O Poder Naval Online e o BlogNAVAL vêm há bastante tempo tratando do tema do submarino nuclear brasileiro em dezenas de artigos e posts mostrando em profundidade a questão.

No nosso entendimento, já dizíamos no início de 2008 que o “Scorpène” não atenderia à necessidade da Marinha do Brasil, pois o mesmo não possui um diâmetro (boca) de casco que comporte o reator nuclear brasileiro.

A alternativa seria outro casco mais largo, como o do “Turquoise” (um Rubis/Amethyste com propulsão convencional) ou a Marinha entrando de sócia no novo SSN classe “Barracuda”.

A troca do U214 pelo “Scorpéne” é “uma troca de seis por meia dúzia”, se o objetivo é o desenvolvimento do projeto de um casco para acomodar nosso primeiro reator nuclear.

Pelo que lemos e estudamos sobre submarinos nesses anos, a Marinha do Brasil só estaria fazendo um bom negócio se já partisse direto para um casco de submarino que comportasse nosso primeiro reator nuclear. Isso sim seria “queimar etapas”.

Construir quatro submarinos convencionais “Scorpène”, para só depois partir para o projeto de um submarino nuclear será desperdício de tempo e dinheiro, pois o Brasil já têm experiência na construção de submarinos convencionais. O que precisamos é de um casco de submarino com largura suficiente para receber o reator que está sendo construído em São Paulo.

Como já foi constatado, a França vai pagar R$ 21,5 bilhões por 6 SSN “Barracuda” e o Brasil terá de pagar R$17,6 bilhões por 4 SSK “Scorpène” e o casco de um SSN. Ou seja, no final, o dinheiro do Brasil é que vai financiar a maior parte dos novos submarinos nucleares da França.

NOTA DO BLOG: É bom ler atentamente o que está definido no acordo de transferência de tecnologia de submarinos assinado com a França:

Subscribe
Notify of
guest

116 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments