Luiz Gonzaga Lessa

Assisti à palestra do ministro Nelson Jobim no Clube Militar sobre a nova Estratégia Nacional de Defesa – END, tão comentada nos últimos tempos.

Foi desolador ouvir o titular da pasta, por quase 3 horas, desfiar objetivos, metas, prioridades, princípios que, longe de convencerem, despertaram inquietação e pasmo pelo seu alto conteúdo teórico, calcado em falsas premissas de democratização, subordinação do militar ao poder civil e sua efetiva retirada do processo político brasileiro, alheando-o das grandes decisões nacionais.

Desembaraçado, com bom domínio da platéia, o ministro dissecou a dita END, as suas origens e a metodologia que foi aplicada na sua elaboração, e ao longo da exposição ficou muito evidente a falta de consistência das idéias apresentadas, pelo total alheamento com a realidade do país, seja qual for o campo que se considere – político, diplomático, científico, econômico, psicossocial – estabelecendo metas tão absurdas e descompromissadas com o tempo que, por pouco, faltou prever a nossa ida á lua, à marte ou, quiçá, até mesmo ao sol, ao longo dos próximos 50, 100 ou 1000 anos.

O descomprometimento temporal, a não convergência com as condicionantes políticas brasileiras de não se prosseguir projetos de governos passados, a ausência de orçamento econômico-financeiro de longo prazo, o descompasso técnico-científico que vive o país com até mesmo grandes dificuldades de absorção de novas tecnologias, põem por terra as supostas benesses que possibilitariam transformar as Forças Armadas Brasileiras em efetiva e confiável máquina de guerra.

É difícil citar projetos que vingaram e se firmaram na Nação desafiando sucessivos governos, sendo o mais evidente de todos eles o da Petrobras. Nada garante que os futuros governos aceitem, como prioritárias, as premissas estatuídas na referida Estratégia e deem a ela prosseguimento ao longo dos próximos 50 anos. É pura utopia assim pensar.

Talvez alguma coisa dê frutos e, como princípios a seguir, foram bem colocados a transferência de tecnologia na aquisição dos diferentes materiais e o incentivo à indústria nacional de defesa.

Todavia, nenhuma palavra sequer foi dita com o intuito de reverter as atuais fragilidades das Forças Armadas, com carências de toda ordem, obsolescência dos seus equipamentos e armamentos, precariedade dos seus sistemas logísticos, limitações no adestramento e na qualificação dos seus quadros e muitas outras, pois, nesse caso, o ministro teria que sair das suas considerações essencialmente teóricas e fora da realidade para efetivamente. se engajar e o atual governo na alocação de vultosos recursos que possibilitariam reverter tão preocupante cenário que ameaça até mesmo a soberania do país.

É fácil, mas sem sentido, elaborar um documento de tal envergadura jogando para os futuros governos a responsabilidade da sua viabilização. Na realidade, é com “forças desarmadas” que dispõe o país para a sua defesa, incapazes de se oporem com razoável grau de sucesso a possíveis investidas inimigas, sejam elas de que origem for.

A responsabilidade por esse desastroso quadro é dos políticos, tem nome e sobrenome – poder civil- que vem governando o país por mais de 20 anos e que não atribui ao seu segmento militar as prioridades que ele necessita.

Se fosse uma estratégia séria, teria previsto metas e objetivos a serem atingidos ao longo do tempo, comprometendo orçamentos econômicos e financeiros realistas para alcançá-los, conferindo em primeira mão alta prioridade à reversão do atual e melancólico quadro em que as Forças Armadas se encontram.

Mas isso o ministro não poderia garantir, particularmente face à atual conjuntura econômica mundial. Por isso, esquivou-se.

De fato. o que temos presenciado é o corte nos orçamentos militares, a considerável redução nas despesas de custeio e de investimentos e no número de conscritos a serem incorporados. Essa é a realidade das Forças Armadas e não a ficção, o sonho quimérico, lunático, que o ministro pretendeu vender como uma verdade futura.

Considerar a Amazônia como área prioritária não constitui novidade. Há muito tempo assim o entendem as Forças Armadas, especialmente o Exército, quando nos últimos 20 anos para lá transferiu várias das suas brigadas. Mas é chocante confrontar-se os ditames da atual Estratégia com as enormes dificuldades com que civis e militares lá se defrontam. quando até mesmo as condicionantes básicas de vida estão muitas vezes ausentes nos pelotões de fronteira, onde, ainda hoje, são raridades a energia elétrica, o esgoto, a água tratada e encanada, as comunicações confiáveis etc.

Antes de sonhar com esse hipotético soldado do futuro, réplica crioula de um mimetizado “X-Man”, é preciso cuidar do soldado do presente, tão esquecido e desprezado nessa Estratégia.

Considerar que os problemas que envolvem a TI Raposa Serra do Sol não ameaçam à soberania do país e que, também, não são da alçada do Ministério da Defesa é um lastimável engano e uma grande decepção pela miopia da visão distorcida, pela não valorização da unidade nacional e pelo desconhecimento ou menosprezo das pressões
internacionais sobre a Amazônia.

Pobre das Forças Armadas que continuarão sendo iludidas por aqueles que sobre elas têm responsabilidade, prometendo-lhes mundos e fundos que nunca virão, tônica presente em todos os últimos governos, a despeito da lealdade, competência e eficiência com que vêm servindo a Nação!

Infelizmente, e o futuro dirá, a Estratégia Nacional de Defesa é mais um engodo, mais um desvario megalomaníaco, um documento para “inglês ver” e do qual não sairão Forças Armadas efetivamente dotadas de poder combativo capaz de respaldar o país na defesa dos seus mais altos interesses.
_________________________

LUIZ GONZAGA S. LESSA é general, comandou o Exército na Amazônia e presidiu o Clube Militar.

FONTE: http://pracadarmas.zip.net/

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Henrique

País que fala muito, faz muita propaganda, na realidade não faz nada!
Realmente não adiante nenhuma END se não houver provisões orçamentárias (atuais e futuras) para colocá-la em prática e isto também aliado às mudanças de governos que nunca seguem um padrão de trabalho, sempre desfazendo o que os antecessores fizeram.
Não gostos dos Americanos mas os respeito, com crise ou sem crise mantém sua máquina de defesa (e principalmente ataque) em dia não dando margem pra ninguém (nem seus vizinhos) mostrarem as garras enquanto aqui, se bobear, até Itaipu o Brasil dará de mão beijada pro Paraguai.
Abraços.

Bosco

Agora com a palavra os que taxam de “vira latas” os que duvidam da boa vontade da classe dominante (“política”, diga-se de passagem) e da sua justeza de propósitos. Também com a palavra os que vêem os EUA como uma nação maldita. Se não fosse nações como os EUA por exemplo, que forjam homens compromissados com o futuro, mesmo que a princípio o façam em nome de seus respectivos países e cometam “excessos” pelo caminho, a civilização ainda estaria no mínimo 50 atrasada no campo científico, tecnológico e até mesmo moral. Nunca me iludi com as metas fantasiosas colocadas por… Read more »

Marcos T.

Sinceramente, quando li o texto do General, senti vontade de chorar, não sei se de raiva, de decepção ou desilusão mesmo.
Me pergunto, que tipo de país estamos construindo? Que tipo de povo nós somos?

“…Acorda ó gigante… …e ergue da justiça clava forte…”

molleri

Só uma observação: o texto “The END” no título não faz parte do artigo do general e sim do título do post no meu site.

do contra

a estratégia diz tudo: The end!

Angelo

Eita choradeira viu!!!

Everson

Preciso me informar melhor, as vezes eu tenho a impressão que o Jobim está trabalhando na medida do possível….mas é só uma impressão…vou me informar melhor sobre a END e o Jobim para depois opinar…

João Manoel

Como diz a bandeirinha vermelha de propaganda, lá em cima desta pagina do blo, com inscrições em amarelo “compre nos EUA em 3x”, do Tio,… Isso já diz tudo sobre quem está por detrás do infeliz pronunciamento do General!
Sds

Esdras

No brasil os orgões tem a mania de escrever coisas bonitas apenas como aparencias, assim como a nossa constituição que é linda…….mas não cumprida.
Quando via essa tal END, logo pensei……esse é mais um documento para inglês ver, e que será irmã da constituição.

Documento precisam ser objetivos e não viagens que rodeiam o mundo inteiro para não dizer nada.
Basta uma pagina, dizendo como, quem, quando e definir todos os reposnáveis e numeros.

