Shivalik

A Marinha da Índia está prestes a iniciar os testes de mar da primeira das três unidades da classe Shivalik (foto acima). Estava, pois o governo dos EUA acaba de suspender o envio das turbinas GE LM-2500 para a Índia. Não é nada contra a Índia, mas sim uma reavaliação da administração Obama em relação aos laços militares dos EUA com diferentes países.

Este seria o primeiro navio de guerra da Índia a ser equipado com turbinas de origem norte-americana. Isso não poderia vir numa hora pior para a Índia. Além da INS Shivalik, o estaleiro Mazagon Docks (MDL) constroi outras duas unidades da classe (INS Satpura e INS Sahyadri) que, em breve, também estarão realizando provas de mar.

Mas isto não é só. O novo NAe indiano, ainda em construção, também foi projetado para utilizar turbinas LM-2500. Segundo informações da GE, fornecidas ao estaleiro indiano, este “embrólio” levará pelo menos três meses.

A Índia procura por solução no curto prazo e já contatou a Fiat Avio na Itália para viabilizar e entrega de duas turbinas LM-2500. O objetivo do MDL é iniciar as provas de mar em um ou dois meses.

Depois de anos de desconfiança mútua, a Índia finalmente acertou um contrato bilionário com a Boeing para o fornecimento de oito aeronaves P-8I Poseidon. Contratos como este e eventuais futuros contratos serão reavaliados pelos indianos, que não estão acostumados com cláusulas de usuário final (End-Use Monitoring Agreement), comumente impostas pelo governo dos EUA.

FOTO: Ajai

FONTE: Times of India

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Wolfpack

Este tipo de ação do Governo Americano deve ser acompanhado de perto pelo MD e pela FAB no FX2, pois algo parecido pode ocorrer no futuro, não agora na abertura dos champagnes mas em 2014.

Edilson

E tem gente sonhando com o F18 e tralalá…

claudio alfonso

Eles SEMPRE fazem isso. Não são nem um pouco confiáveis

gregory

Os americanos vao fazer o mesmo caso o Brasil compre o F-18. Vão se negar a passar alguma coisa combinada e o Brasil vai chiar mas vai fazer o que? Vai ficar quietinho, infelizmente.

Samuel

São essas reavaliações, que não tem nada contra ninguem, que tornam os estadunidenses os piores candidatos a uma parceria tecnológica. Brincadeira!!!
Acho que o sonho de desbancar os russos no mercado indiano foram para o brejo.
Isso pode resultar num folego para a Mig-35. Os modelos estadnidenses seriam bons competidores. Os delas europeus t~êm preços muito elevados e não estão na categoria que se possam chamar leves.

Ulisses

Vocês tem de levar em conta que o FX2 é uma parceria estratégica de longo prazo,se os americanos cortaram as turbinas é porque isto não é nem uma parceria nem de médio prazo.

carlos augusto

Sr. Ulisses sempre a favor dos americanos.

Ulisses

Carlos Augusto

Você por acaso me conhece?Você por acaso ja conversou comigo?
Você por acaso ja me viu com exessão desta vez defender americanos?

Não

Não sou pró americano,sou BRASILEIRO.

Então se recolha a sua insignificância e falta de moral e da próxima vez venha tirar minha razão com exemplos e não com blablabla

O senhor é um FANFARRÃO

carlos augusto

A parceria que os EUA estão fazendo na índia é para a venda de 126 caças F18, se eles fizeram isso com os indianos que vão comprar 126 caça imagina o que eles não vão fazer com o Brasil que esta querendo comprar apenas 36.
Acorda meus amigos.
Abs. Carlos Augusto

RJ

De qualquer forma, negaram um equipamento que já estava previamente autorizado…

E repito mais uma vez: o que o Brasil tem a oferecer aos EUA na parceria do F-18 (além do dinheiro do pagamento)?

Neste caso, nada impediria os EUA de fazer conosco o que estão fazendo com a Índia.

