Mobilização de meios para as buscas ao A330 demandou recursos extras

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O desaparecimento do Airbus 330 da Air France que realizava o voo AFR 447 deu início a uma fantástica mobilização de meios das Forças Armadas brasileiras com o propósito de empreender ações de busca e resgate. Até o momento o FAB está empregando diretamente 11 aeronaves, conforme divulgado pelo Comando da Aeronáutica. Pelo lado da Marinha, existem pelo menos cinco embarcações envolvidas diretamente (Bosísio, Constituição, Caboclo, Gastão Motta e Grajaú), além dos meios orgânicos de alguns navios. Também existe uma série de outros meios que atuam na parte logística e não é objeto da atenção da grande mídia.

Toda esta mobilização aeronaval necessitou de recursos que, normalmente, as forças não dispõem em seus apertados orçamentos anuais. Segundo uma fonte do MinDef, o número de horas voadas pelos Hercules e R-99 da FAB somente na operação de resgate já corresponde a um terço do que estes aviões normalmente voam durante um ano todo. O Ministério da Defesa teve que solicitar à presidência recursos extras para garantir a movimentação de todos estes meios, principalmente combustível para os navios e querosene para as aeronaves.

O caso do resgate do voo AFR 447 da Air France é um exemplo de mobilização ‘tempestuosa’ sem aviso prévio. A Marinha possui um esquema bastante organizado nos respectivos distritos para a atuação em caso de sinistros como este. Mas a dimensão da tragédia atual obrigou-a a empregar meios mais capazes, baseados distantes do local do evento.

A necessidade de um navio-tanque como o Gastão Motta ficou clara quando decidiu-se empregar meios não distritais como a Constituição e a Bosísio. Caso os dois NT da Marinha não estivessem disponíveis, o Brasil teria que solicitar apoio de outros países ou mesmo cancelar a participação destes meios numa operação tão distante da costa e da principal base naval brasileira (Rio de Janeiro).

Uma segunda base da esquadra no litoral Norte/Nordeste, conforme previsto no END, mostrou-se ser fundamental neste episódio. Será que a “Operação Lagosta” não deixou nenhuma lição para o país?

FOTO: Poder Naval

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