Navios-tanque classe ‘Henry J. Kaiser’
Navios tanques são essenciais para a logística de uma esquadra em operações de alto mar, de extrema importância, são alvos prioritários de forças inimigas, principalmente submarinas.
Dada a idade avançada do nosso N/T Marajó, apresentamos um estudo rápido de um dos seus possíveis subistitutos, a classe Henry J. Kaiser .
A classe Henry J. Kaiser foi concebida para substituir os navios tanques da classe Mispillion e Neosho, construídos nos anos 40 e 50
O projeto previa a construção de 18 navios, cuja construção foi iniciada em agosto de 1984, sendo entregues para controle e operação subordinado ao Military Sealift Command – MSC, provendo primariamente o reabastecimento de óleo combustível para navios e aeronaves.
Com 206,35 m de comprimento foram os maiores navios tanques construídos para operação com a Marinha estadunidense, a classe constitui-se originalmente em 15 navios com casco simples e 3 de casdco duplo, sob as normas do ato de poluição marítima de 1990 (OPA90).
Navios de casco simples |
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Navio |
Indicativo Visual/ Internacional |
Construtor |
Encomenda |
Commissionedo |
Henry J. Kaiser |
T-AO 187 – NHJK |
12 Nov 1982 |
19 Dez 1986 |
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Joshua Humphreys |
T-AO 188 – NNJH |
20 Jan 1983 |
03 Abr 1987 |
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John Lenthall |
T-AO 189 – NJLN |
1983 |
25 Jun 1987 |
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Andrew J. Higgins |
T-AO 190 – NAJH |
22 Nov 1983 |
22 Out 1987 |
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Benjamin Isherwood |
T-AO 191 – N/A |
Penn SB |
06 Mai 1985 |
07 Dez 1991 |
Henry Eckford |
T-AO 192 – N/A |
Penn SB |
06 Mai 1985 |
1992 |
T-AO 193 – NWSD |
28 Jun 1985 |
13 Set 1988 |
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T-AO 194 – NNJE |
Penn SB |
01 Fev 1986 |
18 Mar 1991 |
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T-AO 195 – NNLG |
27 Fev 1986 |
02 Ago 1989 |
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T-AO 196 – NPTD |
01 Fev 1987 |
06 Dez 1991 |
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T-AO 197 – NPEC |
12 Fev 1987 |
06 Jul 1990 |
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T-AO 198 – NBIG |
20 Jun 1988 |
21 Mai 1992 |
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T-AO 199 – NTIP |
24 Mar 1989 |
08 Fev 1993 |
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T-AO 200 – NLUP |
06 Out 1988 |
25 Sev 1992 |
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T-AO 202 – NYUK |
06 Out 1988 |
25 Mar 1994 |
O Joshua Hempreys foi desativado em 29 de junho de 1996 e o Andrew J. Higgins foi desativado em 6 de maio de 1997.
Os navios de casco duplo, possuem uma seção adicional no casco, de acordo com as regulamentações do OPA90, possuindo uma separação de 1,83 m nos bordos e 1,98 m no fundo do casco. Devido a construção com o casco duplo estes navios possuem 17% de capacidade de carga menor que os navios de casco simples
Navios de casco duplo |
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Navio |
Indicativo visual/ Internacional |
Construtor |
Encomendado |
Commissionado |
T-AO 201 – NPCZ |
24 Mar 1989 |
21 Jun 1995 |
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T-AO 203 – N??? |
24 Mar 1989 |
07 Mai 1996 |
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T-AO 204 – NRAP |
10 Out 1988 |
07 Nov 1995 |
Capacitados também para transporte de carga frigorificada, possui tomadas refrigeradas para 8 containers de 20 pés , contando também com 7.200 pés quadrados para transporte de até 128 paletas de comida refrigerada, dispondo de meios para fornecimento 2 estações para CONREP (reabastecimento conectado) (estações 2 e 3) e o convôo na popa para VERTREP (reabesstecimeto vertical, por meio de helos).
Possibilidade de aquisição pela MB ?