Mauricio R.

“Não é nada contra a Índia, mas sim uma reavaliação da administração Obama em relação aos laços militares dos EUA com diferentes países.”

Atenção ao parágrafo!!!

J Roberto

Dá prá confiar num país desse…?
Na 1º vez que a India vai utilizar uma turbina norte-americana acontece isso? O cliente já perde o “T” na hora!

Abrivio

Pois é, estou a meses falando isso aqui e falam que eu sou anti isso ou pró aquilo.

Repito: essa é a política de estado americana. Vetam antes ou vendem com restrições ou descumprem o contrato.

Já fizeram isso conosco inúmeras vezes.

Equipamento americano só em condições com custo-benefício excelentes, numa concorrência parelha como o FX, nem pensar.

Imagine: anos construindo uma escolta para na hora H ouvir “Estamos repensando…”.

Abrivio

Ulisses, Justamente essa “parceria” de longo prazo que torna o negócio mais perigoso. Se fosse entregar e pagar era melhor. No meio do contrato, o governo muda ou altera sua política, e aí? O que é que se vai fazer com tudo que já se investiu? Eles fazem isso a 30 anos com o Brasil, por isso os militares evitam equipamento americano. Tirando o Sivam, neste tempo, qual o contrato de grande porte com euipamento novo assinado com os americanos? Na entrevista do carinha da Boeing, ele mesmo disse: “temos que superar 30 anos de desconfiança…”. E ainda, por que… Read more »

brazilwolfpack

Ha!!! E ainda tem os que ficam puxando o saco dos americanos,e falando mal dos russos. O que fizeram com a India e um descaro,os deixaram na mao. Como se disse acima,o que pode esperar o Brasil,se chega o comprar os miseros 36 F-18? Que cheguem sem radares ou misseis? Ja ta na hora de parar com essa besteira de apostar todas as fichas nos EUA. Devemos procurar o melhor para o BRASIL,seja com a Russia,Franca,ou sei la. Ou ja se esqueceram do que aconteceu com a Argentina nas Malvinas? E a Doutrina Monroe? Ficou aonde? Pelo que leio aqui… Read more »

Edilson

No Lm, no Hornet, no nada…
estes indianos não aprendem, aidn abem que nós Brasileiros somos mais inteligentes e nunca caimos no conto do vigário, ou seria vigarista????

Clêuber

Valeu, brazilwolfpack. Antes de qualquer coisa quando formos emitir uma opinião temos de ser HOMENS para assumi-la!Muitos aqui já me criticaram por defender posições contrárias aos EUA e volto a repetir:se o Brasil for de F-18 vai se lascar 100%.Os EUA são um bando de sanguessugas e que certamente estão pensando, vou pegar os otários mais uma vez!Lembrem-se só do caso do SIVAM onde está a transferência de tecnologia??????Nos ferramos!!!!!Vejam casos pelo mundo a fora em que os EUA fazem negócios desse calibre:vendem mísseis que ficaram estocados em base americanas, vendem caças e se negam a entregar os mísseis, sempre… Read more »

jose adelino

Estão se esquecendo que a Russia tambem esta dando uma dor de cabeça pra India com o Porta aviões deles…custos e mais custos. Depender de tecnologia externa é sempre assim, né.

Alexandre J.Augusto

Essa noticia deixa o Hornet no final da fila. Os americanos não são confiaveis.Mas é bom lembrar, que os gregos tambem tiveram problemas com os franceses, quando compraram os Mirages 2000.Parece que eles compraram uma coisa e os franceses estavam empurrando outra.
Se algem no blog tiver informações de como esse caso foi resolvido, por favor postar.

