Kashtan-M: o CIWS peso-pesado russo
O Kashtan-M, um sistema CIWS russo, é um moderno sistema de defesa antiaérea usado pela Marinha da Rússia.
Ele está instalado a bordo do navio-aeródromo Admiral Kuznetsov, do cruzador da classe “Kirov”, escoltas “Udaloy”, fragatas “Neustrashimy” e outros navios russos.
O Kashtan-M combina de dois canhões GSh-30K rotativos de 30mm e mísseis SA-N-11 de defesa de ponto. O sistema provê defesa aproximada contra mísseis antinavio, anti-radar e bombas guiadas, aeronaves de asa-fixa e rotativa, bem como contra pequenos alvos no mar e na costa.
O sistema foi desenvolvido numa estrutura modular, compreendendo o módulo de comando e módulo de combate (que pode variar em número, dependendo do tamanho do navio). O módulo de comando garante os procedimentos IFF, a aquisição e designação de alvos e a geração de dados para os canhões e mísseis.
O módulo de combate compreende o reparo de canhões e mísseis, os sistemas de radar de direção de tiro e eletroóptico, um sistema de computação e o sistema de alimentação de energia. Um sistema de controle multicanal provê o rastreamento simultâneo de múltiplos alvos no radar e no sistema óptico de TV.
Cada reparo contém, além dos canhões rotativos, até 32 mísseis SA-N-11, sendo 8 mísseis para pronto uso (quatro de cada lado do reparo). O tempo de recarga para os mísseis é 1.5 minuto.
Os mísseis SA-N-11 são capazes de engajar alvos de 1.500m a 10.000m de distância, a altitudes de até 6.000m.
No vídeo abaixo, o Kashtan-M em ação:
Nem no infravermelho!?!?! Então tá …rsrrs
Brigadão Bosco!!!
O blog aéreo travou???
Não seria interessante um sistema CIWS que utilizasse 2 canhões GIAT 30? Teria uma alta cadência de tiro (a cadência de tiro do GIAT 30 chega a 2500 tiros por minuto. Usando dois canhões coaxiais, chegaria a 5000 tiros por minuto) e um calibre “legalzinho” (30×150).
Vejo que os alemães utilizam o MLG 27, que utiliza o canhão BK-27 (na minha opinião de leigo, bastante similar ao GIAT 30).
A mim parece bastante interessante essa ideia. Sobretudo pra França.
O quê vocês pensam a respeito?
Seria um sistema interessante para a nossa MB, principalmente para o “Opalão” o qual não sei se tem algum sistema “eficiente” de defesa incorporado.
Abraços.
Correção pra variar:rsrs….
o Giat 30 deve ter uma cadência em torno de no máximo uns 1700 (semelhante ao Bk-27, e não 1000 como disse. O que já acho muito exagerado para um canhão monotubo, devido ao aquecimento.
Também a torreta de controle remoto MLG27 não é um sistema antimíssil, se prestando mais pra a função CIGS (sistema de canhão de defesa aproximado).
Aramaicus,
me desculpe, você está certo. Fiz uma baita confusão.
Fui conferir e no site do fabricante (GIAT Industries) eles dão também a cadência do Giat 30 (M791) como 2500 t/min.
Eu fiz meu comentário baseado no Defa 554.
É a idade.rsrsrs…
Um abraço.
Bosco, obrigado pela explicação sobre as munições do Phalanx. Particulamente eu achava que o uso das DU geraria não só um problema de armazenamento (mesmo empobrecidas elas emitem radiação e poderiam afetar os sistemas não só do navio como do próprio Phalanx) como de pêso do projétil, que é maior que um de chumbo ou de componentes mistos, gerando uma necessidade de aumento de propelente e reconfiguração interna do tubo. Aramaicus, O maior problema de construir um sistema desse tipo é a tecnologia envolvida. Um goalkeeper (um dos mais baratos CIWS navais) custa cerca de US$ 25 milhões e é… Read more »
Pergunta de quem não sabe nada: aquelas labaredas podem interferir de alguma forma no funcionamento dos radares de direção de tiro e eletroóptico?
Pra quem não tem nada qualquer um desses servia !
Sds.
esse “R2C2” russo nao e fraco nao…
sera que nao tem problema de super aquecimento nos tubos apos disparar uma rajada ????
se ele tem uma cadencia pra disparar 2.500 tiros por min, a minha pergunta e a seguinte:
qual a capacidade maxima de armazenamento das balas ???
elas ficam num “container de 20′ “???
a municao nao ocuparia muito espaco na embarccao ?? nao seria um “desperdicio” e espaco ????
corrigindo,
desperdicio” de espaco ????
Bosco, Tranquilo! Eu venho pensando nessa opção de CIWS usando o GIAT 30 (o do Rafale mesmo) faz algum tempo. Por isso já tinha conferido no site da NEXTER. Também concordo que o calibre de 30mm mais ideal seria o 30×173, mas a diferença pro 30×150 não é tão grande. Vc fez esse comentario pensando no Defa 554 com calibre 30×113 né? Sem dúvida os canhões “gatling” são os mais adequados. Mas, na ausencia deles, um sistema com 2, 3 ou 4 canhões GIAT 30 me pareceria interessante para CIWS. Gui_Bronco, É caro, com certeza! Mas uma potência como a… Read more »
Já tinha visto esse vídeo, mas digo uma coisa: Mesmo sabendo que o citado sistema russo é fantástico, eu, se pudesse, equiparia a MB com o Goalkeeper mesmo. è meu sonho de consumo para o quesito CIWS na MB. Não que o Trinity seja ruim, pelo contrário, é um ótimo sistema de defesa de ponto, mas tem uma cadência de fogo bem pequena para os dias atuais. * o Trinity é capacitado a disparar até na velocidade de 330 tiros por minuto, mas é comum o disparo de rajadas curtas de 10 tiros, por motivo de superaquecimento. É o que… Read more »
Impressionante !!!
