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Recentemente modernizado, o “Chico Bento” teve participação de destaque nas buscas às vítimas e destroços do voo AF 447 da AIR FRANCE, acidentado ao largo do litoral nordestino. Depois da modernização, que incluiu a substituição das máquinas principais e auxiliares (o que proporcionou o aumento do “bollard pull” do navio) e melhorias nos compartimentos habitáveis, a Caboclo está pronta para permanecer em serviço ativo por muitos anos ainda.

Demonstrou, apesar da idade e dos “malhos” a que foi submetida, o verdadeiro valor de um navio de resgate e o propósito ao qual ele serve. Sem substitutos à altura, a classe Imperial Marinheiro continua com duas unidades em serviço (Imperial Marinheiro e Caboclo).

No próximo dia 16 de julho, a Caboclo completará 54 anos de sua Incorporação à Armada e muitos de nós, ao invés de mostrar preocupação sobre opções para substituí-la em todas as suas capacidades, preferem “meter o pau”.

Como curiosidade e demonstração de como tratamos com pouca seriedade o assunto, fica a lembrança de que hoje deveríamos estar discutindo a substituição de suas substitutas, pois a classe Imperial Marinheiro deveria ter saído de serviço já nos anos 80.

Últimas peripécias

  • No período de 2 de março a 13 de maio de 2009, a Corveta Caboclo participou da importante Comissão de Apoio à Marinha da Namíbia, quando escoltou e proveu apoio logístico ao Navio-Patrulha Namibiano Brendan Simbwaye, durante o seu trânsito do Brasil ao país africano. O Navio-Patrulha, do mesmo projeto da classe “Grajaú” da Marinha MB, com atualizações, foi construído pela Indústria Naval do Ceará (INACE) e, por não possuir autonomia para a travessia do Atlântico, foi reabastecido pela cinqüentenária Caboclo, que realizou duas fainas de Transferência de Óleo no Mar pela popa. Foram visitados os portos de Natal, Fortaleza, Ilha de Ascensão, Ilha de Santa Helena, Walvis Bay e Vitória.
  • A Corveta Caboclo participou das buscas à aeronave comercial “AIRBUS A-330-200 AIR FRANCE”, voo nº 447, que partiu do Rio de Janeiro em 31 de maio de 2009 com destino a Paris e caiu no mar, com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo.
  • No dia 1 de junho, às 10h15, a Corveta Caboclo desatracou de Maceió com destino ao ponto estimado do desaparecimento da aeronave, localizado a 680 milhas náuticas (1.260 km) de Natal e a 233 milhas náuticas (430 km) do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.
  • Em 6 de junho, a Corveta Caboclo localizou e recolheu os 2 primeiros corpos, além de objetos que puderam ser identificados positivamente como sendo do voo 447 da AIR FRANCE, fato este que só foi informado à mídia após ter sido levado ao conhecimento dos familiares das vítimas, pelos representantes dos Centros de Comunicação Social da MB e da FAB. Este foi um cuidado observado em toda a operação, em respeito à angústia e dor desses familiares.

Ao todo, a Caboclo localizou e recolheu 133 destroços e 9 dos 51 corpos encontrados. Proveu, ainda, apoio logístico a outros meios, realizando três fainas de transferência de óleo diesel com Navios Patrulha da Classe Grajaú e uma faina de transferência de aguada para a Corveta Jaceguai. O Navio atracou no dia 19 de junho de 2009 em Recife-PE, onde os destroços foram desembarcados.

Clique aqui e acesse a página da Caboclo no NGB – Navios de Guerra Brasileiros, hospedado no Poder Naval Online.

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Foto de cima (Corveta Caboclo em faina de transferência de combustível para o Navio-Patrulha Namibiano Brendan Simbwaye): MB

Foto de baixo: Corveta Caboclo logo após o término da Inspeção Operativa pós-modernização, fotografada em Aratu.

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