Helicóptero UH-12 Esquilo: 30 anos de serviço ativo na Marinha do Brasil

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N-7050 no SDU

vinheta-especialEm 1978, a Helibrás se associou a Aerospatiale (hoje Eurocopter) para montar no país a versão HB-350 Esquilo, derivado do AS 350 Ecureuil.

Em fevereiro de 1979, a MB assinou contrato com a Helibrás para o fornecimento de seis HB-350B Esquilo para dotar o 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), passando a ser a pioneira na operação desta aeronave no Brasil.

Propaganda da Helibrás em 1980

A primeira aeronave, a N-7050, foi  montada por técnicos franceses e em dois meses já estava pronta.

Em 18.06.1979,  foi  entregue a DAerM (Diretoria de Aeronáutica da Marinha)  para Avaliação Operacional e iniciar a qualificação do primeiro piloto . Nesta ocasião, a Helibrás ainda estava instalada provisoriamente no hangar X-10 do CTA, em São José dos Campos-SP e posteriormente foi transferida para sua atual sede em itajubá/MG.

Ainda em 1979, fora recebido também o N-7051 e em fevereiro de 1980, as demais aeronaves foram incorporadas e receberam os indicativos visuais N-7052, 7053, 7054 e 7055, sendo todas alocadas ao Esquadrão HU-1.

Nesta época, o HU-1 era comandado pelo CF Lynch, que teve como principal missão qualificar, em 60 dias, todos os 33 pilotos no UH-12. Ressaltando que o CF Lynch era o único Instrutor de Voo do Esquilo qualificado pela Helibrás, portanto o único Instrutor para os 33 oficiais.

A partir dai, muitos desafios foram enfrentados pelos He. Esquilo no HU-1, pois como faziam parte do Esquadrão “Faz Tudo”, teriam por obrigação levar a cabo suas atribuições junto a Força Aeronaval e a Esquadra.

E assim o fizeram, conquistando a confiança dos comandantes dos meios de superfície, inclusive substituindo os Whirlwind S-55 na função de “Pedro” (Guarda de Aeronaves) no NAel Minas Gerais (A-11) e se capacitando a operar embarcados nas Fragatas e Contratorpedeiros.

N-7051 a bordo do Nael. Minas Gerais

Em 1983 o HU-1 recebeu mais três helicópteros o N-7056, 7057 e 7058.

UH-12 a bordo do Nael. Minas Gerais durante a UNITAS XXV

N-7053 primeiro pouso em um CT

Com a criação dos Esquadrões Distritais HU-3, HU-4 e HU-5, a MB efetivou a encomenda de mais quatro HB-350B (N-7078 a 7081) e  sete HB350BA (N-7082 a 7088), assim o Tucano, Gavião Pantaneiro e o Albatroz, passaram a operar com a mesma aeronave de Norte a Sul do país.

HU-3_1994

NHi-Sirius_Amapá1994

No final de maio de 2004, o HU-4 substituiu seus UH-12 por três IH-6B (Bell Jet Ranger III), provenientes do 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1), por estes terem dimensões mais apropriadas para operar a bordo do Monitor Parnaíba. Durante os nove anos em que operou o Esquilo, o HU-4 acumulou 6.700 horas de voo e 734 pousos a bordo.

O Águia 50 (UH-12 N-7050) permanece em operação até os dias atuais, servindo nestes 30 anos a bordo do HU-1, enchendo de orgulho os tripulantes que passaram por este pioneiro da história recente de nossa Aviação Naval.

N-7050 no hangar do HU-1

NOTA do BLOG 1: BRAVO ZULU UH-12!

NOTA do BLOG 2: Gostaríamos de agradecer ao CF (RM1) Av.N Norberto, que gentilmente nos cedeu as fotos de seu acervo pessoal do HU-3, em 1994.


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Ronaldo de souza Gonçalves

a MB está no caminho certo no caso de se vira e reformar helicperos meios navais fragatas porta avioes tudo .So não gostei de fazer misseis antinavio de alcance maximo de 60 km. pensem se uma frota vier a nos atacar con misseis antinavio de 150,200,300 km de alcance , e se essa marinha tiver aparelho ,avioes de alerta antecipado,Afundarao toda afrota se que a marinha segue a 100 km deles. Pensem almirantes, certo poderemos ter esses misseis sim por que não ter um otomax de alcance de 130 e alguns avioes de alerta antecipado. Foi um erro o Brasil… Read more »

Mauricio R.

“BRAVO ZULU UH-12!”

Mas que “bravo zulu” nada, Obriguem os frnaceses a transferirem integralmente a tecnologia de seus helos em serviço no Brasil, ou abram uma concorrência á Helibrás/Eurocopter!!!

Eles usam nosso mercado, como bem entendem e não dixam nada aqui!!!

Fabio Max

O fato é que torna-se necessário iniciar a discussão sobre a substituição destes bravos guerreiros. Desconfio que novos negócios com a França estão por vir, porque os 50 helis já encomendados não manterão fábricas novas por muito tempo, é provável que ocorram encomendas de outros tipos de helis, que preferencialmente serão pelo mesmo sistema.

Samuca cobre

É pau pra toda obra!!!