Seria superior aos Phalanx 20mm ?
Com certeza a concepção desse CIWS é diferente da adotada no “ocidente”. Os Phalanx, Goalkeeper, RAM, Sea RAM, etc, não precisam penetrar na estrutura do navio. Este sistema necessita de fazer parte do projeto estrutural já que usa um sistema de recarga automático para os mísseis, o que limita a sua utilização. Outro fator a se “pesar” é a vantagem (ou desvantagem) de se ter em navios a combinação de mísseis de defesa de ponto com um canhão de curto alcance tendo em vista um ataque de saturação. Essa vantagem parece existir em relação à combinação de mísseis sup-ar de… Read more »
Como o Bronco deixou claro, o “radar do navio” a que me referi no meu comentário das 15:14 é o “módulo de comando”, que é fisicamente separado do “módulo de combate”. Pra mim é novidade. Vendo por esse prisma o sistema seria também “autônomo” e não faria sentido a minha observação. Bronco, a munição do Phalanx era de DU (urânio exaurido ou empobrecido) mas agora é de tungstênio. Só de curiosidade, a versão mais recente do Phalanx incorporou algumas novidades: canhão mais longo em 20% maior velocidade de conteira e elevação maior ângulo de elevação sistema eletroóptico que possibilita tiro… Read more »
Só complementado.
Outra característica diferente em relação ao Phalanx e Goalkeeper, por exemplo, é que o Kashtan-M não é um sistema autônomo, necessitando do radar do navio para detecção dos alvos.
Eu estava escrevendo uma resposta ao Ricardo dizendo exatamente o mesmo que o Bosco. Não os acho sistemas comparáveis. Este usa mísseis na operação e são dependentes de um sistema de recarga automatizado, o que aumenta o espaço necessário para a instalação do sistema. São, inclusive, sistemas complementares. Aliás a mania de usar sistemas de metralhadoras/canhões associados a sistemas de mísseis é antiga e vem dos blindados da família “BMP” russos. Outro ponto importante a ser destacado é que o módulo de comando do Kashtan usa um radar 3D capaz de rastrear cerca de 40 alvos simultaneamente e envia informações… Read more »
Aramaicus,
Eu sei que existem referências na net que o Giat 30 tem uma cadência de tiro de 2500 t/min mas acho exagerada. Ela é por volta de 1000 tiros/min.
Também o projétil de 30 mm ideal seria o 30 x 173, que é mais potente para a função, com mais alcance e poder de penetração.
Só de curiosidade, existe um sistema CIWS interessante baseado em 4 canhões de 25 mm, se não me engano suíço, que é o Sea Zenithy.
Um abraço.
Um bom canhão para a função anti-míssil deve colocar o maior número de “aço” nas proximidades do alvo na unidade de tempo. Os que usam munição cinética, geralmente de 20, 25, e 30 mm devem ter a maior cadência possível e todos os sistemas possuem entre 3000 a 10.000 t/min. Devido ao pequeno calibre há um prejuízo em relação ao alcance, que está limitado a algo em torno de 1 NM. Os canhões mais aptos à função são os “Gatling” ou os que usam o sistema de “revólver” (que não deixa de ser um “Gatling” só que com apenas 1… Read more »
Gui_Bronco,
O canhão usado no sistema Goalkeeper é o GAU-8/A.
Roberto,
na teoria você está certo, mas na prática parece que o calor, fumaça e os óxidos liberados não interferem nem nos sensores ópticos, nem nos infravermelhos e nem no radar.
Gaspar,
posso estar errado mas se não me falha a memória esse canhão é refrigerado à água, por isso os tubos são encamisados. Acho que já vi imagens deles girando e espargindo água sem disparar. Vou ver se acho na net.
Os canhões ocidentais são refrigerados pelo ar durante a própria rotação dos canos.
Parece que os cofres de munição são estas caixas abaixo do canhão.
Um abraço.
Aramaicus,
“30 x 113” e não “115”. rsrsr…
Roberto,
eu digo isso porque o sistema é operacional então deve funcionar, mas na verdade não sei nem se o sistema tem uma dispositivo de imagem térmica.
Gaspar,
não achei referência sobre a refrigeração à água deste canhão. O canhão refrigerado à agua é outro CIWS russo com 2 canhões monotubo de 30 mm.
Um abraço a todos.
Aramaicus,
é isso aí. Eu pensei no 30×115. Não sabia desse de projétil de 150.rsrs…
Interessante. Sem dúvida é um senhor canhão.
O que me chama atenção é a cadência enorme para um canhão monotubo. Com certeza tal canhão é bom para caças que possuem uma quantidade limitada de “cartuchos”. Ele não deve poder sustentar fogo contínuo por muito tempo. Talvez esteja aí uma limitação para ser usado como CIWS.
Um abraço.
PS. Falamos do Phalanx, do Goalkeeper, do Sea Zenith, do Kashtan, e de vários outros, mas esquecemos do MEROKA espanhol.
A questão é que qualquer armamento russo seria o mais indicado para a MB uma vez que eles são desenvolvidos com a prioridade de combater contra sistemas usados pela US navy… E não precisa ser nenhum gênio para saber contra quem a MB deveria estar preparada!
Mas com experiencia de braileiro… todo mundo sabe que sistemas desse porte só seriam adotados (isso se algum dia acontecer por acaso) pela MB quando já fossem ultrapassados!