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O submarino Tupi (IKL-209/1400) foi fotografado ontem no final da tarde pelo Marcelo “Ostra” Lopes. O Tupi participa da Operação ADEREX-I/09 e atua na oposição aos navios de superfície. Como o submarino é mais lento que os navios quando está em trânsito, ele parte com antecedência, para se posicionar para o ataque às unidades de superfície.

O Tupi, líder da classe de 5 submarinos com nomes de índio (e não de tribos, como se pensou inicialmente), foi construído na Alemanha pelo estaleiro Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW) e incorporado à Marinha em 1989. Os outros quatro submarinos da classe foram construídos no Brasil, com transferência de tecnologia alemã.
A incorporação destes submarinos representou um salto para a Marinha do Brasil, que passou a contar com modernos submarinos diesel-elétricos, de reduzida assinatura acústica (baixo nível de ruído), com capacidade de atingir altas velocidades em imersão (cerca de 20 nós), grande manobrabilidade e capazes de operar a grandes profundidades (aproximadamente 300m), equipados com sofisticados sensores e sistema de direção tiro integrado.

Os “Tupi” vão passar por uma modernização para troca do seu sistema de direção de tiro original, por um da Lockheed Martin e receberão novos torpedos americanos Mk.48, em substituição aos antigos Mk.24 Tigerfish ingleses.

Ficha Técnica do IKL-209/1400

Comprimento total 61,2m
Diâmetro do casco resistente 6,2m
Deslocamento 1.260t na superfície, 1.440t submerso
Propulsão Diesel-elétrica, com quatro motores diesel MTU 12V 493 AZ80 GA31L; 2.400hp; 4 alternadores; 1 motor elétrico Siemens, 4.600hp; 1 eixo
Velocidade 11 nós na superfície ou esnorqueando; 21.5 nós submerso
Profundidade máxima de operação 300 metros
Raio de ação 8.200 milhas a 8 nós na superfície, 400 milhas a 4 nós submerso sem esnorquel
Armamento 8 tubos lança-torpedos de 533mm (21 pol.); 16 torpedos Marconi Mk.24 Tigerfish Mod 1/2; guiado a fio; guiagem ativa até 13km (7 milhas) a 35 nós; guiagem passiva até 29km (15.7 milhas) a 24 nós; cabeça de guerra de 134kg.
Contramedidas ESM: Thomson-CSF DR-4000; alerta radar
Controle de armas Ferranti KAFS-A10, 2 periscópios Kollmorgen Mod.76
Radares Navegação: Thomson-CSF Calypso III ; Banda I
Sonares Atlas Elektronik CSU-83/1; busca e ataque passivo/ativo, média freqüência
Autonomia 50 dias
Material do casco resistente Aço HY-80
Tripulação 7 oficiais e 29 praças

FOTOS: Marcelo “Ostra” Lopes

NOTA do BLOG: Foi justamente um IKL-209, o ARA San Luis, de 1.200t, da Armada Argentina, que deu muito trabalho à Marinha Real Britânica, durante toda a Guerra das Malvinas.

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