Esdras

Pedro

Realmente, não dá pra levar a sério um plano ou planejamento que não determina metas paupáveis, em períodos de tempo pré-determinados e que esquece de dispor dos recursos a serem dispendidos e da origem determinada desses. Se o END viesse acompanhado de Emenda Constitucional prevendo o percentual fixo de 8% do Orçamento da União às FAS, mais a proibição do contigenciamento de royalties ai teríamos um futuro, mas esse tal plano não preve nada! E se a Dilminha não decolar, ou o cinto dos “cumpanheiros” apertar a primeira coisa que vai pro beleléu é a Defesa. É mais uma piada… Read more »

molleri

Até a redação da END é impregnada de retórica esquerdóide. Quem quiser perder uns minutos em leitura do texto e comprovar é acessar http://pracadarmas.zip.net/arch2008-12-14_2008-12-20.html e verificar as boçalidades ali implantadas.

GERSON VICTORIO

Oh loco, que povo agourento!!!…ao que me parece o home(General) está bem rancoroso…não há dúvidas(pra quem leu)que a END tem algumas “coisas” meio fantasiosas…se serão efetivas um dia, eu não sei!…quem sabe não caiba a nós POVO BRASILEIRO tornarmos isso uma realidade…mas e aí, queremos ?

Hornet

Bem, eu não quero ser o estraga prazer dos descontentes do blog…mas procurei o currículo do General Lessa e descobri que ele trabalhou no gabinete do presidente Figueiredo e também do presidente Sarney… Isso me esclareceu essa parte de seu texto: “A responsabilidade por esse desastroso quadro é dos políticos, tem nome e sobrenome – poder civil- que vem governando o país por mais de 20 anos e que não atribui ao seu segmento militar as prioridades que ele necessita.” talvez ele tenha saudades da época em que o poder político era militar, ou fortemente influenciado pelos militares…suas críticas e… Read more »

Hornet

ops! “Uma hora eles entenderam” = uma hora eles entenderão

Fred

Hornet e demais colegas, Eu tenho a tendência a pensar que este General teve um rompante de saudosismo dos tempos de milicos no poder: “A responsabilidade por esse desastroso quadro é dos políticos, tem nome e sobrenome – poder civil- que vem governando o país por mais de 20 anos e que não atribui ao seu segmento militar as prioridades que ele necessita.” Quando ele atribui as mazelas dos colegas de farda ao “poder civil”, ele me deu a nítida impressão de que não é capaz de levar a sério um documento sobre estratégia de defesa que não foi escrito… Read more »

GustavoB

Hornet, obrigado por emprestar sua paciência e escrever sobre isso.

Só a acrescentar que nem na época da ditadura tivemos Forças Armadas de primeira, lembremo-nos que aqui se dançava conforme a música tocada pelo Grande Irmão do Norte.

Pedro

Hornet, nenhum plano ou idéia vai criar raizes no Brasil se não houver previsão orçamentária definida, se não tiver um cronograma básico. Nisso temos que concordar com o articulista, senão o Lula vai falar daqui a pouco: “colocaremos um brasileiro na Lua!”, O cidadão pergunta: Quando? Como? E o Lula: “Daqui entre 50 e 200 anos, com um orçamento caido do céu…”. Pra que se tenha um exemplo do que é plano de desenvolvimento, os EUA falaram nos idos de 1958-60: “Vamos botar um americano na lua nos próximos 10 anos, custe o que custar”. E isso foi feito. Isso… Read more »

Wilson Johann

Pelo que depreendi do texto, o genaral não contestou apenas o poder civil sobre as Formas Armadas, mas o “planejamento civil” nas questões de defesa e segurança nacional ao longo dos últimos 20 anos, e agora, em relação a END. No que ele está coberto de razão, pois um plano de defesa de longo prazo sem a garantia orçamentária, deixa o referido plano a descoberto, ao sabor dos interesses dos mandachuvas de plantão. Sem a garantia constitucional das verbas, esse plano não passa de um amontoado de palavras no papél, e papél aceita tudo. Esse general tirou as palavras da… Read more »

Hornet

Pedro, pelo o que me consta a dotação orçamentária para os projetos de reequipamento das FAs já existem e muitos já estão em andamento. O financiamento dos subs e dos helis já foram feitos, o investimento para o KC-390 (cerca de 3 bilhões) já está previsto no orçamento (tanto é que o contrato com a Embraer já foi assinado), a verba para o sub Nuc já está sendo repassada desde o ano passado, os demais projetos de modernização ou compra já possuem o contrato assinado…o Fx2 está dentro do prazo previsto e em nenhum momento cogitou-se o seu cancelamento (os… Read more »

Mirage

“Poder Civil” hehehehe

Quando tiveram a oportunidade de fazer esse pais avançar de fato não o fizeram. O dito “poder militar”

Marcandrey

Também senti um certo rancor ns palavras deste General, para é pura choradeira!!!!

joao terba

Eu apenas vou aguardar com paciência,estou apoiando o Jobim e o Mangabeira.abraço.

