Navio Polar Almirante Maximiano chega finalmente ao Rio de Janeiro
O Navio Polar Almirante Maximiano, adquirido recentemente pela Marinha do Brasil, chegou ontem ao Rio de Janeiro, quando participou de um Desfile Naval nas águas da Baía de Guanabara.
O navio foi adquirido por decisão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após visita à Estação Antártica Comandante Ferraz, em fevereiro de 2008, e será empregado, prioritariamente, em apoio aos projetos científicos do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), podendo ser utilizado na coleta de dados hidroceanográficos destinados ao aprimoramento das previsões meteorológicas e oceanográficas, bem como da cartografia náutica.
Diversos meios navais da Marinha do Brasil participaram do evento, estando embarcados na Fragata Liberal o Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Alvaro Luiz Pinto, o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Marcus Vinicius Oliveira dos Santos e o Comandante-em-Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Fernando Eduardo Studart Wiemer.
Ao chegar em Niterói, onde o navio ficará atracado, o seu Comandante, Capitão-de-Mar-e-Guerra Sérgio Ricardo Segovia recebeu, a bordo, o Diretor de Hidrografia e Navegação (DHN), Vice-Almirante Luiz Fernando Palmer Fonseca.
O “Almirante Maximiano” será operado e mantido pela DHN, por intermédio do Grupamento de Navios Hidroceanográficos (GNHo), com a supervisão técnico-científica do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).
Homenagem
O nome Almirante Maximiano é uma homenagem ao insigne Almirante-de-Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca que, como Comandante da Marinha, ao adquirir o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé (1982 – Ex Thala Dan), abriu o caminho para a presença do Brasil na Antártica, permitindo a realização da Primeira Expedição Antártica Brasileira e o estabelecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz. Esta estação, a partir de então, marca a presença de nosso país naquele Continente, na condição de membro do Tratado Antártico, e nos dá direito a voto nas decisões atinentes àquela região.
A aquisição
O navio foi adquirido por meio de convênio assinado em 2008 entre a Marinha, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP).
Histórico
Construído em 1974, no estaleiro Todd (EUA), foi comissionado como navio de apoio (Supply Vessel) às plataformas de petróleo no Mar do Norte e, posteriormente, em 1988, no estaleiro Aukra (Noruega), foi convertido em navio pesqueiro (Stern Factory/Processing Trawler), quando obras de grande vulto foram executadas, a ponto de ter sido preservada apenas a quilha como parte original, o que, segundo a Classificadora Lloyds Register, torna o ano de 1988, na prática, como o seu novo ano de construção.
FONTE: Marinha do Brasil