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A Northrop Grumman e a Marinha dos EUA juntaram forças a bordo do mais novo navio de assalto anfíbio Makin Island (LHD 8), para concluir com êxito os testes de aceitação no Golfo do México. O navio é o oitavo da classe “Wasp” (LHD 1) de assalto anfíbio, construído pela empresa em suas instalações de Pascagoula, Mississippi.
Durante os testes de mar, o Makin Island realizou todas as evoluções solicitadas pelo Comissão de vistoria e inspeção (INSURV). O navio provou o funcionamento bem-sucedido de suas turbinas a gás e motores elétricos, que nunca tinham sido utilizados em navios de assalto anfíbio. O novo sistema de propulsão híbrida substituiu a tradicional propulsão a vapor usada nos navios anteriores da classe, proporcionando significativa economia no ciclo de vida em recursos humanos e custos de manutenção, ao longo da vida útil dos navios.
O Makin Island desloca 42.800t, tem 257m de comprimento e 32 metros de boca. é 844 metros de comprimento e 106 pés de largura e pesa 42800 toneladas. O seu sistema de propulsão híbrida de 70.000 cavalos podem conduzir o navio a velocidades superiores a 20 nós. O navio de assalto anfíbio se destina ao transporte de uma Unidade Expedicionária dos Marines (cerca de 2.000 fuzileiros navais), efetuando o desembarque deles em terra por helicóptero, embarcações de desembarque e veículos de assalto anfíbio.
Makin Island tem também como missão secundária o controle do mar e a projeção de poder com helicópteros e aeronaves de asa fixa de decolagem curta e pouso vertical; o navio pode também ser utilizado em missões de apoio humanitário, pois possui um hospital com seis salas de cirurgia. O LHD 8 deve ser comissionado em San Diego, em Outubro de 2009.

lhd8-2

NOTA DO BLOG: Se a Estratégia Nacional de Defesa for levada adiante pelos futuros Governos brasileiros, essa é uma das classes de navios adequada ao conceito de navios de propósitos múltiplos, proposto na END. Um navio deste tipo poderia transportar uma força de fuzileiros navais para qualquer área de interesse do Brasil e ainda prover o apoio aéreo às nossas forças navais.

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Bosco

Duas coisas interessantes sobre esse navios é a insistência do uso de lançadores de mísseis conteiráveis Mk29 para o SeaSparrow/ESSM e a não utilização de uma rampa ski-jump. Um outro problema relativo à classe quando for cumprir missões “alternativas” como o controle de área marinha é não ter uma aeronave com capacidade AEW. As opções seriam introduzir um helicóptero de AEW a exemplo da Marinha Real ou fazer uma versão do V-22 dotado de radar. Outra opção que foi aventada na década de 80 era a utilização de dirigíveis AEW com grande autonomia (semanas) e que acompanhariam esses navios, podendo… Read more »

Bosco

Voltando a viajar na maionese…
Uma outra opção poderia ser o uso de balões cativos como os que estão sendo desenvolvidos para o US Army. Esses balões podem ser posicionados a altitudes de até 3000 metros ou mais, o que já ampliaria o horizonte radar em umas 4 X pelo menos.
E com a tecnologia atual, se fossem usados os dirigíveis como pensado na década de 80, eles poderiam ser “não tripulados”, o que ampliaria sua autonomia.
Agora eu vou mesmo.

Bosco

Correção: controle de área “MARÍTIMA”, e não, “marinha”.

Marine

Sempre achei um navio desse tipo (LHD) muito mais necessario e flexivel para a MB do que um NAe tradicional como o Sao Paulo.

SF!

Marcos T.

Acho que esse tipo de navio ta com os dias contados.
Os navios multi missão e de apoio logistico tem mais futuro

Coralsea

E o próximo navio de assalto anfíbio já está em construção:
USS America LHD 6

Dalton

Coral Sea,

nao seria o LHA 6 ?

abraços

CorsarioDF

Concordo com os colegas, com algumas modificações seria muito mais útil e importante que o Opalão, apesar de esse último não servir nem para se fazer uma “festinha” pro molusco…

Sds.

Dalton

Bosco…

só um complemento a sua maionese. Os LHAs nao foram projetados para operar sozinhos em um ambiente de grande risco.

Seguindo a estrategia atual, um LHD/LHA sempre opera proximo, ou relativamente proximo do porta-avioes, portanto terao cobertura AEW.

Tambem nao entendo muito a justificativa de nao incorporar um ski jump, alegam que tira espaço para operaçoes de helicopteros, já que sera o unico meio de levar os fuzileiros a terra, e portanto os helicopteros serao vitais e normalmente serao embarcados.

abraços

Marine

Uma vez que os Ospreys e o EFV estejam completamente incorporados a “Fleet Marine Force” esses navios terao sua “survivability” ampliadas ainda mais em Op. Anfibias alem do horizonte.

Sds!

Coralsea

Oi Dalton!

Você está certo…LHA 6….pensei uma coisa e escreví outra!
Abs; CV 43

Storm

Não entendo nada de navio, mas esse é muito bonito !!!

Agora o que são aquelas partes adjacentes nas laterais tanto direita como esquerda, são os elevadores de aeronaves ???

Dalton

Voce está certo Storm.

Sao elevadores de aeronaves, laterais, assim nao ocupam espaço precioso no hangar.

abraços

J Roberto

É um belo navio de assalto anfíbio.

Outras características da LHD 8, incluem uma central para controlar as máquinas utilizando fibra óptica, adaptadas para sistemas de comunicações, incluindo tele-medicina, modificações estruturais necessárias para o serviço de acolhimento de inclinação dos rotores das aeronaves MV-22 Osprey (comentado pelo Bosco) e de auto-defesa, incluindo as melhorias SSDS Mk 2 Mod 3A (sistema de controle unificado de combate) armas Phalanx Block 1B , RIM-116b RAM (mísseis de curto alcance), e mísseis RIM-162 (Evolved Sea Sparrow).

sds.