Dois navios da primeira série (casco simples) o Bwenjamin Ishewood – T-AO 191 e o Henry Eckford – T-AO 192 foram cancelados antes do término de sua construção pois seu estaleiro construtor, o Penmnsylvania shipbuilding Co., de Philadelphia, teve problemas com conclusão de sua construção em 1989.
Sua construção foi transferida mais tarde para o estaleiro Tampa Shipbuilding Co. of Florida, Tampa, FL, mas por disputas entre a Marinha e o estaleiro por causa das responsabilidades nas correções de construção do Pennship e custos, levou ao cancelamento do contrato em 1993, estando os navios naquele momento 95 % construídos .
A Marinha determinou a interrupção da construção dos navios tanque e iniciou estudos para conversão em navios de munição, mas concluiu que sua conversão teria de custos proibitivos, sendo colocados na reserva em 1997, em James River, VA.
Devido a falta de disponibilidade no mercado de modernos navios tanques, esta classe poderia eventualmente suprir as necessidades da MB referente a RAM, possibiltando a baixa do já cansado N/T Marajó – G 27, permitindo operação simultânea eficiente com dois GT´s distintos, auxiliado pelo N/T Almirante Gastão Motta – G 23
Um estudo sobre a o atual estado destes navios e os possíveis custos para seu termino e/ou até uma conversão para casco duplo poderia ser eventualmente realizada e dependendo dos resultados, poderia ser uma excelente compra de oportunidade, alem de tudo, possibilitando até rever antigos feitos em obras com navios tanques pelo AMRJ, que, em novembro de 1970 realizou jumborização do navio tanque Aratu da Fronape
Classe Henry J. Kaiser |
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Construtores: |
Avondale Shipyard, Inc., New Orleans, Louisiana (14 navios) Sun Shipbuilding and Drydock Company, Chester, Pennsylvania (2 navios) Pennsylvania Shipbuilding Company, Philadelphia, Pennsylvania, e Tampa Shipbuilding Company, Tampa, Florida (2 navios não completados) |
Construção: |
Entre agosto de 1984 e maio de 1996 |
Deadweight |
31.200 t. |
Deslocamento: |
Navio leve: 9.500 t. 42.482 t, – demais (cascos simples) |
Comprimento: |
206,35 m |
Boca: |
29,70 m |
Calado: |
11,00 m – totalmente carregado |
Propulsão: |
2 motores diesel colt-Pielstick 10 cy tipo 10 PC4-2/2 10V-570, desenvolvendo 34.442 bhp, impulsionando 2 eixos/helices de passo variável |
Velocidade: |
20 nós |
Capacidade de carga: |
Casco duplos: 159,000 barris de oleo combustivel ou jet fuel Casco simples: 180.000 barris de óleo combustível ou Jet fuel 90 m2 de espaço para carga seca; 8 containers frigorificos de 20´ |
Tripulação: |
66 a 89 civis e 7 a 21 militares |
Facilidades para helos: |
Convôo na popa |
Vejam quantos comentários tivemos até agora nessa matéria de um navio que é extremamente necessário para uma Marinha que se diz de águas azuis.
Só temos no momento um navio-tanque, o Gastão Motta (G23), pois o Marajó (G27) não vai voltar tão cedo e é outro navio que já deu o que tinha que dar.
Mas é aquele lance: navio-tanque não tem glamour, não dispara míssil nem tem canhão, mas a maioria esquece que quem ganha guerra é a logística.
100% de acordo!!!
Alo MB, vamos olhar estas opções com carinho. Os chilenos já garantiram o deles. E nós???
Qual será o NT que dará suporte ao NAe São Paulo?
Basta telefonar para este numero no MARAD, que é que guarda os navios e pronto. rsrsrsrsrsrs
Teremos pelo menos a idéia de quanto custam. hehehehehe
MARAD
Contact: Shannon Russell, Tel.: (202) 366-5807
Eu adoraria ver um desses sendo rebocado até o AMRJ e sendo completado.
