantes da alta cúpula do Exército por meio da imprensa, Moura Neto discordou e classificou o plano como um “alento” para os militares. Para o comandante da Marinha, ao contrário do que argumentam os generais, não faltou consenso para a aprovação do plano, que, segundo ele, “foi exaustivamente discutido” com as três Forças Armadas.
“Esse documento (o plano) não foi feito à revelia (dos militares). Foi feito com a participação das três Forças, que discutiram muito e houve grandes mudanças desde o primeiro documento até o definitivo”, disse Moura Neto, durante a apresentação do novo navio hidro-oceanográfico da Marinha, no Rio.
O comandante refutou a ideia de que o plano nacional de defesa tenha sido imposto pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos). “Absolutamente não. Isso foi feito num grupo de trabalho. Tudo foi muito discutido no âmbito das Forças Armadas”, afirmou.
FONTE: O Estado de S. Paulo.
O que o comentarista Molleri destacou merece discussão. Neste blog, houve, no lançamento da END, vários comentários sugerindo que o texto estaria carecendo do jargão mais aceitável em sua parte militar (Defesa não é só FFAA). O comandante da marinha disse que a END foi exaustivamente discutida, o que não impediria o “manda quem pode, obedece quem tem juizo”. A própria MB é pródiga em dar 51% dos votos ao chefe. Falando em números, se usássemos o “critério” da Daily Telegraph de 24/09/08, a MB poderia ficar numa situação mais constrangedora do que a apontada para o EB. Em artigo,… Read more »
Pessoal O END foi desenvolvido com a ajuda das três força o problema é que no EB existe um general para cada 1257 militares um numero maior do que paises em guerra como Israel, EUA e Inglaterra e alguns deles cheram lá por politicagem como é tipico de países da AL, não estou dizendo que não temos bons generais no EB mais tambem acredito que seria ingenuidade não observarmos estes pontos. Em breve devera ser divulgado os planos do END para o EB afinal nos sabemos que com relação a este ramo as coisas não ocorrem da noite para o… Read more »
“Não me venham com a problemática, que eu tenho a solucionática”
Rei Dadá.
Roberto CR, concordo contigo: a imprensa brasileira adora uma crise, em todos os aspectos. Mas, acho também que faltou um pouco de sensibilidade política por parte dos generais que criticaram abertamente o END. Acho que faltou um pouco de malícia a eles. Ao que tudo indica eles estavam cobrando mais atenção do MD para o EB…mas existem outros meios de se fazer isso…acho que foi um tiro errado este aí. O motivo até pode se justo, mas a maneira de se fazer a cobrança foi equivocada ao meu ver. Até agora não me convenci das críticas feitas por eles, mas… Read more »
Nos meus tempos de bancos escolares, os trechos acima apresentados pelo amigo Molleri, chamavam-se “enrolação” ou “empulhação” por falta de matéria a ser dada, má vontade ou incompetência mesmo do professor.
A pensar…
Essa END tá parecendo até a influência do carbeto metálico na sinterização do carbeto de boro por prensa a quente. Alguem consegue entender ou extrair algo de concreto ?
É muito RADICALISMO retórico e pouca ação.
Ao Baschera em 05 Mar, 2009 às 20:47 “Mas é o fato de o Ministério da Defesa passar a coordenar as compras estratégicas, formular o orçamento e articular a criação de um Estado-Maior Conjunto das três forças que está na origem da atual crise.” Oportuna a reportagem, mas tenho uma pergunta com relação ao trecho que destaquei acima: QUE CRISE? As FA estão brigando claramente entre si? É unânime, se existe, à rejeição por parte dos militares ao END e ao MD? Existe projeto para o futuro das FA que não foram discutidos com os militares? O Ronaldinho vai continuar… Read more »
Dez anos depois, Exército resiste à Pasta da Defesa. Valor Online, quinta-feira, 5 de março de 2009 Raymundo Costa, de Brasília No ano de seu décimo aniversário, a ser completado em 10 de junho, o Ministério da Defesa voltou a ter sua criação contestada, especialmente por setores do Exército mais ligados à linha dura do regime militar. O pano de fundo da disputa atual é a tentativa de imposição do poder civil sobre as Forças Armadas, o que não ocorreu nesses dez anos. Desde 1995, seis ministros ocuparam a Pasta da Defesa – ou seja, o cargo foi ocupado por… Read more »
Trechos extraídos do documento: “Em segundo lugar, cada combatente deve dispor de tecnologias e de conhecimentos que permitam radicalizar, em qualquer teatro de operações, terrestre ou marítimo, o imperativo de mobilidade.” “O desdobramento final dessa trajetória é esmaecer o contraste entre forças convencionais e não-convencionais, não em relação aos armamentos com que cada uma delas possa contar, senão no radicalismo com que ambas praticam o conceito de flexibilidade.” “Por outro lado, a maneira de interpretar e de efetuar o imperativo da elasticidade revela o desdobramento mais radical da flexibilidade.” “Formulará doutrina sobre a interação entre os veículos tripulados e não… Read more »