Comandante do ‘Belgrano’ faleceu esta semana

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bonzoEle entrou para a Armada Argentina em 1947. Serviu a bordo dos cruzadores La Argentina e 9 de Julio, do navio-escola Libertad e do quebra-gelo San Martín. Foram mais de 200.000 milhas navegadas. Mas nenhum outro fato ficou tão marcado na sua carreira como o dia 2 de maio de 1982.

Naquele fatídico dia, a bordo do cruzador ARA General Belgrano, o capitão-de-mar-e-guerra Héctor E. Bonzo foi obrigado a abandonar o seu navio após ser torpedeado pelo submarino nuclear HMS Conqueror . Da tripulação de mais de mil homens, 323 morreram. “Foram heróis” costumava dizer.

O afundamento do Belgrano é, até hoje, motivo de muita controvérsia. Mas na visão do comandante Bonzo o “afundamento do cruzador foi um ato de guerra e não um ato criminoso. Foi um ato lícito e uma ação lamentável. Crime é a guerra. Estávamos no ‘front’ e sofremos as consequências.”

Em 1987, Bonzo criou a Associação Amigos do cruzador General Belgrano. Além disso participou de dois livros: ”1093 tripulantes” e “323 heróis do Belgrano”. O primeiro deles foi escrito por ele mesmo e lançado no vigésimo aniversário do início do conflito. O segundo foi escrito por um grupo de sobrevivientes do Belgrano.

O comandante Bonzo faleceu esta semana em Buenos Aires, aos 76 anos. Bonzo era casado e tinha três filhas.

FOTO: El Clarín

NOTA DO BLOG: Leia a entrevista do comandante Bonzo ao jornal El Clarín, quando do aniversário dos 25 anos do conflito.

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