Bosco

Francisco, na década de 70/80 esses navios foram testados como “navios de controle de área marítima” (Sea Control Ship). A classe Wasp inclusive, se não me falha a memória, possui um centro de operações de combate apto a lidar com ASW e com o controle aéreo, e suas “oficinas” possuem capacidade de manutenção dos SH-60B (?). Esses navios seriam usados nessa função para escoltar comboios ou em regiões de baixo risco e teriam sua ala aérea modificada para levar maior número de AV-8 e helicópteros ASW. Eu acho que a não inclusão de uma ski jump é mais devido a… Read more »

Bosco

Sei que sou pretensioso em achar algo para a US Navy, mas como o Dalton já “falou” temos mais é que fazer elucubrações. rsrs….

Bosco

Na minha ignorância eu achava que a classe Wasp era uma evolução da classe Tarawa já que possibilita a operação do V-22 e dos LCAC.
Me causou estranheza a construção de um novo LHA.
Com a palavra “meus colegas” para dirimir minha dúvidas.

Mahan

Acho que eles são projetados e capacitados a fornecer apoio aéreo não para as forças navais mas sim para a unidade expedicionária de fuzileiros navais. Por isso que estou de acordo com os que criticam a END pelo seu aspecto irreal e contra-doutrinário, ou seja, coisa de amadores.

Bosco

Quando digo que a função dos LHA e LHD deveriam ser repensadas não quero dizer que eles deixem de operar na função primária de assalto anfíbio, mas sim que em determinadas circunstâncias os mesmos possam operar como um SCS (navio de controle marítimo) e junto com suas escoltas prescindirem de um NAe, operando como o núcleo de um grupo tarefa. Com seus radares 3D, seu centro de combate, sua capacidade em operar os futuros F-35B e os MH-60R, seus mísseis de defesa de área curta, etc, eles teriam seu potencial subutilizado se não fosse feito. O “Calcanhar de Aquiles” seria… Read more »

Bosco

Correção:
no meu comentário das 18:56 eu me referi ao SH-60B, mas na verdade é o SH-60F.

Marine

Bosco,

Esse uso que voce menciona ja esta sendo usado. Sera que voce tem algo em mente como os ESGs (Expeditionary Strike Groups)? Ou seria mais como se tem feito recentemente em que ate navios anfibios tem sido usados as vezes sozinhos para controlar certas linhas maritimas em operacoes anti-pirataria e anti-terrorista?

Abracos!

Dalton

Oi Bosco, acabei de deixar uma nota para vc no outro post quanto a sua duvida, na minha opiniao essa estoria de LHD e LHA é só para confundir , pois no fundo sao a mesma coisa, transportam helicopteros, avioes como o Harrier, embarcaçoes anfibias, tropas e equipamento. Mas os LHA estao saindo de serviço e precisam substitutos portanto deve ter uma razao politica talvez para manter a denominaçao. Só que este novo LHA, o USS America e seus irmaos, talvez mais 3 nao possuem o well deck, aquele poço onde sao estocadas as embarcaçoes anfibias. Estive a bordo de… Read more »

Bosco

Francisco e Dalton, o meu comentário das 18:56 eram relativo a um comentário do Dalton e não ao Francisco. Fiz confusão! Um abraço aos dois. Marine, é a isso mesmo que me referia e não sabia que eles estavam sendo usados rotineiramente nessa função. Eu sabia que os LHDs e os LHAs podiam receber mais AV-8B para aumentarem a sua capacidade de prover apoio de fogo, mas não que operavam na função de “controle marítimo” como mencionou. Um abraço. Dalton, entendi perfeitamente seu comentário. Na verdade a classe LHA parece funcionar mais como um “porta-helicópteros” em relação à sua capacidade… Read more »

Bosco

Ou seja, a classe LHD (Wasp) não é uma evolução da classe LHA (Tarawa) e sim uma classe distinta.

Abrivio

Bosco, Em post anterior sobre a suposta perda de capacidade aeronaval da US Navy, comentei sobre a entrada em serviço do F-35B (muito mais capaz que o AV-8) que daria aos Wasp/Tarawa/America outra dimensão, apoiando os Super Naes, escoltando comboios ou até mesmo atuando como Naes de maneira isolada. Só tentando me meter na conversa: Não há nada que impeça uma versão AEW do Osprey, muito maiz eficaz que um helicóptero AEW (alcance, tempo no ar…). Os Wasp são claramente baseados nos Tarawa. “The Wasp class ship design was derived from the earlier Tarawa class design. Tarawa class ships have… Read more »

Bosco

Abrívio,
muito bem vindo o seu comentário.
Com certeza a entrada em operação do América e do F-35B será um “divisor de águas” para o USMC e mesmo para a USN.
Vamos esperar o que será feito em relação a prover esses “mini” NAes com uma plataforma AEW, que acho será inevitável e imprescindível.
Um abraço meu caro.

Mahan

Um Nae não seria uma unidade lutando ainda pelo controle de uma área em disputa contra forças inimigas, como fazer isto tendo embarcada, além de sua tripulação, centenas fuzileiros navais? Quantos homens poderiam ser feridos caso este navio fosse atingido? Lembram do desastre da guarda galesa? Ainda, imagino que LHA ou LHD, são muito mais vulneráveis que Nae, por causa das docas, não? Como NCAM até vai, mas o “porta-aviões misto” da END não dá para engolir!

Voluntário da Pátria

O LULA poderia pedir emprestado o BOXER ou o KEARSARGE para a festança petralha no pré-sal!!

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