Noel

Hornet, creio que vc tá muito empolgado com esse plano, eu pessoalmente acho que ele é melhor do que o nada que nós tinhamos, porém faze-lo se concretizar… e achei vc foi muito duro no seu juizo sobre o General, pois ele apenas afirmou o que se comenta intra-muros, é obvio que nenhum militar da ativa, normalmente, não faria uma crítica direta ao END, além do que o desalento(Chico Buarque) na caserna é grande, e comprova-se na grande evasão de profissionais. Bom, contratos, mesmo assinados, necessariamente não tem aporte de recursos disponíveis para Empenho, dentro do cronograma previsto; é comum… Read more »

Ulisses

Hornet

Esse general é mais um saudosista da velha-guarda militar política.É incrível como um homem na patente dele é capaz de dizer tanta asneira.

Abraços.

Baschera

Lembro aos distintos colegas deste Blog, que, na verdade, quem faz, ou pelo menos deveria fazer, a política de defesa deste País, somos nós mesmos, cidadãos e cidadãs na hora do …… voto !! É isto mesmo….. mas lamentavelmente nada perguntamos, questionamos ou sequer nos preocupamos com o fato na hora e escolher os distintos políticos que nos representarão nas dias câmaras de representação e no poder executivo. Há, ainda, muito a se fazer em muitas áreas neste País, entre elas a de Defesa, mas o que realmente urge é uma profunda limpesa nos quadros políticos e uma nova ordem… Read more »

Hornet

Noel, não estou empolgado e nem nada disso. Acho o seguinte: O END é um plano de longo prazo e é isso que está difícil do povo entender. Quem leu o END percebe claramente que o ponto fundamental dele é a nacionalização dos meios, a racionalização dos meios, a otimização das forças e a criação de um complexo industrial de defesa nacional. O END não visa comprar equipamentos, não visa melhorar o rancho dos quartéis, não visa dar aumento de salário para os militares, não visa tirar o cupim dos quartéis, não visa encher os tanques de combustíveis dos tanques… Read more »

Hornet

Ulisses,

pois é…

É como eu disse acima, vamos ter que nos acostumar com isso, pois a choradeira vai demorar um bom tempo ainda…hehehe

abração

Gripen

Eu não consigo acreditar que um oficial da patente de um General seja capaz de ser tão rancoroso e mesquinho, penso que atribuiram falsamente esse texto ao General, deve ser pegadinha, só pode… Até concordo que o país tem feito muito pouco na área de defesa, traçou metas e prioridades (Conforme mencionado no texto) durante o governo militar e caiu em um déficit orçamentário monstruoso. Agora, que o governo acena no sentido de uma retomada, mesmo que aquém das necessidades da nação, porém, desenvolvendo programas importantes como a construção dos EC-725 em Itajubá, a fabricação dos Scorpéne no Rio, o… Read more »

Ulisses

Hornet

É,vai mesmo,mas um dia acabará.

Grande abraço.

Patriota

Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A END é, em geral, positiva, mas possui várias debilidades: a ausência de definição de fontes de recursos, uma ambição algo desconexa em relação à realidade atual, contradições relacionadas ao tipo de recrutamento militar imaginado, um autonomismo nacionalista utópico, entre outras. Portanto, algumas críticas procedem e outras nada mais são do que dor de cotovelo pelo avanço do poder civil sobre os temas militares. O equívoco é achar que deixar os temas militares aos cuidados exclusivos dos próprios militares seria a longo prazo mais produtivo. Se fosse assim, nossos presidentes-generais teriam deixado… Read more »

Bittencourt

claro que o General esta com odio…………Mas quando ele estava na ativa, o que foi feito? e simples criticar fantasiar, desabafar, mas ele como General fez algo para por exemplo, conservar nosso equipamentos, ou simplesmente gosou de suas estrelas sentado em uma cadeira de couro.
Deixe o homem trabalhar……….nunca tivemos um ministro com “certa vontade” ( nem civil, nem militar ).