Abraços

Clêuber

Realmente Jose Adelino, mas diferentemente do EUA a india e a China tem suas bases de tecnologia militar desenvolvidas com tecnologia Russa e inclusive com diversos programas sendo desenvlovidos em conjunto como o pak fa t-50 e o missío anti-navio Brahmos e varios outros projetos.Portanto a Índia já colheu muitos bons frutos!E nós que frutos colhemos dos EUA?
Abraços

brazilwolfpack

Cleuber,nos colhemos o temivel F-5 “modernizado” e,como dissestes, o SIVAM sem transferencia. Realmente,a China e India compram equipamento e utilizam tecnologia russa,partindo dai para a producao dos deus proprios materiais belicos de alta tecnologia. Um bom exemplo e a versao chinesa do S-300,um dos sistemas anti-aereos mais eficazes em existencia. Mas claro,quando a materia saiu aqui no blog no outro dia,foi ridicularizado como copia pirata que brevemente estaria a venda no Paraguay,e que o S-300,claro, nao presta. Enquanto isso a India construi um imenso e moderno Nae em parceria com a Russia. No Brasil,artilharia anti-aerea praticamente nao existe,e a MB… Read more »

Ulisses

Abrivio

Bom,vc tem razão.muito estranho mesmo…

sds!

marlos barcelos

vão confiando nos americanos vão….

Dalton

brazilwolfpack, escreveu que há muita parcialidade a favor dos gringos no blog…onde?

Cerca de dez pessoas diferentes comentaram até o momento e todas declararam-se anti-americanas, algumas mais evidentemente que outras mas o resultado final é claro.

Nao vejo problema nenhum quanto a isso…ao menos nao vejo mais, cada um é livre para acreditar no que quiser, mas, do jeito que alguns escrevem, voces parecem ser a minoria aqui e nao sao.

abraços

Douglas

Pior foi a França negar a Israel os Mirage III, quando Israel estava iminencia de uma invasão.

nunca mais entrou produto frances em Israel.

A França também escorregou na questão das turbinas de avião e Scorpenes com a India, no quesito transferencia tecnológica. Isso foi matéria aqui no blog.

Na área de defesa essas rusgas sempre irão ocorrer.

Não tem essa de “bonzinho X mauzinho”.

marlos barcelos

Douglas

Israel venceu uma guerra somente com mirages III, como a frança negou os mirages?

Samuel

O que osorreu foi que a França após a entrega de vários MirageIII decidiu boicotar Israel, sobretudo as peças para o motor. Resultado Israel fez uma cópia do mesmo avião, com o motor do F-4, J79 se nõ me engano.

brazilwolfpack

Para os adeptos do blog,olhem este jogo;demonstra a futilidade de um sistema anti-misseis…
http://armorgames.com/play/422/mad-mutually-assured-destruction

xerxes

bem também acho que o país deveria continuar sem comprar equipamento made in usa, é melhor aturarmos os franceses, mesmo com os problemas de logística e cumprimento de prazos

Rodrigo

Samuel, espera, não foi bem assim.
A França parou de vender armas para Israel e também mais tarde para a Àfrica do Sul por causa do embargo da ONU, não por vontade própria.

Alexandre J.Augusto

Marlos, se você me permite responder.

Foi na Guerra dos 6 dias de 1967 (que Israel utilizou o Mirage III), a França cortou o fornecimento de armas para Israel e deixou de entregar um lote de Mirage 5 entre outros armanentos adquiridos por Israel.Apos a guerra, Israel conseguiu (na Suiça) o projeto de fabricação do Mirage III e passou a fabricar o Nesher/Dagger (cópia do MirageIII)que posteriormente evoluiu para o Kfir.

Abraços

walfredo

Creio que para cada centavo investido em compras lá fora, outro tem que ser gasto em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Mais, a pesquisa, desenvolvimento e produção deve ser realizada dentro das tuais unidades militares, pelos próprios militares. Parte do pessoal que faz a manutenção dos atuais equipamentos pode ser redirecionado para a produção de novas armas. Com os 27 bilhões que seram gastos (17 bilhões na marinha e 10 bilhões na aeronáutica) poderíamos construir forças com tecnologia própria. Basta copiar e melhorar, como todos fazem.