A MB precisa de um navio deste porte para acompanhar o GT com o SP.
E estes 2 navios são novos, pois nunca navegaram.
“Eu adoraria ver um desses sendo rebocado até o AMRJ e sendo completado.”
Eu tb!
“A MB precisa de um navio deste porte para acompanhar o GT com o SP.”
Eu tb acho!
“E estes 2 navios são novos, pois nunca navegaram.”
Aqui eu não concordo, preferiria algo assim uns 3 ou 4 estaleiros dividindo a construção de algo inspirado nesse design, p/ suceder ao “Gastão Mota”.
Marcelo Ostra, “…um suezmax em 3 meses e meio ? nem os coreenses fazem … leva um pouco mais de tempo pra fazer um bixão de 150..000 dwt…” Eu li essa informação que me deixou de boca aberta aqui mesmo no PN! Veja: “O EAS encomendou dois Goiliaths à WIA ao preço de US$ 68 milhões. O que chegou ontem começará a operar em novembro, no dique seco do estaleiro. Já o segundo chegará no final de outubro e entrará em operação em março de 2010. Os guindastes estão entre os maiores do mundo e possuem a mesma capacidade dos… Read more »
EL 190 HIGGINS HABRIA SIDO COMPRADO POR LA ARMADA CHILENA PARA REEMPLAZAR A SU ARAUCANO
Ahh sim Henrique
Mas isso foi materia postada copiando a reportagem do jornal pernambuquiano Diario de Pernambuco, não foi o belogue que afirmou isso. aloias o post cita isso
Olha se fizerem, confesso que o engengeiro naval chefe foi o Santo Expedito e os funcionarios foram da familia .. pois sera quase que recorde mundial pra suezmax …
Abvs
Mod MO
Ernesto
Bienvindo
Alguna idea de la data de su incorporacion en la Armada chileca ?
Saludos
Mod MO
Está aí uma boa chance de a Marinha desenvolver o projeto e entregar para um dos novos estaleiros brasileiros. O estaleiro AES em Suape-PE vai construir petroleiros da classe Suezmax em 3,5 meses!
Por mais que seja uma barganha comprar essas unidades, temos que parar de comprar unidades usadas ou desativadas e começar a desenvolver com a Marinha e a EMGEPRON unidades genoinamente nacionais, desde o projeto até a fabricação.
Temos que projetar e encomendá-las aqui, gerando emprego, aperfeiçoando mão-de-obra e tecnologia!
Um abraço
Rodrigo, um suezmax em 3 meses e meio ? nem os coreenses fazem … leva um pouco mais de tempo pra fazer um bixão de 150..000 dwt
O resto do raciocinio esta perfeito
Abs
Mod MO
Em termos de deslocamento, seria um gigante na MB.
“SIGA ADIANTE. CONFIE NO ELEFANTE.”
Seria uma ótima aquisição de oportunidade. 2 desses com o Gastão Mota, beleza!
Estimado Marcelo: El traspazo del Higgins a Chile,va en el mismo proyecto de Ley,que autoriza tambien el traspazo a Peru de 2 Barcazas clase Newport,y otras unidades a otros paises.Adjunto parte del proyecto,que ya fue votado favorablemente en el Senado Norteamericano,y que en estos dias sera votado por la Camara de Representantes. Proyecto de ley Para prever la transferencia de buques de guerra extranjeros a ciertos beneficiarios. Que sea promulgado por el Senado y la Cámara de Representantes de los Estados Unidos de América reunidos en Congreso: SECCIÓN 1. TÍTULO BREVE. La presente Ley podrá ser citada como «la transferencia… Read more »
É isso aí, Galante!
Como disse em outro post, logística é “besteira” até a hora em que os sonhos se mostram pesadelos.
Gracias Ernesto !
MO
sobe o post …
Dar um UP, é que a carencia da MB é tão grande quanto a NT´s, que é sempre bom mostrar esta materia, quem sabe alguem mire com bons olhos dentro da nossa MB, e mandemos o NT Marajó pro seu merecido descanso.