Abraço a todos

Cantarelli

Uhmmm quero uma guerra contra esse pais nen que seja contra venezuela ai capaz de eles acordarem.

Pinchas Landisbergis

O general Lessa comandou a unica operação efetiva, de guerra na amazonia nos ultimos tempos , a operação Querari os idos de 1999, e mostrou do que é capaz uma força com escassos recursos, mas moral elevada e comando forte e competente de uqem entende do assunto. Suas palavras merecem respeito e atenção e devem no minimo serem levadas em conta. Analisemos a classe politica (principalmente assembleia e senado) e vejamos quem nos governa “ate´tu Brutus” , que decepção…. Pensemos muito , mas muito mesmo na hora de votar, o nosso voto é a unica arma de que dispomos chega… Read more »

Carlos Eduardo Góes

Após ler o artigo e seus comentários, façamos uma análise. Alguns aqui citaram o curriculo do Sr. General. Tudo bem que ele culpe os governos civis, é uma opinião particular dele. E não está totalmente equivocada não. Infelizmente, sucessivos governos civis tem relegado as Forças Armadas a um quadro de baixos orçamentos que levam a força a um grande abismo tecnologico e operacional. Mas não podemos achar que apenas os governos civis são cupados, pois não são. Dentre as Forças Armadas, principalmente nos altos escalões, parece existir ou uma submissão completa ou alienação geral de uma força futurista poderosa. Vivem… Read more »

Carlos Eduardo Góes

2º – Uma revisão completa na questão das pensões para dependentes de militares, de forma ou reduzir seus valores ou acabar de vez com esta sangria de dinheiro. 3º – Reformulação total do sistema logistico, de manutenção, treinamento de tropas e de compras das três forças armadas, de forma a unificar compras, criar uma padronização de equipamentos, otimizar a utilização de centros de treinamento e de manutenção, assim como os de logistica, gerando principalmente redução de custos. Exemplo: Porque o treinamento básico para recrutas infantes do Exercito e do Corpo de Fuzileiros não é realizado em um mesmo campo? 4º… Read more »

Carlos Eduardo Góes

Tanto estas, como várias outras propostas, não dependem apenas de governos civis, mas principalmente de ações ousadas que partam de dentro dos quadros das forças. Mas infelizmente, existe uma inercia tanto entre os militares como entre os civis para que algo de realmente concreto aconteça. Esta inercia é o que faz com que surga ações tão desconexas como este END. Não adianta agora ficar achando um mico para bode expiatório. O que realmente adianta agora é ser realista, colocar os pés no chão a tomar ações concretas. Infelizmente a inercia e o comodismo de Generais, Almirantes, Brigadeiros e políticos não… Read more »

Carlos Eduardo Góes

Desculpem os erros de português durante a digitação!

Quem quiser conversar sobre minhas idéias e propostas ai vai meu e-mail e MSN

carlos_e_goes@hotmail.com

Atenciosamente,
Carlos Eduardo Góes

Fernando Gonzales

Magoa, recalque…é sempre assim….dói pela incopetencia de quem ficou 20 anos apoiando uma ditadura inutil.

Daniel Camilo

Na minha opinião o General é um covarde, pois no tempo em que ele estava na ativa, nossas FFAA estavam em pior situação em termos de equipamento e com o EB cumprindo meio expediente, sem falar que ficamos quase 10 anos sem reajuste no soldo, sem contar as perdas no vencimento com a modificação da LRM e ele não se manifestava, se calava e se omitia. Agora de pijamas,sem que nada possa macular sua carreira, ele esbraveja aos quatro ventos. O END pode não ser perfeito, mais foi discutido com os Comandos Militares das 3 forças e tem sido discutido… Read more »

claudio alfonso

Só faltou ele acusar o Collor e o Sarney de serem comunistas também, como falou aquele outro general numa notícia aqui no Blog. O que esses caras tem na cabeça? titica?. Esse é mais um brucutu que foi reserva e foi tarde. Exemplos como o dele demonstram que a culpa não cabe apenas ao civis, pois quem tem lideranças militares como foi a dele só poderia estar mesmo detonando.

Marcos T.

Só acredito nesse plano quando estiver estabelecido por força de lei, o aporte de recursos necessarios e um plano de metas de curto, médio e longo prazo.

Daniel Camilo

Gripen
Acabo de ler o comentário de 20:41 e retirando o tópico sobre o botafogo, concordo em gênero, número e grau. Abs

Wellington Góes

A título de curiosidade, aos que não defendem a END e ao General, vocês acham mesmo que o Nelson Jobim e o Mangabeira Unger iriam escrever de cunho próprio esse documento? Será realmente, que não teve a participação dos muitos estrategistas militares, das três forças armadas? Desculpem gente, mas o texto fôra meramente para extrapolar sentimentos puramente saldositas da época do Regime Militar nesse país, nada mais que isso, até porque, quem conhece o cerne das Forças Armadas nesse país, sabe da tão “sonhada” organização e planejamento que existiu nessa época, é só olhar a colcha de retálios que são… Read more »

Zero Uno

Na minha sincera opinião o General Lessa tem sim suas razões para criticar. Más tambpem deveria fazer um “mea culpa” no que se refere à incapacidade das Forças Armadas em circular nos meios políticos e, portanto, civil. Nunca o Ministério da Defesa foi tão prestigiado como agora e nunca foi esboçado e elaborado um documento como a END e o PND.Seus Ministros eram políticos que não se importavam com o assunto, vide o Sr. Élcio Alvares… O Jobim e Mangabeira Unger, apesar de não serem especialistas militares estudam com afinco o assunto e permitem opiniões da Alta Oficialidade das Forças.… Read more »

Bittencourt

…vai pescar general

Abraço a todos

ABC

Com todo o respeito ao general, acho que a estratégia foi um avanço, creio que é melhor alguma estratégia, que pode ser melhorada com o tempo, do que estratégia nenhuma e continuar com as compras de prateleira das últimas décadas,. A idéia de vincular as compras de equipamento ao desenvolvimento da indústria de defesa foi muito boa.

E lamento pelo general, mas prefiro que arrumemos o poder civil do que as alternativas

José Bonifácio

Em primeiro lugar se “A responsabilidade por esse desastroso quadro é dos políticos, tem nome e sobrenome – poder civil- que vem governando o país por mais de 20 anos e que não atribui ao seu segmento militar as prioridades que ele necessita.”, tal situação foi a conseqüencia de 21 anos de ditadura militar mal sucedida que ao air de cena deixou o pais quebrado, totalmente subordinado aos setores mais sórdidos do capitalismo internacional (vide Clube de Paris e cia) e com grande parte da sua população vivendo na mais absoluta pobreza, isso sem falar das inúmeras obras inacabadas e… Read more »

Dunga

Com os recursos naturais que o Brasil tem, ( 70% do solo agricultável, agua em abundancia, sol o ano todo, minérios de ferro, bauxita, carvão, ouro, diamantes,florestas para derrubar muita arvore, uranio, petroleo, MUITO PETROLEO EM TODA A COSTA) já deveria estar com as maiores forças armadas do planeta! É a mesma coisa que ter uma boiada gorda na fazenda e achar que nimguem vai entrar e roubar tudo. OS PICARETAS do congresso nacional já deveriam ter visto isto, e acham que vão ganhar um celular novo da china para permitir que rouber tudo daqui… Quando começarem a invadir o… Read more »

Carlos Eduardo Góes

Vou resumir em miudos a situação atual do reaparelhamento das forças armadas:
Temos um Fusca, mas vivemos sonhando com uma Ferrari, sendo que hoje poderiamos ter realmente um Gol do ano.
Esta é a realidade da maioria dos programas de reaparelhamento militar na atualidade no Brasil. Rios de dinheiro jogados fora em projetos futuros, ficando o presente a propria sorte.
Poucos programas são realmente viaveis a curto prazo. Não adianta nada criar um plano para os próximos 50 anos, se um plano complementar que modifique as dispariedades do cotidiano não for apresentada agora!

Zeke A6M

Fiquei uns dias sem internet, e acabei entrando no site só agora. Gostaria de deixar um comentário, meio que atrasado. Acho que a polarização esquerda X direita, comunistas X capitalistas, é coisa do passado. Estamos vivenciando a formação de uma nova ordem mundial em que o Brasil ocupara um paspel de destaque, e vejo e compreendo o END, somente dentro dessa perspectiva. Pelos comentários postados, acho que um dos obstáculos para a elaboração do projeto de nação, é que ainda estamos analisando pessoas e projetos, pelas suas posições politicas passadas e não presentes. Desqualifica-se políticas e projetos por simples interesses… Read more »